ILÉ ASÉ ONAN LAYÓ
O milho (Zea mays), também chamado abati, auati e avati é um conhecido cereal, cultivado em grande parte do mundo.
O milho é extensivamente utilizado como alimentohumano ou ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. Todas as evidências científicas levam a crer que seja uma planta de origem mexicana, já que a sua domesticação começou 7.500 a 12.000 anos atrás na área central da Mesoamérica.
É um dos alimentos mais nutritivos que existem, contendo quase todos os aminoácidosconhecidos, sendo exceções a lisina e o triptofano.
Puro ou como ingrediente de outros produtos, é uma importante fonte energética para o homem. Ao contrário do trigo e o arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano. Além das fibras, o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas e vitaminas docomplexo B.
Possui bom potencial calórico, sendo constituído de grandes quantidades de açúcares e gorduras. O milho contém vários sais minerais como ferro, fósforo, potássio e zinco.
No entanto, é rico em ácido fítico, que dificulta a absorção destes mesmos.
USO RITUALÍSTICO
É um dos elementos mais utilizados nas religiões africanas, abrangendo de Exú a Oxalá incluindo várias entidades. Tanto nas versões amarelo, vermelho ou branco é um dos mais versáteis itens ritualísticos destas vertentes.
Por sua capacidade de nascer em qualquer lugar e a força de crescer rapidamente, é utilizado cru (milho de galinha) e ofertado à Ogun para prosperidade, sucesso financeiro, gestação, mas torrado é para paralisar estágio de doença, neutralizar paixão obsessiva com perseguição e outros sintomas mentais.
Como pamonha é ofertado à Odé, Logunedé e Oxum.
Passado na brasa ou no fogo é ofertado à Oxossi e à Obará.
É oferecido com mel, cachaça e fumo de rolo desfiado à Agué (Ossain).
É o famoso alimento de predileção de Omolú e Obaluaiye, sendo estourado como pipoca em areia da praia exclusivamente à eles.
Quando estourado em dendê é utilizado em ebós para a pacificação de forças malignas (ajé).
Quando estourado em azeite de oliva se torna um estimulante poderosíssimo em casos de magia amorosa e cansaço físico e mental.
Não é aconselhável oferecer agbado à Exù, por ser um grão muito duro é compreendido como uma trava, trancando a mobilidade natural de Esù, a não ser que use como oogun (magia) a fim de travar ou paralisar uma pessoa ou situação específica.
Também é utilizado pulverizado como o fubá dos ekós amarelos, e o inham-inham oferecido à Exú e bombogira, variando os elementos que os compôem.
Há uma qualidade de milho vermelha que também é amplamente usado no axoxô de Odé, no ekó vermelho, que traz mobilidade e expansão na existência humana.
Tanto o milho amarelo quanto o vermelho são ewós dos filhos de Odé.
O milho branco é o elemento primordial de Oxalá: o chamado ebô (canjica branca), e ele triturado se faz o fubá de milho branco que constitui o também famoso e utilizadíssimo acaçá.
A água da canjica branca é o omí-torô.
O mingau de acaçá é utilizado como elemento de ebós egun, ajé e iku, além de pegar alguns odus.
Tem também a milharina e a maizena (amido de milho) que entram em vários ebós e adimús.
Entra na comida das almas, e no axexê.
O cabelo do milho é um excelente banho de Logunedé, atraindo a riqueza e a saúde.
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