“A melhoria de
tudo passa pela
melhoria do ser”
De nada adianta
– diz a
confreira
mineira –
lutarmos somente
pela melhoria das instituições, pois elas não existem sem
as mentes que as constituem
pela melhoria das instituições, pois elas não existem sem
as mentes que as constituem
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Vivemos numa grande sociedade planetária. Como nos identificarmos nela?
Em se tratando
de nossa
manifestação no
plano físico,
penso que não
devemos nos
identificar com
coisa alguma, a
não ser com a
tarefa que o
Plano Maior nos
designou.
Afinal, não
somos daqui e
não
permaneceremos
por aqui por
muito tempo. Daí
que toda
identificação
com os níveis
físicos só será
motivo de muitas
ilusões e
atrasos em nossa
marcha
evolutiva. Mas
devo entender
também a
pergunta como
uma
identificação no
sentido de
fraternidade e
compromisso.
Nesse caso temos
que nos
identificar com
a proposta
divina que nos
traz o senso de
fraternidade
universal,
sobretudo na
aceitação das
aparentes
diferenças,
aprendendo que
todos somos uma
só consciência
no Senhor.
Compete aos
homens do
presente uma
melhor adequação
aos postulados
de Jesus. Como
atender a essa
necessidade,
tendo em vista
os apelos
contrários da
mídia atual?
O cristão na
atualidade deve
se esforçar para
que seu padrão
mental,
consequentemente
seu padrão
vibratório, seja
o mais próximo
possível de sua
vontade sincera.
A mídia retrata
a
horizontalidade
dos pensamentos
de uma
humanidade que
precisa se
renovar e também
tem sido
instrumento para
averiguar o
nível de
discernimento de
todos nós que
abraçamos a
proposta
crística, mas
que ainda
sentimos os
apelos de nossos
antigos padrões.
Fazendo nossa
parte, se
esvaziarão os
espaços
utilitaristas
que hoje
representam,
lamentavelmente,
o desejo central
de nossa
humanidade.
Conflitos versus
diálogos. Qual o
melhor ponto de
intercessão?
O conflito que
vivemos nos
vários níveis de
relacionamento
(com nós mesmos,
com os outros,
com a
natureza...)
representa a lei
da polaridade do
Cosmo que nos
pede hoje
harmonia dos
opostos, em
todos os
sentidos. A
síntese dos
opostos é o
desafio nos
tempos atuais.
Não podemos mais
nos situar nas
polaridades
como, por
exemplo: certo x
errado, útil x
inútil, lícito x
não lícito, etc.
O conflito entre
as várias forças
antagônicas,
como proposta da
divindade para o
crescimento e
qualificação da
centelha divina,
só existe para
que haja a
síntese de todas
as experiências
vividas. Por
isso devemos ver
o conflito como
algo positivo
que provoca
nossas
consciências a
sintetizar o
aprendizado e
prosseguir nos
novos patamares
do Plano
Evolutivo. Até
que cheguemos a
esse
entendimento
vamos,
equivocadamente,
imprimindo
valores morais
provisórios e
desenvolvendo a
crença das
forças
antagônicas (bem
e mal,
qualidades e
vícios, defeitos
e virtudes).
Isso nos impede
de entender a
Força divina
como uma só
vertente
manifestando-se
de todas as
formas, conforme
o
desenvolvimento
dos veículos
através dos
quais Ela se
manifesta.
Poderia
aprofundar um
pouco mais em
sua explicação?
O assunto é um
pouco extenso,
mas tentarei
resumir da
seguinte forma:
a energia do
“santo” é a
mesma do
“pecador”; só é
diferente a
direção. Não foi
isso que fez
Paulo, Pedro,
Magdala? O
diálogo com a
natureza
espiritual, com
a Força Crística
Interna, fez com
que esses seres
direcionassem a
energia e se
mostrassem
Filhos da Luz. E
isso devemos
também fazer!
