Todo o entendimento usado para o bem do próximo é uma vitória e uma benção silenciosa que ajuda no fortalecimento da Caminhada pelo Bem Maior."
ABRA SUA MENTE
Fecha teus olhos,abre tua mente e teu coração para a Verdade ...,porque
Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013
A MELHORIA DE TUDO PASSA
“A melhoria de
tudo passa pela
melhoria do ser”
De nada adianta
– diz a
confreira
mineira –
lutarmos somente
pela melhoria das instituições, pois elas não existem sem
as mentes que as constituem
pela melhoria das instituições, pois elas não existem sem
as mentes que as constituem
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Vivemos numa grande sociedade planetária. Como nos identificarmos nela?
Em se tratando
de nossa
manifestação no
plano físico,
penso que não
devemos nos
identificar com
coisa alguma, a
não ser com a
tarefa que o
Plano Maior nos
designou.
Afinal, não
somos daqui e
não
permaneceremos
por aqui por
muito tempo. Daí
que toda
identificação
com os níveis
físicos só será
motivo de muitas
ilusões e
atrasos em nossa
marcha
evolutiva. Mas
devo entender
também a
pergunta como
uma
identificação no
sentido de
fraternidade e
compromisso.
Nesse caso temos
que nos
identificar com
a proposta
divina que nos
traz o senso de
fraternidade
universal,
sobretudo na
aceitação das
aparentes
diferenças,
aprendendo que
todos somos uma
só consciência
no Senhor.
Compete aos
homens do
presente uma
melhor adequação
aos postulados
de Jesus. Como
atender a essa
necessidade,
tendo em vista
os apelos
contrários da
mídia atual?
O cristão na
atualidade deve
se esforçar para
que seu padrão
mental,
consequentemente
seu padrão
vibratório, seja
o mais próximo
possível de sua
vontade sincera.
A mídia retrata
a
horizontalidade
dos pensamentos
de uma
humanidade que
precisa se
renovar e também
tem sido
instrumento para
averiguar o
nível de
discernimento de
todos nós que
abraçamos a
proposta
crística, mas
que ainda
sentimos os
apelos de nossos
antigos padrões.
Fazendo nossa
parte, se
esvaziarão os
espaços
utilitaristas
que hoje
representam,
lamentavelmente,
o desejo central
de nossa
humanidade.
Conflitos versus
diálogos. Qual o
melhor ponto de
intercessão?
O conflito que
vivemos nos
vários níveis de
relacionamento
(com nós mesmos,
com os outros,
com a
natureza...)
representa a lei
da polaridade do
Cosmo que nos
pede hoje
harmonia dos
opostos, em
todos os
sentidos. A
síntese dos
opostos é o
desafio nos
tempos atuais.
Não podemos mais
nos situar nas
polaridades
como, por
exemplo: certo x
errado, útil x
inútil, lícito x
não lícito, etc.
O conflito entre
as várias forças
antagônicas,
como proposta da
divindade para o
crescimento e
qualificação da
centelha divina,
só existe para
que haja a
síntese de todas
as experiências
vividas. Por
isso devemos ver
o conflito como
algo positivo
que provoca
nossas
consciências a
sintetizar o
aprendizado e
prosseguir nos
novos patamares
do Plano
Evolutivo. Até
que cheguemos a
esse
entendimento
vamos,
equivocadamente,
imprimindo
valores morais
provisórios e
desenvolvendo a
crença das
forças
antagônicas (bem
e mal,
qualidades e
vícios, defeitos
e virtudes).
Isso nos impede
de entender a
Força divina
como uma só
vertente
manifestando-se
de todas as
formas, conforme
o
desenvolvimento
dos veículos
através dos
quais Ela se
manifesta.
Poderia
aprofundar um
pouco mais em
sua explicação?
O assunto é um
pouco extenso,
mas tentarei
resumir da
seguinte forma:
a energia do
“santo” é a
mesma do
“pecador”; só é
diferente a
direção. Não foi
isso que fez
Paulo, Pedro,
Magdala? O
diálogo com a
natureza
espiritual, com
a Força Crística
Interna, fez com
que esses seres
direcionassem a
energia e se
mostrassem
Filhos da Luz. E
isso devemos
também fazer!
Dentro das
diferenças
existentes entre
os membros da
nossa sociedade
atual, qual a
melhor opção
para um
enfrentamento
enriquecedor?
As diferenças
são fonte de
sabedoria,
portanto, não
deveriam ser
motivo de
contenda. Se só
relacionássemos
com os iguais,
não teríamos
nenhum desafio
para mudar de
nível
vibratório, pelo
contrário,
teríamos muitos
motivos para
permanecer como
somos. E isso
não é bom, pois
todo tipo de
maturidade não é
ponto de
chegada, não é
término, é
sempre
caminhada.
Disto resulta
que devemos
sempre buscar a
cristã
convivência
fraterna?
Sim. Quanto mais
lidarmos com
vibrações
diferentes mais
aprenderemos a
ciência da
fraternidade
universal e da
apropriação dos
bens eternos. A
melhor opção é
sempre manter o
que temos de
bom, sem nos
deixar levar
pelos apelos das
ondas mentais
coletivas,
sendo, portanto,
a manifestação
de um nível de
consciência mais
elevado. E essa
é a nossa maior
contribuição
neste período de
aferição dos
valores
espirituais de
nosso grupo
planetário.
Fale-nos sobre
os fundamentos
de uma cultura
de paz.
Tudo que
quisermos saber
sobre os
fundamentos de
uma cultura de
paz
encontraremos
nas diretrizes
do Sermão da
Montanha,
consignado nos
cap. 5, 6 e 7 do
Evangelho
segundo Mateus.
É compromisso
interno e
urgente.
Como estabelecer
um pacto pessoal
para nossas
vitórias
espirituais?
O único pacto
que devemos
fazer,
conscientemente,
é o de fazer
valer a Vontade
Superior, a
despeito de
nossos desejos,
ainda que estes
sejam sinceros e
úteis.
Devemo-nos
entregar a uma
Vontade
Superior,
integrando,
assim, o grupo
das mentes que
já estão se
afinizando com a
nova proposta
planetária, que
não mais
comportará os
valores do ego,
das vontades e
interesses
pessoais.
Em sua opinião
estamos num
tempo de
transição
planetária ou a
nova aurora do
mundo
regenerador já
se faz presente?
Estamos em fase
de transição
como humanidade,
mas muitos já
podem respirar o
clima da
regeneração,
pois tudo
depende do nível
de consciência
em que cada um
se encontra.
Importante é
saber que o
quinto reino se
aproxima:
–
o reino
espiritual.
Qual a melhor
dinâmica para
equacionarmos
Espiritismo x
Sociedades
atuais?
Espiritismo na
sociedade atual
deve significar
vivência do
Evangelho com
consequente
elevação/sutilização
de nossos
propósitos de
vida.
No quesito
violência contra
as minorias,
como vê uma
atuação positiva
dentro das
responsabilidades
públicas?
A melhoria de
tudo passa pela
melhoria do ser.
De nada adianta
lutarmos somente
pela melhoria
das
instituições,
pois elas não
existem sem as
mentes que as
constituem. Se
não fizermos uma
mudança de
padrão mental,
todos nós, de
nada adiantarão
nossos esforços
por causas,
instituições,
formas sociais
etc. Vamos nos
recordar de
Paulo de Tarso
quando disse que
não nos
conformássemos
com esse mundo,
mas que o
transformássemos
pela renovação
de nossa mente.
E dentro das
responsabilidades
religiosas,
principalmente o
Espiritismo?
As religiões
deveriam
libertar as
mentes e
trabalhar os
novos padrões
crísticos da
humanidade, mas
não fizeram
isso. Algumas,
inclusive,
desenvolveram
padrões
contrários ao
progresso e à
libertação das
mentes. No caso
do Espiritismo,
temos que
atentar para que
não nos falte
discernimento
quanto à forma e
conteúdo da
divulgação dos
princípios
doutrinários,
sob pena de nos
assemelharmos a
outros
movimentos que,
por mais sérios
e instrutivos
que sejam, ainda
não correspondem
ao que nos pede
o Mais Alto
nestes tempos de
transição.
Qual a principal
fundamentação
espírita que
penetra com mais
profundidade e
excelência o
coração do
homem?
