Todo o entendimento usado para o bem do próximo é uma vitória e uma benção silenciosa que ajuda no fortalecimento da Caminhada pelo Bem Maior."
ABRA SUA MENTE
Fecha teus olhos,abre tua mente e teu coração para a Verdade ...,porque
Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência
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terça-feira, 27 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
PALAVRAS DE EXU REI
Palavras de Exu Rei
Vocês, irmãos da África, me tratam como um rei.
Como se homem e natureza fossem coisa à parte.
Como se eu não houvesse caminhado faminto e exausto pela mesma planície do tempo.
Como se eu não houvesse resvalado nas mesmas pedras e sufocado nos mesmos desertos sem vida.
Como se nossas tribos fossem diferentes de qualquer outra tribo.
E nossos reinos mais ou menos ilusórios do que as brumas que prometem chuva, e não trazem...
Vocês me saudam como um deus, mas eu sou apenas antigo.
Tão antigo quanto à luz que ainda hoje ilumina as festas de suas tribos.
E traz a herança de outras moradas na noite infinita.
Há sim, irmãos, muitas áfricas nessa imensidão...
Se sou um deus, saibam que também são!
E quando virem um de nossos irmãos suplicando por pão e água na soleira de suas portas, ajudem-no.
Tratem-no como a um rei.
Que todos somos reis de nossa própria história.
E cabe somente a nós comandar aos exércitos da alma.
E desbravar os territórios desconhecidos de nós mesmos...
Se sou um deus, saibam que também sofro!
E quando ouvirem um de nossos irmãos expirando o último tanto de ar dos pulmões, saudem sua morte.
Pois é um deus quem vai.
Mais um deus que segue seu caminho, como a água das chuvas e dos rios...
Se sou um deus, saibam que também amo!
E quando ouvirem um de nossos irmãos inspirando o primeiro tanto de ar nos pulmões, saudem seu nascimento.
Pois é um deus quem chega.
Mais um deus que segue seu caminho, como as estrelas cadentes a bailar pelas galáxias...
Vocês, irmãos da África, me tratam como um rei.
Mas em toda essa imensidão de tribos e estrelas da noite eterna, há somente um Rei.
Aquele que é Pai e é Mãe.
Aquele que joga sua rede no rio do Cosmos, e aguarda pacientemente.
E fisga um tanto de almas de cada vez...
Laroiê Exu Rei, Laroiê Exu Odara!
Um conto inspirado em Exu. Através de raph em 2010.
***
Obs: Acho conveniente citar breve trecho de artigo do ocultista e grande estudioso de mitologia Marcelo Del Debbio, sobre Exu:
LENDA DA ROSA ENCANTADA
Toda a riqueza e o conforto de que dispunha não faziam daquela jovem
princesa uma pessoa plenamente feliz. Faltava-lhe algo!
Havia um imenso e angustiante vazio em sua vida.
Aflita, a herdeira do trono mandou chamar um ancião, conhecido por sua
sapiência. Confessou-lhe a sua inquietação e rogou-lhe ajuda.
O velho sábio, afagando os cabelos da jovem, sorriu e lhe falou:
Está bem, Alteza, daqui a três luas nascerá no jardim, ao amanhecer, a
mais bela flor que os seus verdes olhos já viram...
Será uma rosa encantada que trará em si a beleza, o perfume e o
encantamento que lhe darão a alegria de que sentis tanta falta.
A jovem sorriu, agradecida.
Mas o velho advertiu: Tende cuidado! A flor é sua e cabe-lhe o dever de
cuidar dela... Caso contrário, perder-se-á a flor... Perder-se-á o encanto!
A jovem aguardava, ansiosa, o momento de conhecer a flor encantada...
Todos os dias ela ia até o jardim, para ver se já não teria nascido a
sua rosa... Entretanto, encontrava apenas as flores comuns.
Mas, na data prevista, aos primeiros raios do amanhecer, fez-se um
burburinho no jardim, bem sob a janela da jovem princesa.
Ela, irritada, levantou-se e foi à sacada para pedir silêncio. Mas, ao
abrir a janela, viu, em meio à grama, o motivo do falatório: uma flor como jamais
houvera antes naquelas paisagens!
Era realmente uma flor sem igual! Não se assemelhava às outras, em nada:
nem no tamanho, nem na cor, nem no aveludado de suas pétalas, nem em seu
perfume...