Dentro das
diferenças
existentes entre
os membros da
nossa sociedade
atual, qual a
melhor opção
para um
enfrentamento
enriquecedor?
As diferenças
são fonte de
sabedoria,
portanto, não
deveriam ser
motivo de
contenda. Se só
relacionássemos
com os iguais,
não teríamos
nenhum desafio
para mudar de
nível
vibratório, pelo
contrário,
teríamos muitos
motivos para
permanecer como
somos. E isso
não é bom, pois
todo tipo de
maturidade não é
ponto de
chegada, não é
término, é
sempre
caminhada.
Disto resulta
que devemos
sempre buscar a
cristã
convivência
fraterna?
Sim. Quanto mais
lidarmos com
vibrações
diferentes mais
aprenderemos a
ciência da
fraternidade
universal e da
apropriação dos
bens eternos. A
melhor opção é
sempre manter o
que temos de
bom, sem nos
deixar levar
pelos apelos das
ondas mentais
coletivas,
sendo, portanto,
a manifestação
de um nível de
consciência mais
elevado. E essa
é a nossa maior
contribuição
neste período de
aferição dos
valores
espirituais de
nosso grupo
planetário.
Fale-nos sobre
os fundamentos
de uma cultura
de paz.
Tudo que
quisermos saber
sobre os
fundamentos de
uma cultura de
paz
encontraremos
nas diretrizes
do Sermão da
Montanha,
consignado nos
cap. 5, 6 e 7 do
Evangelho
segundo Mateus.
É compromisso
interno e
urgente.
Como estabelecer
um pacto pessoal
para nossas
vitórias
espirituais?
O único pacto
que devemos
fazer,
conscientemente,
é o de fazer
valer a Vontade
Superior, a
despeito de
nossos desejos,
ainda que estes
sejam sinceros e
úteis.
Devemo-nos
entregar a uma
Vontade
Superior,
integrando,
assim, o grupo
das mentes que
já estão se
afinizando com a
nova proposta
planetária, que
não mais
comportará os
valores do ego,
das vontades e
interesses
pessoais.
Em sua opinião
estamos num
tempo de
transição
planetária ou a
nova aurora do
mundo
regenerador já
se faz presente?
Estamos em fase
de transição
como humanidade,
mas muitos já
podem respirar o
clima da
regeneração,
pois tudo
depende do nível
de consciência
em que cada um
se encontra.
Importante é
saber que o
quinto reino se
aproxima:
–
o reino
espiritual.
Qual a melhor
dinâmica para
equacionarmos
Espiritismo x
Sociedades
atuais?
Espiritismo na
sociedade atual
deve significar
vivência do
Evangelho com
consequente
elevação/sutilização
de nossos
propósitos de
vida.
No quesito
violência contra
as minorias,
como vê uma
atuação positiva
dentro das
responsabilidades
públicas?
A melhoria de
tudo passa pela
melhoria do ser.
De nada adianta
lutarmos somente
pela melhoria
das
instituições,
pois elas não
existem sem as
mentes que as
constituem. Se
não fizermos uma
mudança de
padrão mental,
todos nós, de
nada adiantarão
nossos esforços
por causas,
instituições,
formas sociais
etc. Vamos nos
recordar de
Paulo de Tarso
quando disse que
não nos
conformássemos
com esse mundo,
mas que o
transformássemos
pela renovação
de nossa mente.
E dentro das
responsabilidades
religiosas,
principalmente o
Espiritismo?
As religiões
deveriam
libertar as
mentes e
trabalhar os
novos padrões
crísticos da
humanidade, mas
não fizeram
isso. Algumas,
inclusive,
desenvolveram
padrões
contrários ao
progresso e à
libertação das
mentes. No caso
do Espiritismo,
temos que
atentar para que
não nos falte
discernimento
quanto à forma e
conteúdo da
divulgação dos
princípios
doutrinários,
sob pena de nos
assemelharmos a
outros
movimentos que,
por mais sérios
e instrutivos
que sejam, ainda
não correspondem
ao que nos pede
o Mais Alto
nestes tempos de
transição.