Depende muito do
nível de
consciência de
cada um. Temos
ainda muita
passividade
naqueles que
seguem os
postulados
espíritas no
sentido de
buscarem
fórmulas mágicas
para resolverem
os problemas da
vida. Temos que
oferecer o
conteúdo lógico,
racional e
consolativo da
doutrina
espírita, mas
não podemos nos
esquecer de
ofertar a
ferramenta
básica para o
adepto:
evangelho e
compromisso.
Em sua opinião,
como melhor
exercer a
liberdade que o
livre-arbítrio
nos proporciona?
Não estamos mais
em momento de
ficar fazendo
experiências com
livre-arbítrio.
São muitos evos
de experiência
nesse contexto.
Hoje o que
precisamos é
exercer o livre-
arbítrio no
sentido de fazer
uma só vontade –
a do Pai, e
seguir um só
caminho – o da
luz.
Recursos
suficientes para
uma vida melhor,
como vê esta
proposta?
Essa é a
proposta de
Jesus. Temos
tudo para viver
uma vida de mais
luz e mais paz.
À disposição de
todos nós está a
abundância de
Deus. Seus
celeiros estão
fartos dos grãos
da sabedoria e
da verdade.
Depende de
querermos
experimentar
essa busca, com
sinceridade de
propósitos e
fazendo o que
Maria, irmã de
Marta, fez:
escolher a
melhor parte, a
única coisa
necessária.
Em qual quesito
o movimento
espírita atual
precisa
aprimorar-se
mais?
Ser mais
profundo,
silencioso,
meditativo.
Nosso movimento
é muito
“festeiro” e a
mensagem, por
mais elevada que
seja, às vezes,
se perde na
agitação e nos
excessos de
nossos eventos.
Aprendemos que
um Centro
Espírita é
escola,
hospital,
oficina de
trabalho e
templo. Este
último aspecto
anda meio
esquecido...
Como é seu
trabalho de
divulgadora do
Evangelho de
Jesus à luz da
Doutrina
Espírita? Quais
seus contatos
para palestras e
outros eventos?
O trabalho que
realizamos é de
divulgar os
princípios
espíritas e o
Evangelho de
Jesus através da
palavra
(palestras e
seminários).
Contato:
angelicalavras@hotmail.com
Como é o
movimento
espírita de
Lavras e como
funciona a Casa
Espírita onde
exerce suas
atividades
doutrinárias?
O movimento
espírita de
Lavras não é
diferente do de
outras cidades.
Lavras é uma
cidade do
interior,
estudantil, com
universidade, o
que facilita a
divulgação dos
princípios
doutrinários,
dado o público
vindo de
diversos
lugares. Temos
uma interação
boa e fraterna
entre todas as
casas espíritas,
que têm tarefas
em conjunto, o
que facilita o
intercâmbio e o
desenvolvimento
de nossa união e
fraternidade. A
casa espírita
que frequento é
o Centro
Espírita Augusto
Silva, fundado
em 1920, casa
pela qual passou
a querida Yvonne
do Amaral
Pereira, e onde
ela escreveu a
excelente e
inspirada obra
“Memórias de Um
Suicida”.
Muito obrigado
e, por favor,
deixe-nos suas
palavras finais.
Agradeço sua
gentileza e a
oportunidade de
participar deste
trabalho de
divulgação.
Rogo a Deus que
nos mantenha
unidos na busca
iluminativa,
pois contando
com o amparo de
companheiros
nossa caminhada
é mais feliz e
os riscos de nos
equivocarmos
diminuem.
Sejamos, então,
um só coração
com Jesus!
|
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
UMBANDA ,UNICAMENTE UMBANDA
Umbanda, Unicamente Umbanda
É voz corrente se ouvir dizer Umbanda Limpa ou Branca, Umbanda Traçada, Umbanda Esotérica, Kardecista, Iniciática, Umbanda no Angola, Umbanda no Jeje, Umbanda no Mina, Umbanda no Nagô e outras tantas classificações desse quilate, que nos põe a cada momento estupefatos, dado à variedade de designações para esse "movimento mágico religioso", produzido pela imaginação febril e tacanha onde medram os mais desprezíveis e delirantes pensamentos sobre a nossa Umbanda.
Umbanda é coisa séria, para gente séria. Umbanda sendo a única religião criada no Brasil, não pode ser dividida. A nossa religião deve ser trada com carinho, amor, seriedade e estudo, sobretudo com renovação de caráter dos que a professam para que a mesma possa espelhar a grandeza de sua doutrina.
A Umbanda se sente desmerecida com o tratamento que lhe dispensam boa parte dos Terreiros onde se vê mais "animismo" do que "mediunismo"; mais interesses cúpidos do que magias; mais deslealdade do que autenticidade; mais personalismo do que espiritualismo. A Umbanda que está aí, não espelha sua verdadeira magnitude. São arremedos, nuances, propósitos, insultos, fantasias, infantilismos e graças ao nosso Deus Supremo (Zâmbi), em raros Terreiros, uma quase genuína manifestação do que seja a Umbanda, unicamente Umbanda.
O sacrifício de animais (oferenda de sangue) nunca foi, não é e nem será ritual de Umbanda.
"Não cobrar, não matar, usar o branco, evangelizar e utilizar as forças da natureza".
Portanto, podemos afirmar que a Umbanda é produto de evolução espiritual ou religiosa.
Origem
Suas origens estão contidas nas filosofias orientais, fonte inicial de todos os cultos do mundo civilizado, que implantada em nossa terra, reuniu-se às práticas dos conceitos e crenças do índio, branco e negro.
A raiz mais antiga do registro do vocábulo Umbanda encontra-se nos UPANISHADS, textos sagrados da Índia.
É comum ouvir dizer que a Umbanda foi trazida ao Brasil pelos escravos, entretanto devemos considerar que a Umbanda surgiu sobre o amálgama das crenças negras e nativas com o cristianismo.
Segundo, Matta e Silva, "toda essa complexa mistura, que o leigo chama de macumba, baixo espiritismo, magia negra, envolvendo práticas fetichistas e barulhentas ... era a situação existente, quando surgiu um vigoroso movimento de luz, ordenado pelo astral superior, feito pelos espíritos que se apresentavam como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças.
O Que é a Umbanda
Não é uma ramificação do catolicismo, muito menos do candomblé.
A influência Africana desempenhou papel relevante na formação da Umbanda, da qual se constituiu um dos principais alicerces, dando-lhe, como contribuição primordial, Os Orixás. Em sua prática, a Umbanda aproxima-se mais da origem nativa. Na estrutura, porém prevaleceu a influência Africana (nomes, rituais e costumes)
A Umbanda é uma doutrina espiritualista como o Espiritismo, o Catolicismo, o Protestantismo, o Judaísmo, o Exoterismo, etc..., o que não impede de haver entre elas diferenças essenciais que lhes dão características próprias.
Tem a Umbanda seus Sacerdotes, com seus graus iniciáticos, como Tatás (com mais de 30 anos), Babalorixás (homens) e Yalorixás (mulheres), podendo realizar Batizados, Casamentos e outras cerimônias dentro de seus cultos.
Se religião é todo culto que contém seu cortejo de Divindades, ou melhor, chamado de Teologia (relação entre os deuses e os homens), o seu cerimonial ou Liturgia (fórmulas consagradas de orações) e seus praticantes ou sua classificação hierárquica, Umbanda é Religião. Podendo ser enquadrada em outro sentido, como pr exemplo: Crença Mista, pelo fato de que a Umbanda nada mais é do que uma mistura de várias religiões, tendo fundamento básico na Crença dos Espírito
Surgimento da Umbanda
Esta religião brasileira, surgiu em 15 de novembro de 1908 com o médium Zélio Fernandino de Moraes que tinha 17 anos de idade. O Patrono foi o Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Ordenado pelo astral superior, feita pela manifestação de espirítos que se apresentavam como Caboclos (índios nativos de nossa terra) e os Pretos Velhos (velhos africanos que haviam servidos como escravo) que não encontravam campo de ação nos remanescentes Cultos Negros, já deturpados, confusos e desordenados e dirigidos quase que exclusivamente para trabalhos do mal.
