Espiritualidade baseada em evidência
Espiritualidade pode ser definida como um sistema de crenças que enfoca elementos intangíveis, que transmite vitalidade e significado a eventos da vida. Tal crença pode mobilizar energias e iniciativas extremamente positivas, com potencial ilimitado para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
As implicações da espiritualidade na saúde vem sendo estudadas cientificamente e documentadas em centenas de artigos. Há relação entre envolvimento espiritualista e vários aspectos da saúde mental, sendo que as pessoas que são religiosas vivenciam melhor a saúde mental e se adaptam com mais sucesso ao estresse. Pessoas religiosas são fisicamente mais saudáveis, tem estilos de vida mais salutares e requerem menos assistência de saúde.
Existe uma associação entre espiritualidade e saúde que provavelmente é válida, e possivelmente causal.
MAS, O QUE É ESPIRITUALIDADE
Espiritualidade é aquilo que dá sentido à vida, e é um conceito mais amplo que religião, pois esta é uma expressão da espiritualidade. Espiritualidade é um sentimento pessoal, que estimula um interesse pelos outros e por si; um sentido de significado da vida capaz de fazer suportar sentimentos debilitantes de culpa, raiva e ansiedade. Religiosidade e espiritualidade estão relacionadas, mas não são sinônimos. Religiosidade envolve um sistema de culto e doutrina que é compartilhado por um grupo e, portanto, tem características comportamentais, sociais, doutrinárias e valores específicas. Espiritualidade está relacionada com o transcendente, com questões definitivas sobre o significado e o propósito da vida, e com a concepção de que há mais na vida do que aquilo que pode ser visto ou plenamente entendido.
As doenças que causam deficiências cursam com grande carga de desgosto e inconformidade porque, além do sofrimento inerente a qualquer processo patológico, são muitas vezes acompanhadas de preconceito e isolamento. Para o paciente incapacitado, o sofrimento espiritual pode ser o problema que mais demanda suporte, interferindo com desfechos positivos das intervenções. O sofrimento espiritual não identificado frequentemente é o culpado em um plano terapêutico mal sucedido. As implicações da espiritualidade na saúde vem sendo estudadas cientificamente. Mais de 850 estudos examinaram a relação entre envolvimento espiritualista e vários aspectos da saúde mental, sendo que a maioria encontrou que pessoas vivenciam melhor saúde mental e se adaptam com mais sucesso ao estresse, se são religiosas.
Religiosidade e espiritualidade podem ser fontes subutilizadas no processo reabilitacional e no andamento da vida de pessoas com deficiências. Muitos pacientes severamente doentes usam crenças religiosas para lidar com suas doenças. De fato, religiosidade intrínseca forte prediz remissão mais rápida de depressão; uma associação que é particularmente importante em pacientes cuja função física não está melhorando. Envolvimento religioso é uma prática comum, que prediz o enfrentamento bem-sucedido com a doença física.
Dada a relevância do assunto, muitas escolas médicas dos Estados Unidos estão conduzindo cursos em espiritualidade para melhorar a qualidade da relação médico-paciente. Um estudo norte-americano com pacientes internados indicou que 77% dos pacientes gostariam que os médicos considerassem suas necessidades especiais; 37% gostariam que o médico discutisse essas necessidades mais frequentemente, e 48% gostariam que o médico orasse com eles, se isso fosse possível.
É necessário delimitar os limites do exercício profissional, já que o médico não vai executar as tarefas de um sacerdote. O médico deve, entretanto, também ser educado para entender os assuntos espiritualistas no ambiente clinico. As expressões de espiritualidade do paciente devem ser triadas e respeitadas pelos médicos, para maximizar a eficácia terapêutica quando a espiritualidade do paciente for um fator de vida crucial.
É plenamente reconhecido que a saúde de indivíduos é determinada pela interação de fatores físicos, mentais, sociais e espirituais. Os profissionais da saúde já contam com indicações científicas do benefício da exploração da espiritualidade na programação terapêutica de virtualmente qualquer doença. Não se trata mais de caridade ou medicina complementar; trata-se agora de ciência e tratamento médico. TRATA-SE DE DAR SENTIDO VERDADEIRO A ESSA USUAL FRASE DE KOENIG: "CURAR ALGUMAS VEZES, ALIVIAR FREQUENTEMENTE, CONFORTAR SEMPRE" .