A jovem vestiu-se às pressas e desceu as escadarias a passos rápidos.
Atirou-se de joelhos na grama, maravilhada com a beleza da flor...
Beijou-lhe as pétalas suavemente, inalou seu perfume inefável.
Ordenou ao jardineiro que lhe desse tratamento especial: o melhor adubo,
a água mais fresca.
Quase todo o reino foi chamado a conhecer a flor encantada, desde os
súditos até Sua Majestade, o grande rei. Todos queriam ver a rosa de que se
falavam tão grandes coisas.
Por isso, a jovem mandou chamar a guarda, para que houvesse sempre um
soldado ao lado da flor, evitando que alguém a maltratasse ou roubasse.
Mesmo assim, muitos curiosos se amontoavam em torno da flor,
observando-a, inalando o seu perfume, apreciando a sua beleza.
Um dia, aborrecida com tantos visitantes, a princesa dispensou o soldado
e aguardou o anoitecer.
Quando a noite estendeu seu manto negro por sobre o castelo, ela voltou
ao jardim e arrancou dali a sua rosa encantada.
Levou-a para seu quarto e plantou-a num vaso de ouro cravado de gemas de
valor, trabalhado pelo mais competente ourives de todo o reino.
Enfim - pensou a princesa, sorrindo - agora a rosa é só minha! E passou
toda a madrugada acarinhando a flor.
Não recebia criados, amigos, nem mesmo seus pais...
Estava feliz! Finalmente, a rosa era sua!
Todavia, logo ao cair da tarde daquele dia a flor começou a apresentar
mudanças... Seu perfume alterou-se. Sua cor escureceu. Suas pétalas enrugaram.
Todas as tentativas para reavivá-la foram em vão. Na manhã seguinte, a
rosa estava morta!
Infeliz, a jovem princesa chorou, tardiamente arrependida.
* * * * * * * * * * * *
* * * * * * * * * * * *
Diante da flor amada, fonte de alegrias de nossas vidas, o ciúme é
sempre mau companheiro.
Encantamo-nos com sua beleza, com seu perfume, com seu sorriso, com seu
olhar, mas tentamos policiar-lhe os gestos, os pensamentos, as atenções.
A beleza das nuvens, o encanto das borboletas, a perfeição da águia, a
graça das estrelas, a formosura das ondas, devem-se à sua liberdade.
Podemos capturar o pássaro, mas não a alegria do voo. Podemos armazenar
a água, jamais as ondas!
A borboleta, aprisionada, morre!
Aquele que ama o sorriso não exige semblante fechado.
Vale sempre lembrar a máxima: Quem ama, liberta!
Redação do Momento Espírita, a partir de adaptação do texto Lenda da
rosa encantada, de autoria de Fábio Azamor.
Disponível no livro Momento Espírita v.4, ed. Fep
Em 6.2.2012.
Disponível no livro Momento Espírita v.4, ed. Fep
Em 6.2.2012.
sábado, 24 de novembro de 2012
ORAÇÕES A SÃO MIGUEL DE ARCANJO
São Miguel Arcanjo Glorioso Príncipe do Céu
Ó Glorioso Príncipe do Céu, protetor das almas, eu clamo e invoco a ti para que me livres de todas as adversidades e todo o pecado, fazendo-me progredir no serviço de Deus e conseguindo d'Ele a graça de preservar até o final, para que possa gozar a Sua presença eternamente.(SMA)
São Miguel Arcanjo, protege-nos nos combates.
Cobre-nos com teu escudo protetor e livra-nos das emboscadas e das ciladas do demônio.São Miguel Arcanjo, Príncipe da Milícia Celeste, subjuga o mal para sempre. Precipita no inferno o satanás e todos os espíritos malignos que andam pelo mundo a perder almas, porque Tu és vitorioso pelos séculos dos séculos. Amém.
Oração a São Miguel Arcanjo auxílio dos homens
Ó glorioso São Miguel Arcanjo ,
Príncipe da milícia celestial,(SMA)
sede nossa defesa na terrível luta
que levamos contra os poderes do mundo da obscuridade.
Vem em auxílio dos homens,
a quem Deus criou à sua Imagem e Semelhança,
e redimiu por grande preço da tirania do demônio.