A Lei principal da Umbanda é resumida numa só palavra CARIDADE: no sentido do amor fraterno em benefício dos seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, raça, o credo e a condição social, não podendo haver ambiciosos, vaiodos, mistificadores, pois estes, mais cedo ou mais tarde, são afastados da Umbanda pelos espíritos de luz.
As normas da Umbanda são:
Sessões - assim se chamariam os períodos de trabalhos espirituais;
Vestes - os participantes estariam uniformizados de branco;
Sacrifícios - o sacrifício de aves e animais é totalmente alheio a Umbanda;
Fundamento Básico - é a crença ou culto aos espíritos evoluídos;
Atendimento - gratuito.
A origem da palavra Umbanda é oriunda do Sânscrito (a mais antiga língua da Terra _ raiz mestra dos demais idiomas existentes no mundo), que se pode traduzir por "DEUS AO NOSSO LADO" ou "O LADO DE DEUS". Um outro significado é UM _ DEUS (único) e BANDA _ POVO DA TERRA. A Umbanda não invoca os espíritos dos desencarnados sem luz.
Na Umbanda são trazidos, e não invocados, os espíritos dos desencarnados, através dos espíritos das Linhas (Caboclos e Pretos Velhos), a fim de conscientizá-los de que deixaram o mundo material, e portanto, deverão deixar de se ligar a tudo que é material.
A Umbanda fundamenta-se nos seguintes princípios: É a crença nos espíritos, dando condição aos mesmos de evoluir, sejam de qualquer classe ou ordem, encarnados (Alma) ou desencarnados(Espírito, prpriamente dito).
Em Essência, a Umbanda fundamenta-se nos seguintes pontos básicos.
1. Na existencia de Deus Único, Onipotente, Irrepresentável, adorado sob vários nomes (ZÂMBI);
2. Na crença de um "Orixá Maior", denominado de Oxalá;
3. Na crença de Entidades Espirituais em Plano Superior _ Os Orixás ou Santos, chefiando falanges;
4. Na crença de Guias Espirituais, mensageiros dos Orixás (Caboclos e Pretos Velhos);
5. Na existência do Espírito, sobrevivendo ao homem, em caminho de evolução, buscando o aperfeiçoamento (Exus);
6. Na crença da Reencarnação e na Lei Cármica de Causa e Efeito;
7. Na prática da Mediunidade, sob as mais variadas apresentações;
8. Na afirmação de que as Religiões constituem diversos caminhos de evolução espiritual, que conduzem a Deus;
9. Na prática da Caridade Material e Espiritual;
10. Na necessidade do Ritual, como elemento disciplinador dos trabalhos;
11. Na crença de que o Homem vive num Campo de Vibrações, que condicionam sua vida para o bem ou para o mal, conforme sua própria tônica vibratória.
E se dividiu em 7 linhas
Suas origens estão contidas nas filosofias orientais, fonte inicial de todos os cultos do mundo civilizado, que implantada em nossa terra, reuniu-se às práticas dos conceitos e crenças do índio, branco e negro.
A raiz mais antiga do registro do vocábulo Umbanda encontra-se nos UPANISHADS, textos sagrados da Índia.
É comum ouvir dizer que a Umbanda foi trazida ao Brasil pelos escravos, entretanto devemos considerar que a Umbanda surgiu sobre o amálgama das crenças negras e nativas com o cristianismo.
Segundo, Matta e Silva, "toda essa complexa mistura, que o leigo chama de macumba, baixo espiritismo, magia negra, envolvendo práticas fetichistas e barulhentas ... era a situação existente, quando surgiu um vigoroso movimento de luz, ordenado pelo astral superior, feito pelos espíritos que se apresentavam como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças.
O Que é a Umbanda
Não é uma ramificação do catolicismo, muito menos do candomblé.
A influência Africana desempenhou papel relevante na formação da Umbanda, da qual se constituiu um dos principais alicerces, dando-lhe, como contribuição primordial, Os Orixás. Em sua prática, a Umbanda aproxima-se mais da origem nativa. Na estrutura, porém prevaleceu a influência Africana (nomes, rituais e costumes)
A Umbanda é uma doutrina espiritualista como o Espiritismo, o Catolicismo, o Protestantismo, o Judaísmo, o Exoterismo, etc..., o que não impede de haver entre elas diferenças essenciais que lhes dão características próprias.
Tem a Umbanda seus Sacerdotes, com seus graus iniciáticos, como Tatás (com mais de 30 anos), Babalorixás (homens) e Yalorixás (mulheres), podendo realizar Batizados, Casamentos e outras cerimônias dentro de seus cultos.
Se religião é todo culto que contém seu cortejo de Divindades, ou melhor, chamado de Teologia (relação entre os deuses e os homens), o seu cerimonial ou Liturgia (fórmulas consagradas de orações) e seus praticantes ou sua classificação hierárquica, Umbanda é Religião. Podendo ser enquadrada em outro sentido, como pr exemplo: Crença Mista, pelo fato de que a Umbanda nada mais é do que uma mistura de várias religiões, tendo fundamento básico na Crença dos Espírito
Surgimento da Umbanda
Esta religião brasileira, surgiu em 15 de novembro de 1908 com o médium Zélio Fernandino de Moraes que tinha 17 anos de idade. O Patrono foi o Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Ordenado pelo astral superior, feita pela manifestação de espirítos que se apresentavam como Caboclos (índios nativos de nossa terra) e os Pretos Velhos (velhos africanos que haviam servidos como escravo) que não encontravam campo de ação nos remanescentes Cultos Negros, já deturpados, confusos e desordenados e dirigidos quase que exclusivamente para trabalhos do mal.
A Lei principal da Umbanda é resumida numa só palavra CARIDADE: no sentido do amor fraterno em benefício dos seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, raça, o credo e a condição social, não podendo haver ambiciosos, vaiodos, mistificadores, pois estes, mais cedo ou mais tarde, são afastados da Umbanda pelos espíritos de luz.
As normas da Umbanda são:
Sessões - assim se chamariam os períodos de trabalhos espirituais;
Vestes - os participantes estariam uniformizados de branco;
Sacrifícios - o sacrifício de aves e animais é totalmente alheio a Umbanda;
Fundamento Básico - é a crença ou culto aos espíritos evoluídos;
Atendimento - gratuito.
A origem da palavra Umbanda é oriunda do Sânscrito (a mais antiga língua da Terra _ raiz mestra dos demais idiomas existentes no mundo), que se pode traduzir por "DEUS AO NOSSO LADO" ou "O LADO DE DEUS". Um outro significado é UM _ DEUS (único) e BANDA _ POVO DA TERRA. A Umbanda não invoca os espíritos dos desencarnados sem luz.
Na Umbanda são trazidos, e não invocados, os espíritos dos desencarnados, através dos espíritos das Linhas (Caboclos e Pretos Velhos), a fim de conscientizá-los de que deixaram o mundo material, e portanto, deverão deixar de se ligar a tudo que é material.
A Umbanda fundamenta-se nos seguintes princípios: É a crença nos espíritos, dando condição aos mesmos de evoluir, sejam de qualquer classe ou ordem, encarnados (Alma) ou desencarnados(Espírito, prpriamente dito).
Em Essência, a Umbanda fundamenta-se nos seguintes pontos básicos.
1. Na existencia de Deus Único, Onipotente, Irrepresentável, adorado sob vários nomes (ZÂMBI);
2. Na crença de um "Orixá Maior", denominado de Oxalá;
3. Na crença de Entidades Espirituais em Plano Superior _ Os Orixás ou Santos, chefiando falanges;
4. Na crença de Guias Espirituais, mensageiros dos Orixás (Caboclos e Pretos Velhos);
5. Na existência do Espírito, sobrevivendo ao homem, em caminho de evolução, buscando o aperfeiçoamento (Exus);
6. Na crença da Reencarnação e na Lei Cármica de Causa e Efeito;
7. Na prática da Mediunidade, sob as mais variadas apresentações;
8. Na afirmação de que as Religiões constituem diversos caminhos de evolução espiritual, que conduzem a Deus;
9. Na prática da Caridade Material e Espiritual;
10. Na necessidade do Ritual, como elemento disciplinador dos trabalhos;
11. Na crença de que o Homem vive num Campo de Vibrações, que condicionam sua vida para o bem ou para o mal, conforme sua própria tônica vibratória.