Qual a principal
fundamentação
espírita que
penetra com mais
profundidade e
excelência o
coração do
homem?
Depende muito do
nível de
consciência de
cada um. Temos
ainda muita
passividade
naqueles que
seguem os
postulados
espíritas no
sentido de
buscarem
fórmulas mágicas
para resolverem
os problemas da
vida. Temos que
oferecer o
conteúdo lógico,
racional e
consolativo da
doutrina
espírita, mas
não podemos nos
esquecer de
ofertar a
ferramenta
básica para o
adepto:
evangelho e
compromisso.
Em sua opinião,
como melhor
exercer a
liberdade que o
livre-arbítrio
nos proporciona?
Não estamos mais
em momento de
ficar fazendo
experiências com
livre-arbítrio.
São muitos evos
de experiência
nesse contexto.
Hoje o que
precisamos é
exercer o livre-
arbítrio no
sentido de fazer
uma só vontade –
a do Pai, e
seguir um só
caminho – o da
luz.
Recursos
suficientes para
uma vida melhor,
como vê esta
proposta?
Essa é a
proposta de
Jesus. Temos
tudo para viver
uma vida de mais
luz e mais paz.
À disposição de
todos nós está a
abundância de
Deus. Seus
celeiros estão
fartos dos grãos
da sabedoria e
da verdade.
Depende de
querermos
experimentar
essa busca, com
sinceridade de
propósitos e
fazendo o que
Maria, irmã de
Marta, fez:
escolher a
melhor parte, a
única coisa
necessária.
Em qual quesito
o movimento
espírita atual
precisa
aprimorar-se
mais?
Ser mais
profundo,
silencioso,
meditativo.
Nosso movimento
é muito
“festeiro” e a
mensagem, por
mais elevada que
seja, às vezes,
se perde na
agitação e nos
excessos de
nossos eventos.
Aprendemos que
um Centro
Espírita é
escola,
hospital,
oficina de
trabalho e
templo. Este
último aspecto
anda meio
esquecido...
Como é seu
trabalho de
divulgadora do
Evangelho de
Jesus à luz da
Doutrina
Espírita? Quais
seus contatos
para palestras e
outros eventos?
O trabalho que
realizamos é de
divulgar os
princípios
espíritas e o
Evangelho de
Jesus através da
palavra
(palestras e
seminários).
Contato:
angelicalavras@hotmail.com
Como é o
movimento
espírita de
Lavras e como
funciona a Casa
Espírita onde
exerce suas
atividades
doutrinárias?
O movimento
espírita de
Lavras não é
diferente do de
outras cidades.
Lavras é uma
cidade do
interior,
estudantil, com
universidade, o
que facilita a
divulgação dos
princípios
doutrinários,
dado o público
vindo de
diversos
lugares. Temos
uma interação
boa e fraterna
entre todas as
casas espíritas,
que têm tarefas
em conjunto, o
que facilita o
intercâmbio e o
desenvolvimento
de nossa união e
fraternidade. A
casa espírita
que frequento é
o Centro
Espírita Augusto
Silva, fundado
em 1920, casa
pela qual passou
a querida Yvonne
do Amaral
Pereira, e onde
ela escreveu a
excelente e
inspirada obra
“Memórias de Um
Suicida”.
Muito obrigado
e, por favor,
deixe-nos suas
palavras finais.
Agradeço sua
gentileza e a
oportunidade de
participar deste
trabalho de
divulgação.
Rogo a Deus que
nos mantenha
unidos na busca
iluminativa,
pois contando
com o amparo de
companheiros
nossa caminhada
é mais feliz e
os riscos de nos
equivocarmos
diminuem.
Sejamos, então,
um só coração
com Jesus!
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