Luta neste dia na batalha do Senhor,
junto aos Santos Anjos,
como uma vez lutaste [www.arcanjomiguel.net]
contra o líder dos anjos orgulhosos,
Lúcifer, e seus seguidores,
que perderam a batalha e seu lugar no Céu.
Essa serpente antiga e cruel que seduz ao mundo
foi lançada ao abismo junto com seus anjos.(SMA)
Mas agora este inimigo e destruidor dos homens volta a atacar.
Transformado em um anjo de luz passeia,
invadindo a terra com um multidão de espíritos malignos,
para tratar de apagar dela o Nome de Deus e de Cristo,
para apoderar-se da glória eterna.[www.arcanjomiguel.net]
Este malvado dragão derrama a mais impura torrente
de seu veneno de maldade
sobre os homens de mente depravada e coração corrupto,
o espírito da mentira, da impiedade, da blasfêmia
e de todos os vícios e a iniqüidade.
Nós te veneramos como protetor
contra os poderes malignos do inferno;
a Vós te tem confiado Deus
as almas dos homens que têm de formar-se em santidade.
Orai ao Deus da paz [www.arcanjomiguel.net]
para que ponha a Satanás sob vossos pés,
tão derrotado que já não possa voltar
a cativar aos homens nem a fazer dano à Igreja.
Oferece nossas orações ante os olhos do Altíssimo,
para conseguir com elas a misericórdia do Senhor;
e derrotando ao dragão, a serpente antiga,
encerrai-o uma vez mais no abismo,(SMA)
para que não seduza nunca mais as nações. Amém.
Olhai a Cruz do Senhor;
afastai os poderes hostis.(SMA)
O Leão da tribo de Judá
tem conquistado a linhagem de David.
Tem misericórdia de nós, ó Senhor.
Em Vós confiamos [www.arcanjomiguel.net]
Ó Senhor, escutai minha oração
E que a minha súplica chegue até Vós
Oremos:
Ó Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, chamando vosso Santo Nome imploramos vossa clemência, para que pela intercessão de Maria, Sempre Virgem Imaculada e Mãe nossa, e do Glorioso São Miguel Arcanjo, nos ajudes na luta contra Satanás e todos os outros espíritos impuros que andam pelo mundo para ferir a raça humana e causar a ruína das almas. Amém
São Miguel Arcanjo, Príncipe da Milícia Celeste, subjuga o mal para sempre. Precipita no inferno o satanás e todos os espíritos malignos que andam pelo mundo a perder almas, porque Tu és vitorioso pelos séculos dos séculos. Amém.
Apresenta as nossas preces ao altíssimo, a fim de que, sem demora, nos previnam as Misericórdias do Senhor e tu tenhas o poder de agarrar o dragão, a antiga serpente que é o diabo e satanás, e precipitá-lo acorrentado nos abismos, de sorte que não possa mais seduzir as nações. Amém.
domingo, 18 de novembro de 2012
SAINT GERMAIN
MESTRE SAINT GERMAIN
Este maravilhoso Ser que conhecemos como SAINT GERMAIN realizou a Sua ascensão no ano de 1684. Muitas e muitas vezes Ele aceitou novas encarnações e esforçou-se muito em estimular nos homens de diversos povos, neste planeta, o desejo de Liberdade, pois que é a LIBERDADE o seu dom especial. Foi confiada a Ele, na qualidade de Mestre Ascensionado, a custódia do já iniciado ciclo de dois mil anos da Era da Liberdade. Assim como Jesus possuía a custódia do anterior ciclo de Dispensação Crística, o Mestre Ascensionado Saint Germain usufrui a preferência, o privilégio e a responsabilidade de TRAZER A LIBERDADE no presente ciclo, a toda criatura - seja homem, ser elemental ou anjo prisioneiro. Chegará um tempo em que não mais haverá velhice, doença, pobreza ou males de qualquer natureza; nem mais haverá a chamada morte.
Os ensinamentos editados pela "Ponte Para a Liberdade" contêm a orientação e indicação dos Mestres Ascensionados para melhor compreensão e aplicação do Fogo Sagrado, a fim de que todos possam obter a Liberdade do espírito, da emoção, do corpo físico e libertação das recordações. Estando os quatro corpos inferiores, definitivamente, purificados e harmonizados, e com isto em verdade "Libertados", o indivíduo estará, portanto, em condições de ser um Mestre Ascensionado ao final de sua encarnação; estará LIVRE PARA SEMPRE! Todas as Ascensionadas Legiões Celestiais ofereceram a Saint Germain seu auxílio para a solução desta gigantesca obra e Ele aceita qualquer cooperação de cada corrente de vida que está à procura de mais Luz e Liberdade.
