A história do atabaque
Em nossas giras de Umbanda, é muito comum se ter presente o atabaque, um
instrumento lendário e de origem afro. Esse instrumento dá ritmo e axé
aos cultos, possibilitando uma melhor incorporação e dando maior energia
aos trabalhos.
O atabaque é um instrumento Sagrado, Consagrado e Firmado por Orixás e
Guias e tem uma força poderosa, que em uma gira faz toda a diferença.
Para aprendermos um pouco mais sobre o atabaque e seus fundamentos,
trago algumas informações interessantes sobre o mesmo, relacionado aos
cultos afro religiosos, dentre eles, Umbanda e Candomblé.
Segundo a Wikipédia, “O Atabaque de Origem Africana, hoje muito
utilizado nos cultos aos orixás, de religiões também de origem afro, “E
na verdade o caminho e a ligação entre o homem e seus orixás, os toques
são o código de acesso e a chave para o mundo espiritual.
Há três tipos de atabaque: Rum, Rumpi e o Lê. O Rum é o atabaque maior, o
Rumpi seria o segundo atabaque maior, tendo como importância responder
ao atabaque Rum, e o Lê seria o terceiro atabaque onde fica o Ogã que
está iniciando ou aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é usado
para dobrar ou repicar o toque para que não fique um toque repetitivo.
Importante saber que cada atabaque tem suas obrigações a serem feitas,
pois o atabaque praticamente representa um Orixá.
Existem vários tipos de toques, Angola que se toca com mão e Ketu que se
toca com a varinha. Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada
toque é destinado a um Orixá, por exemplo, Congo de Ouro, Angolão que
seria destinado a Oxóssi, Ygexá que seria destinado a Oxum, etc. O mesmo
acontece com Ketu, que se toca com varinha de goiabeira ou bambu,
chamada aguidavi.
O couro também merece cuidados, como passar dendê e deixar no sol para
que ele, o couro, fique mais esticado e possa produzir um som melhor.
Um Ogã seria como um Tatá da Casa e na maioria das vezes seu
conhecimento é quase superior a um Zelador de Santo. Para ser um Ogã não
basta saber tocar, e sim, saber o fundamento da Casa, salientando que
saber o canto na hora certa, é de grande importância para um Terreiro.
Existem também outros tipos de componentes que se usam junto com os
atabaques, como por exemplo, o agogô, chocalho, triângulo, pandeiro,
etc.
Existe também o Abatá, que seria um tambor, com os dois lados com couro,
que se usa muito no Rio Grande do Sul e na nação Tambor de Mina.
Os tambores começaram a aparecer nas escavações arqueológicas do período neolítico.
O tambor mais antigo foi encontrado em uma escavação de 6.000 anos A.C.
Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de
árvore oco. Estes troncos eram cobertos nas bordas com peles de alguns
répteis, e eram percutidos com as mãos, depois foram usadas peles mais
resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles
veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.
De origem africana, o atabaque é usado em quase todos os rituais
afro-brasileiros, típico do Candomblé e da Umbanda e de outros estilos
relacionados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional
na música ritual e religiosa são empregados para evocar os Orixás.
Os Pontos cantados são evocações, em forma de orações ou pequenas
histórias, louvando um Orixá ou contando quem é o Guia, sua forma de
atuação, sua força diante das dificuldades, sua relação com os Orixás,
um chamamento de um filho que procura ajuda ou proteção, entre outras
colocações de festividade e manifestação de fé. Os pontos têm sua
associação, digamos assim, com os mantras indianos, com os Cantos
Gregorianos da Igreja Católica, ou com os Cantos de Louvor à Deus dos
Protestantes.Outra função dos pontos, ao serem cantados, é fazer
descarregar e fluir as emoções dos médiuns e dos que procuram ajuda na
casa, em vibrações relacionadas com os Guias e Orixás, permitindo assim,
um perfeito entrosamento e equilíbrio do médiuns em seu trabalho e o
alcance da graça solicitada..
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