E se dividiu em 7 linhas
A ESCOLA TERRA
A Terra é abençoada escola para o
espírito em evolução.
Cada existência no corpo é um estágio
imprescindível ao seu aprendizado.
As dificuldades são lições valiosas.
As provações são testes necessários.
A dor é a educadora por excelência.
Os obstáculos são convites à superação.
O aproveitamento curricular depende do
esforço individual.
Não há privilégios e favorecimentos ilícitos.
Toda promoção se baseia nos méritos pessoais.
O próximo é a cartilha viva.
Jesus é o Mestre.
-Irmão José Carlos Baccelli-
LÁ NO ALTO
Estamos acostumados a uma visão imediatista das coisas.
Olhamos muito para o chão, “para o agora” e nos perdemos…
Lá do alto, tudo fica muito, muito pequeno…
Nossos problemas diminuem, por vezes até somem.
Aquilo que julgámos tão importante é no final das contas, um nada.
Poeira do tempo, grão de areia perdido em nossos pesadelos.
É tempo de ter visão do “alto”, do mais alto.
Não ohe para os problemas, antes, veja as soluções.
E, por mais difícil que seja, comece a andar.
Nâo pare!
Não aceite esmolas, migalhas, pedacinhos.
Você nasceu para a fartura, para o bom da vida, para ter o melhor,
então, nada de ficar chorando ou reclamando, é tempo de lutar.
Não importa a sua idade, o seu tempo, o seu momento,
Importa sim, a sua decisão, se ela é do bem,
se é de vitória, ela já é sua.
Só falta você acreditar.
Muita paz
Eu acredito em você
Paulo Roberto Gaefke
O TÉDIO E A TEMPESTADE
Tem dias que são assim mesmo,
dias de desencontro perfeito;
o que eu sonho, se distancia,
e o que eu menos quero,
é o que mais se aproxima…
As tardes são caminhos monótonos para a noite,
que é uma estrada de linhas retas, sem fim.
O sonho não chega, e quando vem, é sem cor.
Dias onde as noites são sempre assim,
cinzas, como céu sem estrelas,
praia sem ondas,
rio sem marolas…
E quando começa acreditar que nada vai mudar,
chega uma chuva de emoções,
uma tempestade de novos sentimentos,
uma ventania de razões que destoa de tudo,
é o amor, a paixão fulminante,
que tudo transforma, torna tudo tão vibrante.
Assim, seu jardim, outrora seco e sem vida,
se enche de flores, nesse peito de amores,
onde o nada é tudo,
e o tudo, apenas uma partícula.
Quando estamos amando,
as noites se enchem de perfume,
os dias são preenchidos pela esperança,
a alma fica doce, com jeito de criança.
Que o amor tome conta da sua vida,
e antes que você reclame, ou diga,
que já sofreu demais, que não acredita no amor,
deixe de lado esse sentimento bobo, esse rancor.
Prepare-se para viver a plenitude.
O amor não pede para entrar, ele invade,
não é mansidão, nem quietude.
Prepare-se!
O amor está onde não o procuramos,
está onde sempre esteve, tão perto e tão longe,
ao alcance das mãos aflitas, bocas sedentas,
de corpos ansiosos, coração que esquece a razão,
é pura emoção…
Se as mãos tremerem, o coração disparar,
se não conseguir desviar o olhar,
se não conseguir esquecer,
não adianta correr, nem tentar se esconder,
o amor te pegou e agora é só viver…
Seja feliz!
Eu acredito em você
-Paulo Roberto Gaefke-
VIVENDO E APRENDENDO
Na vida temos muitas surpresas, boas, ruins, inesperadas...
Temos que estar preparados para reagir a cada uma delas.
Chore, ria, faça careta, pule, dançe, cante, corra, viva.
Não tenha medo de Viver e ser feliz!
Existem momentos na vida, que podem parecer bobos,
que possam parecer comuns para você no enquanto,
mas um dia você pode olhar pra traz e diz:
esse foi o dia mais feliz de minha vida. "até agora".
Por isso, aprecie cada momento na vida, como se
fosse único, e especial, com uma pessoa especial.
Não busque a felicidade muito longe,
ela pode estar mais perto do que você imagina!
Tente apenas ser feliz, faça o que der vontade,
não se importe com o que os outros dizem sobre você,
porem, tente não dizer nada sobre os outros.
Não faça com o próximo o que não quer para si mesmo.
-Victor Hugo-
QUANTAS VEZES NÓS PENSAMOS EM DESISTIR,
Quantas vezes nós pensamos em desistir,
deixar de lado, o ideal e os sonhos;
Quantas vezes batemos em retirada, com o
coração amargurado pela injustiça;
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade,
sem ter com quem dividir;
Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercados de pessoas;
Quantas vezes falamos, sem sermos notados;
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida;
Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota;
Quantas vezes aquela lágrima, teima em cair, justamente na hora
que precisamos parecer fortes;
Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz;
E a resposta vem, seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice,
um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor;
E a gente insiste,
Insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar,
em dividir, em estar, em ser;
E Deus insiste em nos abençoar,
Em nos mostrar o caminho:
Aquele mais difícil,
mais complicado, mais bonito.
E a gente insiste em seguir,
por que tem uma missão......
SER FELIZ!
Autor desconhecido.
AS FILHAS DA TERRA
Do Seu trono de luzes e de rosas,
A Rainha dos Anjos, meiga e pura,
Estende os braços para a desventura,
Que campeia nas sendas espinhosas.
Ela conhece as lágrimas penosas
E recebe a oração da alma insegura,
Inundando de amor e de ternura
As feridas cruéis e dolorosas.
Filhas da terra, mães, irmãs, esposas,
No turbilhão dos homens s das cousas,
Imitai-A no dor do vosso trilho!...
Não conserveis do mundo o brilho e as palmas,
E encontrareis no íntimo das almas,
A alegria do reino de Seu Filho!
-Bittencourt Sampaio-
NÃO AO SUICÍDIO!
A morte não existe! O espírito é eterno e sobrevive…
” O suicídio é o começo do maior tormento que a criatura humana
pode sofrer, porque descobre que depois de matar seu corpo físico
ela continua viva… porém sozinha, e sem socorro algum, descobre
que seus males só se agravaram e que infelizmente cometeu um
dos maiores crimes que a criatura pode cometer, tirar um empréstimo
de Deus que serviria para a evolução de seu Espírito…. seu corpo”
“O suicídio é um crime aos olhos de Deus…
O suicida é um Espírito criminoso, falido nos compromissos que
tinha para com as leis sábias, justas e imutáveis estabelecidas
pelo criador, e que se vê obrigado a repetir a experiência na terra,
tomando um novo corpo, uma vez que destruiu aquele que a lei lhe
confiara para instrumento de auxilio na conquista do próprio
aperfeiçoamento.
O Espírito de um suicida voltará a novo corpo terreno em condições
muito penosas de sofrimento, agravadas pelas resultantes do grande
desequilíbrio que o desesperado gesto provocou no seu corpo astral,
isto é, no perispírito.
Na fantasia do suicida, ele pensa que morrer seria uma maneira
de livrar-se do medo de ficar louco, no estado de desestruturação
e aniquilamento em que se encontra. É morrer para livrar-se de
uma situação insustentável.Pensa que irá par um mundo paradisíaco
onde não há mais necessidades, e que nesse mundo encontrará
pessoas queridas, ou então, que depois de destruir o seu corpo físico
irá dormir em sono eterno, é possível também encontrarmos o suicídio
inconsciente que advém do desregramento com o qual se abrevia a vida,
esses são:
E excesso de comida, bebida, fumo, vícios em geral, sexo etc…
Normalmente aquele que busca o suicídio necessita muito livrar-se
de algo que lhe atormenta, difícil de julgar o grau de sofrimento
que leva uma pessoa a cometer suicídio. Algumas das prováveis
causas são:
Razões econômica, culpa, remorso, doenças incuráveis, doenças mentais,
depressão, ansiedade, etc.
Pode haver suicídio por obsessão?
Todas as religiões cristãs ensinam que os maus espíritos podem
exercer influência maléfica sobre os homens.