Desde a época de Sua Ascensão, no ano de 1684, Saint Germain prepara-se para ser o Chohan do Sétimo Raio. No ano de 1786, recebeu o cargo da Bem-Amada Mestra Ascensionada Kuan Yin e, desde então, até o dia 1o de maio de 1954, Ele se dedica à preparação da imensa responsabilidade de Diretor Cósmico para o iniciado ciclo. Este abençoado Ascensionado Mestre pede, nesta Hora Cósmica, por preces, apelos, orações, dedicação e auxílio de todos os que O amem, Ele que sempre viveu para servir a Vida. Chegou agora o Grande e propício momento para trazer à Terra Seu presente de Liberdade.
2 - A COROAÇÃO DE SAINT GERMAIN
Em cada dois mil anos, a Terra entra em contato com um novo raio. A Roda Cósmica necessita, para uma completa rotação, de quatorze mil anos. Cada Chohan que é escolhido como representante do novo raio é COROADO como AUTORIDADE CÓSMICA, para continuar a evolução deste planeta e seus povos dentro este lapso de tempo.
O Sexto Raio, que estava sob a orientação do Mestre Jesus, terminou seu ciclo no dia 1o de janeiro de 1954. Depois de um tempo transitório (poucos meses), começou, oficialmente, a Irradiação Cósmica do Sétimo Raio. O período de 1930 até 1954 é visto como a atividade do caminho preparatório semelhante ao trabalho antecipado de "João Batista".
No dia 1o de maio de 1954, celebrou-se em Shamballa a cerimônia festiva da transmissão da coroa, cetro, espada e manto do Chohan retirante (Mestre Jesus) ao novo Chohan, Mestre Saint Germain.
O símbolo da autoridade, COROA, veio à Terra sobre a cabeça do Arcanjo Miguel, com os primeiros homens, que encarnaram sobre o planeta e, desde então, vem sendo usada sucessivamente pelos Chohans dos Sete Raios, por transferência a cada um deles, quando já decorridos 2.000 anos. Completara-se, portanto, 14.000 anos desde que o último Chohan do Sétimo Raio usou essa Coroa, transferida que fora de seu predecessor - o Chohan do Sexto Raio, que por sua vez, a recebera do quinto, prosseguindo desse modo a seqüência dos Chohans e seus Raios até o primeiro deles, no início do ciclo de 14.000 anos.
O próprio Bem-Amado Mestre Jesus colocou nas mãos de Saint Germain o cetro da autoridade, investindo-o de poder sobre a evolução de todos os anjos, homens e seres elementais na presente Era, ao ser iniciado o novo ciclo de dois mil anos. O Maha Chohan entregou-Lhe a espada simbólica que representa o poder do Espírito Santo. O primeiro gesto de Saint Germain: colocou a coroa sobre a cabeça de Sua Chama Gêmea, Deusa da Justiça e da Oportunidade, a Bem-Amada PÓRTIA.
Cada membro da hierarquia aproximou-se na correspondente ordem de categoria e todos, genuflexos, prestaram juramento perante o Novo Rei, Saint Germain, trazendo-Lhe as bênçãos de suas próprias emanações de vida. Anjos e seres elementais seguiram este exemplo, irradiando suas vibrações em direção ao reino humano e sobre todos os Seres que estavam cientes deste grande acontecimento cósmico.
3 - A ERA DA LIBERDADE
O Grande Mestre Ascensionado SAINT GERMAIN é o Ser que dirige os dois mil anos já iniciados da ERA DA LIBERDADE. Sua gigantesca missão é LIBERTAR todos os viventes, com também a Terra, e isto será realizado por meio do Fogo Violeta. Separadamente e em grupos, os homens apelam desejando dissolver toda criação inferior que obscurecer a luz dos homens.
