Inhame é o nome comum dado a várias espécies
de plantas dos gêneros Alocasia, Colocasia (família Araceae) e Dioscorea
(família Dioscoreaceae) e aos seus respectivos tubérculos amiláceos .
São herbáceas perenes cultivadas para o
consumo de seus tubérculos na África, América Latina, Ásia e Oceania.
Existem centenas de cultivares entre as espécies do gênero Dioscorea.
A palavra "inhame" é utilizada para designar plantas de vários gêneros que produzem tubérculos ou cormos comestíveis. A confusão deve-se ao fato que estes tubérculos ou cormos são preparados na culinária de modo semelhante.
Há uma confusão de nomes populares das plantas do gênero Dioscorea nas regiões sudeste e nordeste do Brasil.
No nordeste do Brasil, os tubérculos produzidos pela Dioscorea spp. são chamados de inhame enquanto os cormos comestíveis produzidos pela Alocasia e a Xanthosoma (ambos da família Araceae) são chamados de cará.
Em sentido oposto, no sudeste do Brasil, os tubérculos produzidos pela Dioscorea spp. são comumente chamados de cará, enquanto os cormos comestíveis Alocasia e a Xanthosoma são chamados de inhame.
Nos Açores, chama-se de inhame (ou coco, na ilha de São Jorge), o taro (Colocasia esculenta), que é extensamente cultivado nestas ilhas. Daí que o taro também seja chamado de inhame-coco ou inhame-dos-açores.
O inhame tem um elevado valor calórico, sendo rico em proteínas e em elementos tais como o fósforo e o potássio, tendo na estrutura alimentar das regiões tropicais a mesma posição que a batata ocupa nas regiões temperadas.
USO RITUALÍSTICO
Na África é visto como pão de cada dia sendo amplamente cultivado e consumido pela população. No Ocidente foi substituído pela mandioca.
É muito utilizado por sua capacidade de renascimento com só um pedaço do tubérculo debaixo da terra, ele enraíza, cresce, e floresce novamente.
Existe uma confusão em diversas partes do Brasil: existem o inhame macho e o fêmea. O macho costuma ter formato fálico (cará), e o fêmea arredondado (inhame).
O fêmea (inhame) é oferecido à Oxoguiâ e este é seu oficial. Quando cozido e utilizado como massa ou em bolas tem a função de amolecer, placar, estabilizar, amaciar tanto situações desfavoráveis, quanto pessoas. Também faz referências à cultura subsistencial, ao trabalho e à alimentação de cada dia.
Poucos sabem mas a quizila maior de Oxoguiã e dos outros orixás fun-fun são os inhames velhos. Eles devem ser oferecidos o mais recente possível após sua colheita, sem amassados, partes escuras ou podres.
Quando ofertado a Oxoguiâ, a dica dos mais velhos é se fazer duas bolas perfeitas e uniformes, se molhar o dedo com waji e um poquinho de água e se fazer 8 bolinhas em cada bola, representando o odu Ejionile consagrado à Oxaguiâ. Em seguida se coloca uma em cima da outra formando um 8. Isto sinaliza a a oferenda à ele, potencializa a energia e "apressa" o pedido estimulando uma resposta mais rápida. Outra dica é se forrar o prato com ebô e pode-se colocar 8 ekós ao redor.
O macho (cará) é consagrado a Ogum e aos outros orixás que o “pegam”. Quando o ishu (cará) é utilizado após ser assado na brasa, sua função é aplacar a força agressiva de Ogun, e mais, devido carvão produzido no preparo, possui a função de transformar a força agressiva em favorecimento.
Também compõe o famoso “paliteiro” de Ogum.
Quando pilado cru (inhame) é utilizado para transformação de algo ou situação muito dura ou difícil de resolver, por isso nos ritos de Orunmila, os inhames novos são pilados crus e só depois a massa crua ou cozida é utilizada para oferecimento a Orunmila.
Quando utilizado cru inteiro, sua finalidade é produzir algo, porém dependerá de outros ingredientes integrados no Ébò.
O inhame entra geralmente nos adimus de Oxaguiã e de Ogum, assim como em borís, feituras, e outras cerimônias de graduação no candomblé.
Entra em ebós ajé e Exu, e nos ebós odu de Ejionile, Ofum, alafia.