Com base nessa questão , pode um espírito perseguidor induzir
sua vítima à prática do suicídio? Claro que sim! O fato tem ocorrido
com freqüência.
Todavia a vítima obsidiada, no uso e gozo do seu livre -arbítrio,
pode querendo com o império de sua força de vontade, resistir a
tentação e tornar-se vitoriosa. Porém, caso venha o obsidiado a
ceder as sugestões do inimigo invisível, e se suicidar,ele
certamente consentiu.
Com certeza ele responderá pela sua fraqueza perante as leis divinas ,
porém como fator atenuante se levará o aspecto obsessivo.
É bom que se saiba, que o espírito obsessor não é o demônio como
ensinam as religiões dogmáticas. Ele é uma criatura humana invisível,
é um homem ou mulher que viveu aqui na terra e que foi injustiçado,
desencarnou com ódio e desejo de vingança.
Depois da morte os espíritos livres perseguem no além aqueles que
lhe fizeram mal, isso seria a obsessão, sua vítima poderá ser levada
não só ao suicídio, mas também, a crimes , a vícios etc, há vários
tipos de obsessão, caso o leitor desta página deseje saber mais
sobre o assunto entre em contato pelo e-mail do site que enviarei
nomes de vários livros que abordam o assunto, dentro da
codificação de Allan Kardec posso citar “O céu e o inferno” .
Abaixo, algumas perguntas a respeito do suicídio:
1 – O suicida permanece muito tempo em regiões de sofrimento,
no plano espiritual, ou logo reencarna?
Depende de suas necessidades e de como reage à situação que criou.
Há os que retornam de imediato à carne. Há os que fazem estágios
em regiões de sofrimento.
Depois são acolhidos em instituições hospitalares que funcionam nas
proximidades dos chamados vales dos suicidas, como descreve
Camilo Castelo Branco (1825-1890), no livro Memórias de um Suicida,
psicografado por Yvonne Pereira.
2 – Considerando o estado de desequilíbrio de quem comete o gesto
tresloucado, não será contra-producente reconduzi-lo à reencarnação?
Em alguns casos é uma necessidade, oferecendo-lhe a bênção do
esquecimento e ajudando-o a superar as fixações que precipitaram
sua fuga no pretérito.
3 – Haverá alguma conseqüência no novo corpo?
O corpo espiritual ou perispírito é um molde da forma física.
Se tem desajustes, estes tenderão a refletir-se nela.
Acontece freqüentemente com o suicida.
4 – Poderia dar alguns exemplos?
Quem se mata por afogamento terá problemas respiratórios.
Quem ingeriu um corrosivo terá desajustes no aparelho digestivo.
Quem atirou na cabeça poderá reencarnar com retardo mental,
paralisia cerebral e males semelhantes.
Quem põe fogo no corpo terá graves problemas dermatológicos.
5 – Seria uma espécie de castigo?
Mais exatamente uma conseqüência.
Se uso uma faca imprudentemente,
acabo me cortando. Deus não estará me castigando.
Apenas estarei colhendo o resultado de minha imprudência.
6 – Uma encarnação é suficiente para o suicida livrar-se dos
desajustes gerados por seu ato?
Isso depende de vários fatores, envolvendo o grau de
comprometimento com o gesto tresloucado.
Como regra diríamos que, quanto mais esclarecido
for, quanto mais ampla sua noção a respeito das responsabilidades
da vida, maior o estrago perispiritual, mais demorada a recuperação.
7 – Pode prolongar-se por mais de uma existência?
É possível, dependendo de como reage.
Podem ocorrer complicações, envolvendo, sobretudo, a reincidência.
Em existência futura o indivíduo sentir-se-á tentado a cometê-lo
novamente, quando enfrentar situações que motivaram
sua fuga no passado.
8 – Há um aumento preocupante de suicídios em todos os países.
O que pode ser feito a respeito?
A Doutrina Espírita é uma vacina contra o suicídio, mostrando-nos
que se trata de uma porta falsa, que nos precipita em sofrimentos
mil vezes acentuados. Por isso, um dos grandes recursos para
combater o suicídio é a sua divulgação.
Trata-se de um trabalho abençoado que todos podemos desenvolver,
particularmente usando livros espíritas, distribuindo-os a mão cheia,
como ensina Castro Alves (1847-1871).
-Richard Simonetti-
SUÍCIDIO - UMA VISÃO ESPÍRITA
Dar fim à própria vida, abrir mão de todas as possibilidades,
por uma possível paz, é o caminho que muitos seguem, de
forma consciente ou não; mas, ao invés de se mostrar
uma solução, transforma-se num longo caminho de dor,
sofrimento e libertação.
-Francisco Aranda Gabilan-
Matéria extraída do seu livro
Entre o Pecado e a Evolução
É impressionante e até mesmo perguntas aterrador que tenhamos
que chamar de “atual” o tema relativo ao suicídio, seja voluntário,
seja indireto.
Mas, lastimavelmente, é atual mesmo: é um mal crescente,
atingindo toda humanidade.
Sua ocorrência sempre foi constante, desde o passado remoto e
em todos os segmentos sociais e étnicos, até mesmo, crianças.
Existem relatos de suicídios, tanto individuais, quanto coletivos,
em várias culturas indígenas.
Daí a sua atualidade. Aliás, não é por outra razão que o assunto
tem sido objeto de preocupação de antropólogos, sociólogos,
médicos, psiquiatras, psicólogos, enfim de todos os
ramos de ciência do Ser – e obviamente, dos Espíritas, sempre
atentos às chagas da humanidade.
É exemplo disso o número de palestras, debates e artigos que
solicitam aos espíritas sobre o assunto, incluindo o número de
que sempre surgem sobre o mesmo tema. Vale dizer, numa palavra:
se há perguntas, é porque o tema necessita de ampla abordagem.
1. Como os Espíritos e o Espiritismo consideram o suicídio?
R: Usando unicamente os ensinos dos Espíritos constantes
da Codificação, o suicídio é tido como um crime aos olhos de Deus
(Céu e Inferno, cap. 5), e que importa numa transgressão da
Lei Divina (Livro dos Espíritos, pergunta 944) e constitui sempre
uma falta de resignação e submissão à vontade do Criador
(idem, perg. 953-a).
Desse modo, “jamais o homem tem o direito de dispor da vida,
porquanto só a Deus cabe retirá-lo do cativeiro da Terra,
quando o julgue oportuno.
O suicida é qual o prisioneiro que se evade da prisão, antes
de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais
severamente tratado.
O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às misérias
do presente e mergulha em desgraças maiores”
(Evangelho Segundo o Espiritismo, cap XXVII, item 71)
2. Por que os Espíritos tratam desse assunto com
certa constância?
R: Primeiramente, como já afirmamos, porque ele é tema
sempre atual, pois que o suicídio tem sido marca constante
de nossa civilização; segundo, que é o mais importante:
a doutrina dos Espíritos, tem um caráter consolador absoluto:
através do fato mediúnico (no dizer do cultíssimo Herculano Pires,
o fato mediúnico é literalmente uma segunda ressurreição) o
espírito volta à carne, não a que deixou no túmulo, mas a
do médium que lhe oferece, num gesto de amor, a oportunidade
de retorno aos corações que deixou no mundo (Mediunidade, cap 5),
é permitido que os próprios suicidas venham dizer-nos que eles
não morreram e afirmam que não só não solucionaram o problema
que os levou ao ato extremo, como ainda estão “vivos” e, de quebra,
com dois problemas: o antigo e o novo, gerado pela
violação das leis da Vida.
Assim, o Espiritismo trabalha preventivamente para que as pessoas
saibam das responsabilidades em praticar atos que possam agravar
sua situação futura e não para condená-las ao martírio eterno.
3. Quais as causas que levam o Ser ao suicídio?
R: A incredulidade, a falta de fé, a dúvida, as idéias materialistas.
Em suma, crer que o Nada é o futuro, como se o Nada pudesse
oferecer consolação, como se fosse remédio para supostamente
abreviar o sofrimento, crença que, na verdade, se constitui
em covardia moral.
4. Quais as conseqüências do suicídio para o Espírito?
R: Em primeiro lugar, é preciso aclarar-se que o suicídio não apaga
a falta cometida, mas, ao contrário, em vez de uma haverá duas;
em segundo, que o Espírito, quando se dá conta do ato cometido,
constata que nada valeu, ficando literalmente desapontado com
os efeitos obtidos e que não eram os buscados, pois se certifica
que a vida não se extinguiu e que continua mais real que nunca.