Se apelais pela vossa Presença Divina "EU SOU" e ao Mestre Ascensionado Saint Germain para chamejar o Fogo Violeta através de vós, ele começará a afastar todas as criações negativas em vossos corpos do sentimento, do pensamento, etérico e físico; ireis constatar uma acentuada leveza e expansão em vossos sentimentos, uma notável clareza em vossos sentidos e mudança em vosso corpo. Alguns discípulos vêem esta chama violeta quando apelam por auxílio em seus círculos de vida; outros a sentem. Mesmo que vós não a vejais, ela está operando. Parece ser invisível, mas chegamos a ver as coisas mais importantes da vida? Não são visíveis aos nossos olhos a vida, a eletricidade, o amor, o ódio, a guerra (os efeitos de guerra: ódio, vingança, tristezas, dor etc.) e a paz.; no entanto, são bem reais; podemos, em qualquer caso, ver os seus efeitos. O uso diário da vivente Chama Violeta pode afastar muita coisa que está acontecendo em vosso mundo. Mas, talvez deva ser esclarecido que, quando empregais sinceramente o Fogo Violeta e "acontecem" pequenos efeitos - isto não quer dizer que a Chama não faça a obra completa; significa que vossas CRIAÇÕES HUMANAS vêm à luz antes que as tenhais dissolvido.
Sobre isto, alguém, em certa ocasião, disse: Assemelha-se a uma escada "rolante" trazendo ao mundo atual a ação das forças do passado. Vosso trabalho é usar, suficientemente, a Chama Violeta para que tais FORÇAS PERMANEÇAM INERTES OU SEJAM DISSOLVIDAS ANTES QUE POSSAM AGIR. Quando a Chama age, é com se explodisse uma porção de vossas criações humanas e então ficásseis livres de determinas qualidades inferiores.
Procurai agir sempre com crescente entusiasmo, para dissolver-se rapidamente, tão depressa quanto possível, o que se apresenta na superfície de vossa vida diária.
4 - ALGUMAS ENCARNAÇÕES DO MESTRE SAINT GERMAIN
- Rei da Cidade de Ouro, capital de uma antiga civilização, que floresceu há mais de 50.000 anos, onde hoje encontra-se o Saara.
- Sumo Sacerdote do Templo da Chama Violeta em Atlântida.
- Profeta Samuel. Preparou e ungiu David como rei de Israel.
- José, escolhido do Espírito Santo como pai de Jesus.
- Mago Merlin, amigo e conselheiro do rei Artur que criou a Ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda que tinha como grande objetivo a procura do Santo Graal.
- Roger Bacon, alquimista do século XIII, considerado precursor da ciência moderna.
- Cristóvão Colombo, grande navegador que, superando a ignorância e o medo infundado dos europeus, descobriu a América, a Terra da Liberdade.
- Francis Bacon, filósofo inglês do século XVII. Um dos fundadores da Franco-Maçonaria. Possivelmente, também autor das peças literárias de Shakespeare.
- Tendo alcançado sua Ascensão em 1º de maio de 1684, Saint Germain obteve a permissão do Conselho Cármico de retornar ao mundo num corpo físico, assombrando a Europa nos séculos XVIII e XIX, como o Conde de Saint Germain.
5 - FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
"Haja Luz" - Ponte para a Liberdade
"Os Mistérios Desvelados" - Ponte para a Liberdade
"O Livro de Ouro de Saint Germain" - Ponte para a Liberdade
"Os Senhores dos Sete Raios" - The Summit Lighthouse
ARMADILHAS ESPIRITUAIS
ARMADILHAS E CILADAS NO CAMINHO DA ASCENSÃO
Por Dr. Joshua David Stone
“Nas minhas viagens pela vida como ser espiritual, psicólogo espiritualista e discípulo do caminho, tomei consciência de muitas das armadilhas e ciladas que se encontram no caminho espiritual. Considero-me até especialista no assunto, pois tive a experiência de cair na maioria delas.
Recomendo, convicto, a meditação sobre a lista que apresento a seguir. Embora breve em palavras, é profunda em intuições. O meu propósito ao partilhar estas situações é poupar, ao maior número de pessoas possível, sofrimento desnecessário, carma negativo e os atrasos no caminho da ascensão, provocados pelo desconhecimento e pela ignorância.
O caminho espiritual é bastante fácil num plano e incrivelmente complicado em outro. O ego negativo e as forças das trevas espalham sedução e apegos, imensos complexos e ardilosos desafios em cada passo do Caminho.
Cometer erros e cair nessas armadilhas é normal. A minha preocupação é evitar que as pessoas que buscam o seu Caminho, fiquem enredadas nas ciladas por longos períodos, ou mesmo vidas inteiras.”