Autores: Marcelo Saad, Danilo Masiero, Linamara Rizzo Battistella - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Espiritualidade pode ser definida como um sistema de crenças que enfoca elementos intangíveis, que transmite vitalidade e significado a eventos da vida. Tal crença pode mobilizar energias e iniciativas extremamente positivas, com potencial ilimitado para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
As implicações da espiritualidade na saúde vem sendo estudadas cientificamente e documentadas em centenas de artigos. Há relação entre envolvimento espiritualista e vários aspectos da saúde mental, sendo que as pessoas que são religiosas vivenciam melhor a saúde mental e se adaptam com mais sucesso ao estresse. Pessoas religiosas são fisicamente mais saudáveis, tem estilos de vida mais salutares e requerem menos assistência de saúde.
Existe uma associação entre espiritualidade e saúde que provavelmente é válida, e possivelmente causal.
MAS, O QUE É ESPIRITUALIDADE
Espiritualidade é aquilo que dá sentido à vida, e é um conceito mais amplo que religião, pois esta é uma expressão da espiritualidade. Espiritualidade é um sentimento pessoal, que estimula um interesse pelos outros e por si; um sentido de significado da vida capaz de fazer suportar sentimentos debilitantes de culpa, raiva e ansiedade. Religiosidade e espiritualidade estão relacionadas, mas não são sinônimos. Religiosidade envolve um sistema de culto e doutrina que é compartilhado por um grupo e, portanto, tem características comportamentais, sociais, doutrinárias e valores específicas. Espiritualidade está relacionada com o transcendente, com questões definitivas sobre o significado e o propósito da vida, e com a concepção de que há mais na vida do que aquilo que pode ser visto ou plenamente entendido.
As doenças que causam deficiências cursam com grande carga de desgosto e inconformidade porque, além do sofrimento inerente a qualquer processo patológico, são muitas vezes acompanhadas de preconceito e isolamento. Para o paciente incapacitado, o sofrimento espiritual pode ser o problema que mais demanda suporte, interferindo com desfechos positivos das intervenções. O sofrimento espiritual não identificado frequentemente é o culpado em um plano terapêutico mal sucedido. As implicações da espiritualidade na saúde vem sendo estudadas cientificamente. Mais de 850 estudos examinaram a relação entre envolvimento espiritualista e vários aspectos da saúde mental, sendo que a maioria encontrou que pessoas vivenciam melhor saúde mental e se adaptam com mais sucesso ao estresse, se são religiosas.
Religiosidade e espiritualidade podem ser fontes subutilizadas no processo reabilitacional e no andamento da vida de pessoas com deficiências. Muitos pacientes severamente doentes usam crenças religiosas para lidar com suas doenças. De fato, religiosidade intrínseca forte prediz remissão mais rápida de depressão; uma associação que é particularmente importante em pacientes cuja função física não está melhorando. Envolvimento religioso é uma prática comum, que prediz o enfrentamento bem-sucedido com a doença física.
Dada a relevância do assunto, muitas escolas médicas dos Estados Unidos estão conduzindo cursos em espiritualidade para melhorar a qualidade da relação médico-paciente. Um estudo norte-americano com pacientes internados indicou que 77% dos pacientes gostariam que os médicos considerassem suas necessidades especiais; 37% gostariam que o médico discutisse essas necessidades mais frequentemente, e 48% gostariam que o médico orasse com eles, se isso fosse possível.
É necessário delimitar os limites do exercício profissional, já que o médico não vai executar as tarefas de um sacerdote. O médico deve, entretanto, também ser educado para entender os assuntos espiritualistas no ambiente clinico. As expressões de espiritualidade do paciente devem ser triadas e respeitadas pelos médicos, para maximizar a eficácia terapêutica quando a espiritualidade do paciente for um fator de vida crucial.
É plenamente reconhecido que a saúde de indivíduos é determinada pela interação de fatores físicos, mentais, sociais e espirituais. Os profissionais da saúde já contam com indicações científicas do benefício da exploração da espiritualidade na programação terapêutica de virtualmente qualquer doença. Não se trata mais de caridade ou medicina complementar; trata-se agora de ciência e tratamento médico. TRATA-SE DE DAR SENTIDO VERDADEIRO A ESSA USUAL FRASE DE KOENIG: "CURAR ALGUMAS VEZES, ALIVIAR FREQUENTEMENTE, CONFORTAR SEMPRE" .
Autores: Marcelo Saad, Danilo Masiero, Linamara Rizzo Battistella - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
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