Terceiro, e que é bastante doloroso, o suicídio agrava todos
os sofrimentos:
“depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias,
freqüentemente, após diversas tentativas frustradas de
renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam
neles deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram.
Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias
nervosas obscuras”,
segundo Emmanuel em Leis de Amor, capitulo VI.
5. Então, não há esperança de recuperação para o suicida?
R: Claro que há – total! Deus é Amor e Ele outorga a todas
as Criaturas a maior expressão da Sua Bondade Infinita:
a possibilidade de os Seres evoluírem sempre, incessantemente;
permite que as existências se sucedam ofertando as oportunidades
infinitas de reajuste e reforma; e isso é possível através do mais
efetivo veiculo da Lei de Evolução: a reencarnação.
Portanto, os familiares do suicida de ontem ou de hoje não se
exasperem, ao contrário, mantenham viva a esperança de que
é possível a remissão das faltas e que o Pai de Misericórdia
propiciará os meios de fazer com que o próprio autor do
ato extremo se reconheça Espírito Eterno e indestrutível, e que
a calma, a resignação e a fé serão os mais seguros preservativos
contra as idéias autodestrutivas.
Não será demais que se lhes repita: Deus é Bondade Infinita e,
portanto, não permite que Suas Criaturas sofram indefinidamente
e que esse sofrimento poderá ser abreviado mais rapidamente
mercê de orações sinceras e cheias de amor de todos quantos
querem que se restabeleça o Bem.
(Revista Espiritismo e Ciência 11, páginas 06-08)
.
O suicídio é a interrupção da vida (óbvio).
Mas nesta frase se encontra a chave de todo o drama que
o suicida passa após a morte. Assim como o mais avançado
dos robôs, ou um simples radinho de pilha, o corpo também
tem sua bateria, e um tempo de vida útil baseado nesta carga.
De acordo com nossos planos (traçados do "outro lado")
teremos uma carga X de energia, que pode ser ampliada,
se assim for necessário. Então, um atentado contra a
vida não é um atentado exatamente contra Deus, mas contra
todos os seus amigos, mentores e engenheiros espirituais
que planejaram sua encarnação nos mínimos detalhes, e
contra a própria energia Divina que foi "emprestada" para
animar seu veículo físico de manifestação: seu corpo.
Eqüivale aos EUA gastar bilhões pra mandar um homem a Marte,
e quando ele estivesse lá resolvesse voltar porque ficou com
medo ou sentiu saudades de casa. Todos os cientistas envolvidos
na missão ficarão P da vida, e com razão. Afinal, quando ele
se candidatou para a missão, estava assumindo todos os riscos,
com todos os ônus e bônus decorrentes de um empreendimento
deste tamanho.
Quando esse astronauta voltar à Terra vai ter trabalho até pra
conseguir emprego de gari.
É mais ou menos assim no plano espiritual. Um suicida nunca
volta pra Terra em condições melhores do que estava antes
de cometer o autocídio.
Segundo Allan Kardec, codificador do espiritismo,
"Há as conseqüências que são comuns a todos os casos de
morte violenta*; as que decorrem da interrupção brusca da vida.
Observa-se a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço
que liga o Espírito ao corpo, porque este laço está quase sempre
em todo o vigor no momento em que foi rompido
(Na morte natural ele enfraquece gradualmente e, às vezes, se
desata antes mesmo da extinção completa da vida).
As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento do
estado de perturbação, seguido da ilusão que, durante um tempo
mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra
no mundo dos vivos.
A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns
suicidas, uma espécie de recuperação do estado do corpo sobre o
Espírito (ou seja, o espírito ainda sente, de certa forma, as ações
que o corpo sofre), que assim se ressente dos efeitos da decomposição,
experimentando uma sensação cheia de angústias e de horror.
Este estado pode persistir tão longamente quanto tivesse de durar a
vida que foi interrompida.
Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados
na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente
e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem
suportá-las com mais resignação.
Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de
que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem
para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva
interditado. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito
uma coisa inútil, pois que só decepções encontram".
Algumas máximas do espiritismo para o caso de suicídio:
As penas são proporcionais à consciência que o culpado tem
das faltas que comete.
Não se pode chamar de suicida aquele que devidamente se expõe
à morte para salvar o seu semelhante.
O louco que se mata não sabe o que faz.
As mulheres que, em certos países, voluntariamente se matam
sobre os corpos de seus maridos, obedecem a um preconceito,
e geralmente o fazem mais pela força do que pela própria vontade.
Acreditam cumprir um dever, o que não é característica do suicídio.
Encontram desculpa na nulidade moral que as caracteriza, em a
sua maioria, e na ignorância em que se acham.
Os que hajam conduzido/induzido alguém a se matar terão de responder
por assassinato, perante as Leis de Deus.
Aquele que se suicida vítima das paixões é um suicida moral, duplamente
culpado, pois há nele falta de coragem e bestialidade, acrescidas do
esquecimento de Deus.
O suicídio mais severamente punido é aquele que é o resultado do
desespero, que visa a redenção das misérias terrenas.
Será desculpável o suicídio, quando tenha por fim impedir a que
a vergonha caia sobre os filhos, ou sobre a família?
O que assim procede não faz bem.
Mas, como pensa que o faz, isso é levado em conta, pois que é
uma expiação que ele se impõe a si mesmo.
A intenção lhe atenua a falta; entretanto, nem por isso deixa
de haver falta. Aquele que tira de si mesmo a vida, para fugir
à vergonha de uma ação má, prova que dá mais apreço à
estima dos homens do que a de Deus, visto que volta para a
vida espiritual carregado de suas iniqüidades, tendo-se privado
dos meios de repará-los aqui na Terra. O arrependimento sincero
e o esforço desinteressado são o melhor caminho para a reparação.
O suicídio nada repara.
Que pensar daquele que se mata, na esperança de chegar
mais depressa a uma vida melhor?
Outra loucura! Que faça ele o bem, e mais cedo irá lá chegar,
pois, matando-se, retarda a sua entrada num mundo melhor
e terá que pedir lhe seja permitido voltar, para concluir a vida
a que pôs termo sob o influxo de uma idéia falsa.
Não é, às vezes, meritório o sacrifício da vida, quando aquele que
o faz visa salvar a de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?
Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso, o sacrifício
da vida não constitui suicídio. É contrário às Leis kármicas todo
sacrifício inútil, principalmente se for motivada por qualquer
traço de orgulho.
Somente o desinteresse completo torna meritório o sacrifício e,
não raro, quem o faz guarda oculto um pensamento, que lhe
diminui o valor aos olhos de Deus. Todo sacrifício que o homem
faça à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente
meritório, porque resulta da prática da lei de caridade.
Mas, antes de cumprir tal sacrifício, deveria refletir sobre se
sua vida não será mais útil do que sua morte.
Quando uma pessoa vê diante de si um fim inevitável e horrível,
será culpada se abreviar de alguns instantes os seus sofrimentos,
apressando voluntariamente sua morte?
É sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe
marcou para a existência. Não há culpabilidade, entretanto, se
não houver intenção, ou consciência perfeita da prática do mal.
Conseguem seu intento aqueles que, não podendo conformar-se
com a perda de pessoas que lhes eram caras, se matam na
esperança de ir juntar-se a eles?
Muito ao contrário. Em vez de se reunirem ao que era objeto de
suas afeições, dele se afastam por longo tempo.
Fonte: Livro dos espíritos (com algumas alterações)
CARTA PATERNA
Meu filho, não tinhas razão em favor da cólera.
Vi, perfeitamente, quando o velhinho se aproximou para servir-te.
Trazia um coração amoroso e atento que não soubeste compreender.
Deste uma ordem que o pobrezinho não ouviu tão bem, quanto desejavas.
Repetiste-a e, porque novamente te perguntasse qualquer coisa, proferiste
palavras feias, que lhe feriram as fibras mais íntimas.
Como foste injusto!...
Quando nasceste, o antigo servidor já vencera muitos invernos e servira
a muita gente.