Eis, então, as armadilhas e as ciladas mais comuns:
1. Abrir mão do seu poder pessoal, concedendo-o a outras pessoas, à mente subconsciente, ao ego negativo, aos cinco sentidos, ao corpo físico, ao corpo emocional, ao corpo mental, à criança interior, a um guru, aos mestres ascensionados, a Deus, a tudo o que for externo.
2. Amar os outros, mas não a si mesmo.
3. Não reconhecer o ego negativo como fonte de todos os problemas.
4. Concentrar-se em Deus, mas deixar de integrar e educar de modo correto, a sua criança interior.
5. Comer incorretamente e não fazer exercícios físicos suficientes, o que resulta em doença física e limitação nos outros níveis.
6. Mergulhar profundamente na vida espiritual mas não reconhecer o plano psicológico, que precisa ser compreendido e dominado.
7. Desejos, desejos e mais desejos materiais.
8. Exercer poder sobre os outros depois de alcançar o sucesso.
9. Desligar-se demais das coisas da Terra, o que prejudica o corpo físico.
10. Tentar escapar da Terra, em vez de criar o Céu na Terra.
11. Ver apenas as aparências, em vez de observar a verdadeira realidade que está por detrás de todas as aparências.
12. Tentar tornar-se Deus, em vez de perceber que você já é o Eu Eterno, como todas as outras pessoas o são.
13. Não perceber que você é a causa de tudo.
14. Servir os outros totalmente, antes de se tornar auto-realizado dentro de si mesmo.
15. Pensar que existe algo que se possa chamar de raiva justificada. A raiva é uma armadilha perigosa.
16. Tornar-se um extremista, e não ser moderado em todas as coisas.
17. Pensar que precisa ser asceta para tornar-se um ser espiritual.
18. Tornar-se sisudo demais, deixando de ter alegria, felicidade e diversão suficientes na vida. Não há ascensão sem alegria.
19. Ser indisciplinado e deixar de perseverar incessantemente nas suas práticas espirituais.
20. Abandonar as práticas e estudos espirituais quando se envolve num relacionamento.
21. Dar prioridade a um relacionamento, em detrimento do si e do seu processo interno. Essa é outra armadilha traiçoeira.
22. Deixar que a criança interior governe a sua vida.
23. Ser crítico demais e duro demais para consigo mesmo.
24. Deixar-se enredar pelo glamour e ilusão dos poderes psíquicos.
25. Tomar posse do seu poder pessoal, mas não aprender ao mesmo tempo a submeter-se ao seu Cristo interno.
26. Abrir mão do seu poder pessoal quando estiver fisicamente cansado.
27. Esperar que Deus e os mestres ascensionados resolvam todos os seus problemas.
28. Viver no piloto automático e relaxar a vigilância.
29. Entregar o seu poder a entidades que se possam comunicar consigo.
30. Ler demais e não meditar o bastante.
31. Deixar que a sexualidade o domine, em vez de dominá-la.
32. Identificar-se excessivamente com seu corpo mental ou emocional, sem atingir o equilíbrio.
33. Pensar que precisa ser um canal para outras vozes, ver ou experimentar toda a espécie de fenômenos mediúnicos a fim de se tornar espiritualizado ou ascender.
34. Forçar a elevação da sua kundalini.
35. Forçar a abertura dos seus chacras.
36. Pensar que o seu caminho espiritual é melhor que o dos outros.
37. Julgar as pessoas em função do nível de iniciação que alcançaram.
38. Partilhar o seu nível "avançado" de iniciação com outras pessoas.
39. Contar aos outros o seu "bom trabalho espiritual", em vez de simplesmente centrar-se na sua humildade. “Não saiba a tua mão esquerda o que fez a tua mão direita”.
40. Pensar que as emoções negativas são algo imprescindível.
41. Isolar-se dos outros e achar que isso é ser espiritualista.
42. Considerar a Terra um lugar terrível.
43. Entregar o seu poder à astrologia ou à influência dos astros, como fatores externos e incontornáveis.
44. Apegar-se demais às coisas e às pessoas.
45. Viver desapegado demais com relação à vida; não se esforçar rumo ao desapego envolvido.
46. Viver preocupado demais com o eu; e não se dedicar o suficiente a servir os outros.
47. Enredar-se nas numerosas teorias equivocadas da psicologia tradicional, pois cada uma delas não passa de uma fina fatia da torta inteira.
