Certa ocasião, comunicaram-se três Espíritos que tinham uma problemática em relação ao aborto. As comunicações, uma em seguida à outra, eram todas vinculadas ao assunto.
A primeira delas foi a de um médico que, enquanto encarnado, dedicara-se a fazer abortos. Apresentou-se muito perturbado, perseguido por vários Espíritos. Acusava a si mesmo de criminoso e sentia-se aterrorizado com os próprios atos. Estava arrependido - dizia sem cessar - e tinha muito medo dos que o perseguiam.
O segundo comunicante foi uma mulher. Acusava o médico, a quem perseguia, desejosa de vingar-se. Explicou ter morrido em suas mãos, quando este tentava provocar-lhe a interrupção de uma gravidez. Estava atormentada pelo remorso dessa ação e pelo ódio que nutria pelo médico.
Ambos foram esclarecidos e retiraram-se bastante reconfortados.
A terceira entidade era também uma mulher. Veio para apoiar e estimular o nosso trabalho. Já possuía bastante conhecimento sobre a vida espiritual e trabalhava muito, principalmente ajudando a combater a idéia e a prática do aborto. Ela mesma, em sua última existência, havia cometido esse crime, quando da gestação de seu sexto filho. Sendo pobre e lutando com dificuldades de toda ordem, ao engravidar pela sexta vez, desorientou-se e provocou o aborto, do qual se arrependeu imediatamente. Jamais se perdoara e daí para frente sofreu duplamente, carregando o peso do remorso. Teve uma existência longa, de muitas lutas, e desencarnou após prolongada moléstia. No plano espiritual, encontrou-se com aquele que seria o seu sexto filho e teve um grande abalo ao certificar-se de que era um ente muito querido ao seu coração e que iria reencarnar com a finalidade de ajudá-Ia. Ele a havia perdoado, mas ela, inconformada com o fato, não conseguiram até então perdoar a si mesma. Dedicou-se, por isto, ao trabalho de preservação da vida, ao mesmo tempo em que faz parte de um grupo de atendentes (ou enfermeiros), dedicados a socorrer os que praticam esse delito e que jazem no remorso e no desespero. Estava conosco naquela noite, acompanhando vários Espíritos comprometidos por esse mesmo crime.
Foi um belo trabalho, e uma vez mais emocionamo-nos ante as lições maravilhosas que recebemos nas reuniões de desobsessão.
SCHUBERT, Suely Caldas. Obsessão e Desobsessão. FEB.
Certa ocasião, comunicaram-se três Espíritos que tinham uma problemática em relação ao aborto. As comunicações, uma em seguida à outra, eram todas vinculadas ao assunto.
A primeira delas foi a de um médico que, enquanto encarnado, dedicara-se a fazer abortos. Apresentou-se muito perturbado, perseguido por vários Espíritos. Acusava a si mesmo de criminoso e sentia-se aterrorizado com os próprios atos. Estava arrependido - dizia sem cessar - e tinha muito medo dos que o perseguiam.
O segundo comunicante foi uma mulher. Acusava o médico, a quem perseguia, desejosa de vingar-se. Explicou ter morrido em suas mãos, quando este tentava provocar-lhe a interrupção de uma gravidez. Estava atormentada pelo remorso dessa ação e pelo ódio que nutria pelo médico.
Ambos foram esclarecidos e retiraram-se bastante reconfortados.
A terceira entidade era também uma mulher. Veio para apoiar e estimular o nosso trabalho. Já possuía bastante conhecimento sobre a vida espiritual e trabalhava muito, principalmente ajudando a combater a idéia e a prática do aborto. Ela mesma, em sua última existência, havia cometido esse crime, quando da gestação de seu sexto filho. Sendo pobre e lutando com dificuldades de toda ordem, ao engravidar pela sexta vez, desorientou-se e provocou o aborto, do qual se arrependeu imediatamente. Jamais se perdoara e daí para frente sofreu duplamente, carregando o peso do remorso. Teve uma existência longa, de muitas lutas, e desencarnou após prolongada moléstia. No plano espiritual, encontrou-se com aquele que seria o seu sexto filho e teve um grande abalo ao certificar-se de que era um ente muito querido ao seu coração e que iria reencarnar com a finalidade de ajudá-Ia. Ele a havia perdoado, mas ela, inconformada com o fato, não conseguiram até então perdoar a si mesma. Dedicou-se, por isto, ao trabalho de preservação da vida, ao mesmo tempo em que faz parte de um grupo de atendentes (ou enfermeiros), dedicados a socorrer os que praticam esse delito e que jazem no remorso e no desespero. Estava conosco naquela noite, acompanhando vários Espíritos comprometidos por esse mesmo crime.
Foi um belo trabalho, e uma vez mais emocionamo-nos ante as lições maravilhosas que recebemos nas reuniões de desobsessão.
SCHUBERT, Suely Caldas. Obsessão e Desobsessão. FEB.
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