Costuma-se usar a água do cozimento dos inhames como banho de Oxoguiã, sendo um forte banho de descarrego e proteção.
O pó da casca do inhame seca e pilada também constitui um excelente atim que atrai energias positivas.
A palavra "inhame" é utilizada para designar plantas de vários gêneros que produzem tubérculos ou cormos comestíveis. A confusão deve-se ao fato que estes tubérculos ou cormos são preparados na culinária de modo semelhante.
Há uma confusão de nomes populares das plantas do gênero Dioscorea nas regiões sudeste e nordeste do Brasil.
No nordeste do Brasil, os tubérculos produzidos pela Dioscorea spp. são chamados de inhame enquanto os cormos comestíveis produzidos pela Alocasia e a Xanthosoma (ambos da família Araceae) são chamados de cará.
Em sentido oposto, no sudeste do Brasil, os tubérculos produzidos pela Dioscorea spp. são comumente chamados de cará, enquanto os cormos comestíveis Alocasia e a Xanthosoma são chamados de inhame.
Nos Açores, chama-se de inhame (ou coco, na ilha de São Jorge), o taro (Colocasia esculenta), que é extensamente cultivado nestas ilhas. Daí que o taro também seja chamado de inhame-coco ou inhame-dos-açores.
O inhame tem um elevado valor calórico, sendo rico em proteínas e em elementos tais como o fósforo e o potássio, tendo na estrutura alimentar das regiões tropicais a mesma posição que a batata ocupa nas regiões temperadas.
USO RITUALÍSTICO
Na África é visto como pão de cada dia sendo amplamente cultivado e consumido pela população. No Ocidente foi substituído pela mandioca.
É muito utilizado por sua capacidade de renascimento com só um pedaço do tubérculo debaixo da terra, ele enraíza, cresce, e floresce novamente.
Existe uma confusão em diversas partes do Brasil: existem o inhame macho e o fêmea. O macho costuma ter formato fálico (cará), e o fêmea arredondado (inhame).
O fêmea (inhame) é oferecido à Oxoguiâ e este é seu oficial. Quando cozido e utilizado como massa ou em bolas tem a função de amolecer, placar, estabilizar, amaciar tanto situações desfavoráveis, quanto pessoas. Também faz referências à cultura subsistencial, ao trabalho e à alimentação de cada dia.
Poucos sabem mas a quizila maior de Oxoguiã e dos outros orixás fun-fun são os inhames velhos. Eles devem ser oferecidos o mais recente possível após sua colheita, sem amassados, partes escuras ou podres.
Quando ofertado a Oxoguiâ, a dica dos mais velhos é se fazer duas bolas perfeitas e uniformes, se molhar o dedo com waji e um poquinho de água e se fazer 8 bolinhas em cada bola, representando o odu Ejionile consagrado à Oxaguiâ. Em seguida se coloca uma em cima da outra formando um 8. Isto sinaliza a a oferenda à ele, potencializa a energia e "apressa" o pedido estimulando uma resposta mais rápida. Outra dica é se forrar o prato com ebô e pode-se colocar 8 ekós ao redor.
O macho (cará) é consagrado a Ogum e aos outros orixás que o “pegam”. Quando o ishu (cará) é utilizado após ser assado na brasa, sua função é aplacar a força agressiva de Ogun, e mais, devido carvão produzido no preparo, possui a função de transformar a força agressiva em favorecimento.
Também compõe o famoso “paliteiro” de Ogum.
Quando pilado cru (inhame) é utilizado para transformação de algo ou situação muito dura ou difícil de resolver, por isso nos ritos de Orunmila, os inhames novos são pilados crus e só depois a massa crua ou cozida é utilizada para oferecimento a Orunmila.
Quando utilizado cru inteiro, sua finalidade é produzir algo, porém dependerá de outros ingredientes integrados no Ébò.
O inhame entra geralmente nos adimus de Oxaguiã e de Ogum, assim como em borís, feituras, e outras cerimônias de graduação no candomblé.
Entra em ebós ajé e Exu, e nos ebós odu de Ejionile, Ofum, alafia.
Costuma-se usar a água do cozimento dos inhames como banho de Oxoguiã, sendo um forte banho de descarrego e proteção.
O pó da casca do inhame seca e pilada também constitui um excelente atim que atrai energias positivas.
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