48. Ser místico demais ou ocultista demais, e não se esforçar para integrar os dois lados.
49. Desistir no meio das grandes adversidades. Essa é uma das piores armadilhas. Nunca desista! Nunca, jamais deve desistir!
50. Achar que o sofrimento que o incomoda - seja em que nível for - não irá passar.
51. Concentrar-se demais no nível de iniciação que alcançou, ou aguardar com ansiedade exagerada o momento da ascensão, em vez de se preocupar com o trabalho que precisa ser feito.
52. Deixar-se enredar pelos poderes espirituais em vez de reconhecer que o amor é, de entre todos, o maior poder espiritual.
53. Denegrir outros grupos espiritualistas ou metafísicos, em vez de buscar o trabalho conjunto e a unificação, mesmo que esses grupos não estejam inteiramente sintonizados com todas as suas crenças.
54. Deixar-se enredar no dogma da religião tradicional, ou quaisquer outros dogmas.
55. Pensar que precisa de um sacerdote, que aja como intermediário entre si e Deus.
56. Usar as suas crenças espirituais para gerar divisão, elitismo ou uma condição especial indevida.
57. Tornar-se fanático demais pelas suas próprias crenças.
58. Achar que pode alcançar a iluminação por meio de drogas ou algum tipo de pílula mágica. Essa é uma das piores formas de ilusão!
59. Achar que outras pessoas não precisam trabalhar no seu caminho espiritual.
60. Sobrevalorizar o relacionamento com os filhos em detrimento das relações consigo mesmo e com o seu Cristo interno.
61. Enredar-se em todas as atrações deste mundo material, realmente fascinante.
62. Envolver-se demais no amor a uma só Pessoa, em vez de expandir seu amor para englobar muitas pessoas, e todos os outros, de forma incondicional.
63. Enredar-se na dualidade, em vez de buscar equilíbrio mental, paz interior e equidade em todos os momentos; se você não transcender a dualidade, continuará a sentir-se vítima da sua própria montanha-russa emocional, sacudindo-se de um lado para o outro entre os altos e baixos da vida. A alma e o espírito pensam com uma
consciência transcendente, que não tem ligação com essa lufa-lufa quotidiana.
64. Ser pai ou filho, mãe ou filha no relacionamento a dois, em vez de assumir a condição de adulto.
65. Pensar que precisa sofrer na vida. Isto é tremendamente falso!
66. Ser ou querer ser um mártir do caminho espiritual.
67. Precisar de controlar os outros.
68. Ter ambição espiritual.
69. Precisar de simpatia, amor ou aprovação.
70. Ter necessidade de ser um Mestre.
71. Ser hipersensível ou, no outro lado da moeda, duro demais.
72. Assumir responsabilidades no lugar dos outros.
73. Ser ou querer ser um salvador.
74. Servir por motivos egoístas e pensar que está a acumular mérito espiritual.
75. Pensar que é espiritualmente mais avançado do que realmente é; por outro lado, pensar que é menos avançado do que realmente é.
76. Ser famoso e cultivar a dependência da fama.
77. Dar importância indevida à busca da paixão ou da alma gêmea, e não perceber que a sua própria Alma - e a Mônada - são aquelas que, na verdade, o podem complementar e saciar interiormente.
78. Pensar que precisa de um relacionamento romântico para ser feliz.
79. Precisar ver-se no centro do palco; ou, no outro lado da moeda, preferir sempre esconder-se pelos cantos.
80. Trabalhar e esforçar-se demais, exaurindo-se fisicamente, ou, no outro lado da moeda, distrair-se demais e não se ocupar dos assuntos do Pai.
81. Buscar orientação em médiuns e não confiar na própria intuição.
82. Entregar-se, neste plano ou no plano interior, a mestres que não sejam ascensionados e que, logicamente, também têm uma compreensão e concepção limitadas da realidade.
83. Fazer do caminho espiritual um hobby, e não o "fogo devorador".
84. Perder tempo demais em frente da TV, na Internet, com jogos de vídeo, ou lendo romances fúteis, e assistindo a filmes violentos.