Enfraqueceram-se-lhe os ouvidos, ante as imperiosas determinações alheias.
Nunca refletiste na neblina que lhe enevoa o olhar? Adquiriu-a trabalhando à
noite, enquanto dormias, despreocupado.
Sabes porque traz ele as pernas trêmulas? Devorou muitas léguas a pé,
solucionando problemas dos outros.
Irritas-te, quando se demora a movimentar-se a teu mando. Contudo, exiges
o automóvel para a viagem de dois quilômetros.
Em muitas ocasiões, queixas-te contra ele. É relaxado aos teus olhos, tem
as mãos ílescuidadas e a roupa não muito limpa. Entretanto, nunca imaginaste
que o apagado servidor jamais encontrou oportunidades iguais às que recebeste.
Além disto, não lhe ofereces o ensinamento amigo e nem tempo para cogitar da
s próprias necessidades espirituais.
Reclamas longos dias para examinar pequenina questão, referente ao teu
bem-estar; todavia, não lhe consagras nem mesmo uma hora por semana,
ajudando-o a refletir...
Respondes, enfadado, quando o velho companheiro te pede alguns níqueis,
mas não vacilas em despender pequenas fortunas com amigos ociosos, em
noitadas alegres, nas quais te mergulhas em fantasioso contentamento.
Interrogas, ingrato: que fizeste do dinheiro que te dei?
Esqueces que o servo de fronte enrugada não dispôs de tempo e recurso para
calcular, com exatidão, os processos de ganhar além do necessário e não
conseguiu ensejo de ilustrar o raciocínio com o refinamento que caracteriza o teu.
Ah! meu filho, quando a impaciência te visita o espírito, recorda que o monstro
da ira indesejável te bate à porta do coração. E quando a ele te entregas,
Imprevidente tuas conquistas mais elevadas tremem nos alicerces.
Chego a desconhecer-te porque a fúria dos elementos interiores te alteram a
Individualidade aos meus olhos e eu não sei se passas a condição de criança
ou de demônio!...
Se não podes conter, ainda, os movimentos impulsivos de sentimentos
Perturbadores, chegado o instante do testemunho cala-te e espera.
A cólera nada edifica e nada restaura... Apenas semeía desconfiança e
temor, ao redor de teus passos.
Não ameaces com a voz, nem te insurjas Contra ninguém.
É provável que guardes alguma reclamação contra mim, teu pai, Porque
eu também sou ainda humano. No entanto, filho, acima de nós ambos
permanece o Pai Supremo, e que seria de ti e de mim, se Deus, um dia,
se encolerizasse contra nós?
XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio
O ESPIRITISMO NÃO FAZ MILAGRES
Por.: Rogério Coelho
De maneira racional a Doutrina Espírita esclarece os "milagres" de acordo com as leis naturais.
“(...) O Espiritismo vem, a seu turno, fazer o que
cada ciência fez no seu advento: revelar
novas leis e explicar os fenômenos
na alçada dessas leis”. Allan Kardec
Certa feita, um eclesiástico dirigiu a seguinte pergunta ao Mestre Lionês: “Todos aqueles que tiveram missão de Deus de ensinar a verdade aos homens, provaram sua missão por milagres. Por quais milagres provais a verdade de vosso ensinamento?” A resposta de Kardec não se fez esperar 2:
“(...) Confessamos – humildemente -, que não temos o menor milagre a oferecer; dizemos mais: O Espiritismo não se apóia sobre nenhum fato miraculoso; seus adeptos nunca fizeram e não têm a pretensão de fazer nenhum milagre; não se crêem bastante dignos para que, à sua voz, Deus mude a ordem eterna das coisas. O Espiritismo constata um fato material, o da manifestação das almas ou Espíritos. Esse fato é real, sim ou não? Aí está toda a questão; ora, nesse fato, admitindo como verdadeiro, nada há de miraculoso. Como as manifestações desse gênero, tais como as visões, aparições e outras, ocorreram em todos os tempos, assim como atestam as histórias, sagradas e profanas, e os livros de todas as religiões, outrora puderam passar por sobrenaturais; mas hoje que se lhes conhece a causa, que se sabe que se produzem em virtude de certas leis, sabe-se também que lhes falta o caráter essencial dos fatos miraculosos, o de fazer exceção à lei comum.
Essas manifestações, observadas em nossos dias com mais cuidado do que na antigüidade, observadas sobretudo sem prevenção, e com a ajuda de investigações tão minuciosas quanto as que se aplicam no estudo das ciências, têm por conseqüência provar, de maneira irrecusável, a existência de um princípio inteligente fora da matéria, sua sobrevivência aos corpos, sua individualidade depois da morte, sua imortalidade, seu futuro feliz ou infeliz, por conseguinte, a base de todas as religiões.
Se a verdade não fosse provada senão por milagres, poder-se-ia perguntar:
Por que os sacerdotes do Egito, que estavam no erro, reproduziram diante do Faraó aquilo que Moisés fez? Por que Apolônio de Tiana, que era pagão, curava pelo toque, devolvia a visão aos cegos, a palavra aos mudos, predizia as coisas futuras e via o que se passava à distância? O próprio Cristo não disse: "Haverá falsos profetas que farão prodígios"? Um de nossos amigos, depois de uma fervorosa prece ao seu Espírito protetor, foi curado quase instantaneamente de uma enfermidade, muito grave e muito antiga, que resistia a todos os remédios; para ele o fato era verdadeiramente miraculoso; mas, como ele acreditava nos Espíritos, um cura, a quem contou a coisa, disse-lhe que o diabo também pode fazer milagres. "Nesse caso, disse esse amigo, se foi o diabo que me curou, é ao diabo que devo agradecer."
Os prodígios e os milagres não são, pois, o privilégio exclusivo da verdade, uma vez que o próprio diabo pode fazê-los.
(...) Há no Espiritismo duas coisas: o fato da existência dos Espíritos e de suas manifestações, e a doutrina que disso decorre. O primeiro ponto não pode ser posto em dúvida senão por aqueles que não viram ou que não quiseram ver; quanto ao segundo, a questão é saber se essa doutrina é justa ou falsa: é um resultado de apreciação.
(...) Considerai o Espiritismo, se o quiserdes, não como uma revelação divina, mas como a expressão de uma opinião pessoal, a tal ou tal Espírito, a questão é saber se ela é boa ou má, justa ou falsa, racional ou ilógica. A que se reportar para isso? É ao julgamento de um indivíduo? De alguns indivíduos mesmo? Não; porque, dominados pelos preconceitos, as idéias preconcebidas, ou os interesses pessoais, podem se enganar. O único, o verdadeiro juiz, é o público, porque ali não há o interesse de associação.
Além disso, nas massas há um bom senso inato que não se engana. A lógica sã diz que a adoção de uma idéia, ou de um princípio, pela opinião geral, é uma prova de que ela repousa sobre um fundo de verdade.
Os Espíritas não dizem, pois: "Eis uma doutrina saída da boca do próprio Deus, revelada a um único homem por meios prodigiosos, e que é preciso impor ao gênero humano." Eles dizem, ao contrário: "Eis uma doutrina que não é nossa, e da qual não reivindicamos o mérito; nós a adotamos porque a achamos racional. Abribuí-lhe a origem que quiserdes: de Deus, dos Espíritos ou dos homens; examinai-a; se ela vos convém, adotai-a; caso contrário, ponde-a de lado."
Não se pode ser menos absoluto!
O Espiritismo não vem, pois, intrometer-se na religião; ele não se impõe; não vem forçar a consciência, não mais dos católicos do que dos protestantes, dos judeus; ele se apresenta e diz: "Adotai-me, se me achais bom."
É culpa dos Espíritas se o acham bom? Se nele se encontra a solução do que se procurava em vão alhures? Se nele se haurem consolações que tornam felizes, que dissipam os terrores do futuro, acalmam as angústias da dúvida e dão coragem para o presente? Não se dirige àqueles a quem as crenças católicas ou outras bastam, mas àqueles que elas não satisfazem completamente, ou que desertaram; em lugar de não mais crer em nada, os conduz a crerem em alguma coisa, e a crer com fervor.
Pergunta-se sobre que milagre nós nos apoiamos para crer a Doutrina Espírita boa. Nós a cremos boa, não só porque é nossa opinião, mas porque milhões de outros pensam como nós; porque ela conduz a crer aqueles que não crêem; dá coragem nas misérias da vida. O milagre?! É a rapidez de sua propagação, estranha nos fastos das doutrinas filosóficas; foi por ter, em alguns anos, feito a volta ao mundo, e estar implantada em todos os países e em todas as classes da sociedade; foi por ter progredido, apesar de tudo o que se fez para detê-la, de ultrapassar as barreiras que se lhe opôs; de encontrar um acréscimo de forças nas próprias barreiras. Está aí o caráter de uma utopia? Uma idéia falsa pode encontrar alguns partidários, mas nunca tem senão uma existência efêmera e circunscrita; perde terreno em lugar de ganhá-lo, ao passo que o Espiritismo ganha-o em lugar de perdê-lo. Quando é visto germinar por todas as partes, acolhido por toda a parte como um benefício da Providência, é que ali está o dedo da Providência; eis o verdadeiro milagre, e nós o cremos suficiente para assegurar o seu futuro.
(...) Em resumo: O Espiritismo, para se estabelecer, não reivindica a ação de nenhum milagre; não quer, em nada, mudar a ordem das coisas; procurou e encontrou a causa de certos fenômenos, erradamente reputados como sobrenaturais; em lugar de se apoiar no sobrenatural, repudia-o por sua própria conta; dirige-se ao coração e à razão; a lógica lhe abre o caminho”.
1- KARDEC, Allan. A Gênese. 43.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003, cap. XIII, item 4, § 1º.
2- KARDEC, Allan. Revue Spirite. Araras: IDE, 1993, p. 40 e seguintes.
Artigo.: O Espiritismo não faz Milagres
Por.: Rogério Coelho (É o autor é Presidente-fundador da Soc. Muriaense de Estudos Espírita, expositor e escritor).
SER FELIZ.
"... Assim, pois, aqueles que pregam ser a Terra a única morada do homem, e que só nela, e numa só existência, lhe é permitido atingir o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os escutam ...." (Capítulo 5, item 20 - “O Evangelho Segundo o Espiritismo” ).
As estradas que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.
Ser feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em face das tarefas que viemos desempenhar na Terra.
Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho.
No entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade pela felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos. Como conseqüência, não administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos próprios passos. Tomamos como jugo deveres que não são nossos e assumimos compromissos que pertencem ao livre-arbítrio dos outros. O nosso erro começa quando zelamos pelas outras pessoas e as protegemos, deixando de segurar as rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.
Construímos castelos no ar, sonhamos e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas.
Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.
A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos fomos criados para desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural.
O ser psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por enquanto a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, mas sim como nós a percebemos, conscientizando-nos de que cada criatura tem uma maneira única de ser feliz. Para sentir as primeiras ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que é válido, conforme sua idade espiritual.
Para ser feliz, basta entender que a felicidade dos outros é também a nossa felicidade, porque todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção Divina e formamos um único rebanho, do qual, conforme as afirmações evangélicas, nenhuma ovelha se perderá.
É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito. Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível.
A felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e distinta.
Nossa felicidade baseia-se numa adaptação satisfatória à nossa vida social, familiar, psíquica e espiritual, bem como numa capacidade de ajustamento às diversas situações vivenciais.
Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos satisfazer com nossas reais possibilidades.
Em face de todas essas conjunturas e de outras tantas que não se fizeram objeto de nossas presentes reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é, obviamente, meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da Eternidade, nas muitas moradas da Casa do Pai.
-Hammed-
SOMBRAS E CARIDADE
Queixas-te das trevas por sobre os teus passos; esqueces, no entanto, de guardar a confiança em Deus e a perseverança em teu seio.
Lamentas a violência e a maldade evidentes no mundo que habitas; entretanto, não te lembras de semear, nas terras do próprio coração, o antídoto à mágoa e à desconfiança, à indiferença e ao pessimismo.
Reclamas a omissão dos companheiros de jornada na senda do Bem; porém, de auscultar-lhes as razões mais íntimas das angústias e indecisões.
Recriminas os desvios cometidos pelos indolentes à razão da fé e à verdadeira vida; apesar disso, consideras-te sobrecarregado no serviço continuado e indispensável de educação pela palavra e pela ação.
Criticas as intenções menos saudáveis dos que buscam exclusivamente a autopromoção no serviço ao próximo; a esse despeito, melindras-te à prova da ingratidão.
Desdenhas do arrogante e do intolerante; muito apesar disso, indispõe-te às vezes, com os fanáticos.
Rechaças inapelavelmente os pérfidos e dissimulados; a verdade integral, porém, somente o Criador a possui.
Recriminas-te severamente pelos erros do cotidiano; as quedas, no entanto, são apanágio de quem não adota a inércia como padrão na caminhada terrena.
*
O Espiritismo, por permitir ao homem a perspectiva do processo evolutivo do Espírito em suas mais díspares facetas, fornece, ao que o estuda detidamente, o de que necessita para posicionar-se fraterna e caritativamente diante do que erra. Ao mesmo tempo, indu-lo a produzir o máximo possível, sem tornar-se presunçoso, ao reconhecer-se infinitamente fragmentar ante a exuberância do seu destino: a Divindade.
-Albino Teixeira - Francisco Cajazeiras-
A CONQUISTA DA SERENIDADE
Um dia amanhece, glorioso, com a luz do sol atravessando as folhas.
Silêncio que é quebrado pelo som dos passarinhos que acordam.
Murmúrio de regatos que cantam, perfume de relva molhada pelo orvalho da noite. Será isso serenidade?
A natureza oferece ao homem a oportunidade do silêncio externo, o exemplo da calma. Mas sozinha, ela, a natureza, será capaz de trazer a paz interna?
Muita gente diz assim: Vou sair da cidade, a fim de descansar. Quero esquecer barulho, poluição, trânsito.
Essa é uma paz artificial. Em geral, depois de alguns dias descansando, a pessoa volta para a cidade e aos ruídos da chamada civilização. E ainda exclama ao chegar: Que bom é voltar para o conforto da cidade.
E, nas semanas seguintes, enfrenta novamente os engarrafamentos de trânsito, o som constante das buzinas, a fuligem. A comida engolida às pressas e o estresse do cotidiano estão de volta.
Então vem a pergunta: Será que realmente a serenidade existe em nossa alma? Se ela estivesse mesmo em nós, não teríamos de deixar o local em que vivemos para encontrar a paz, não é mesmo?
A conquista da serenidade é gradativa. A natureza não dá saltos e as mudanças de hábitos arraigados ocorrem muito lentamente. Não se engane com isso.
Muita gente acredita que a simples decisão de modificar um padrão de comportamento é suficiente para que isso aconteça. Mas não é assim.
Um antigo provérbio chinês traduz muito bem essa dificuldade. Ele diz assim: “Um hábito inicia como uma teia de aranha e depois se torna um cabo de aço”. O mesmo acontece em nossa vida.
E a conquista da serenidade não escapa a essa lógica de criar novos hábitos, de reeducar-se. Sim, pois tornar-se pacificado é um exercício de auto-educação.
A pessoa educa-se constantemente. Treina a paciência, o silêncio da mente. É uma conquista diária, um processo que vai se instalando e se fortalecendo.
E por onde começar? O melhor é iniciar pelo dia a dia. Treinando com parentes, amigos, colegas de trabalho. Não se deixando perturbar pelas pequenas coisas do cotidiano.
Das pequenas coisas que irritam, a pessoa passa a adquirir mais força para superar problemas mais graves, situações mais complexas.
Aos poucos, suaviza-se o impacto que os outros exercem sobre nós. Acalma-se o coração, domina-se as emoções, tranqüiliza-se a mente.
O resultado é o melhor possível. Com o passar do tempo, a verdadeira paz se instala. E mesmo em meio aos ruídos de todo dia, o homem pacificado não se deixa perturbar.
É como um oásis em meio ao caos da vida moderna. Um espelho de água em meio a tempestades. Esse homem, em qualquer lugar que esteja, traz a serenidade dentro de si.
Experimente começar essa jornada hoje mesmo. Vai torná-lo muito mais feliz.
A serenidade resulta de uma vida metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem e na austera disciplina da vontade.
Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.
A.D.
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