85. Gastar quantidades imensas de tempo e energia por falta de organização e administração adequada do tempo.
86. Pensar que discutir com os outros é algo que lhe sirva a si, ou sirva a outras pessoas.
87. Tentar vencer ou estar certo, em vez de se esforçar por amar e compreender.
88. Enfatizar demais a intuição, o intelecto, o sentimento e o instinto, em vez de perceber que tudo isso precisa ser equilibrado e integrado, cada qual na sua devida proporção; a cilada, aqui, é identificar-se excessivamente com um deles.
89. Devotar-se a um guru que o diminui e o divide, em vez de se dedicar ao Eu espiritual que é você mesmo, e cultivar o seu próprio Cristo interno.
90. Tentar permanecer aberto todo o tempo, em vez de saber como abrir e fechar o seu campo energético, de acordo com as necessidades.
91. Não saber dizer não aos outros, à criança interior ou ao ego negativo.
92. Pensar que a violência ou qualquer tipo de agressão contra os outros lhe vai trazer aquilo que você deseja, ou que sirva a Deus de algum modo.
93. Culpar Deus ou irritar-se com Ele ou contra os mestres ascensionados por causa dos próprios problemas.
94. Quando suas orações não forem atendidas, pensar que Deus e os mestres ascensionados não estão respondendo às suas preces.
95. Comparar-se com outras pessoas, em vez de perceber que somos únicos, e que as potencialidades, as circunstâncias e as vivências do outro não são as suas.
96. Pensar que ser pobre é ser espiritualizado. Pensar que é preciso ser rico para ser feliz e espiritualizado.
97. Comparar-se e competir com os outros por causa dos níveis de iniciação e ascensão.
98. Assumir o papel de vítima diante de outras pessoas ou do seu próprio corpo físico, emocional ou mental, desejos, cinco sentidos, ego negativo, eu inferior.
99. Estudar demais e não manifestar os seus conhecimentos no mundo real.
100. Pensar que o seu mau humor é a verdadeira realidade de Deus.
101. Pensar que o valor reside em fazer e alcançar coisas.
102. Pensar que você não precisa de se proteger espiritual, psicológica e fisicamente.
103. Pensar que glamour, ilusão, ego negativo, medo e separação, são a verdadeira realidade.
104. Usar açúcar, café e refrigerantes e outros estimulantes artificiais para obter energia física.
105. Tentar fazer tudo sozinho e não pedir a ajuda a Deus; ou, no outro lado da moeda, pedir a ajuda de Deus e não se ajudar a si mesmo.
106. Deixar de amar as pessoas porque elas o estão a tratar mal ou dando um exemplo negativo de egoísmo; não distinguir a pessoa de seu comportamento.
107. Perder a fé na realidade viva da Alma, da Mônada, de Deus e dos Mestres Ascensionados, e na capacidade que eles têm de ajudá-lo.
108. Pensar que apenas as outras pessoas podem atingir a ascensão, ou ser Luz no mundo, ou pelo menos não nesta vida.
109. Tentar atingir a ascensão para fugir dos problemas quotidianos.
110. Pensar que a Terra é uma prisão, e não reconhecê-la como um Paraíso em evolução.
“Tudo o que existe no universo divino é governado por leis - físicas, emocionais, mentais e espirituais. Aprendendo a compreender essas leis e tornando-se obediente a elas você trilhará o caminho da ascensão.”
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Por Dr. Joshua David Stone
“Nas minhas viagens pela vida como ser espiritual, psicólogo espiritualista e discípulo do caminho, tomei consciência de muitas das armadilhas e ciladas que se encontram no caminho espiritual. Considero-me até especialista no assunto, pois tive a experiência de cair na maioria delas.
Recomendo, convicto, a meditação sobre a lista que apresento a seguir. Embora breve em palavras, é profunda em intuições. O meu propósito ao partilhar estas situações é poupar, ao maior número de pessoas possível, sofrimento desnecessário, carma negativo e os atrasos no caminho da ascensão, provocados pelo desconhecimento e pela ignorância.
O caminho espiritual é bastante fácil num plano e incrivelmente complicado em outro. O ego negativo e as forças das trevas espalham sedução e apegos, imensos complexos e ardilosos desafios em cada passo do Caminho.
Cometer erros e cair nessas armadilhas é normal. A minha preocupação é evitar que as pessoas que buscam o seu Caminho, fiquem enredadas nas ciladas por longos períodos, ou mesmo vidas inteiras.”
Eis, então, as armadilhas e as ciladas mais comuns:
1. Abrir mão do seu poder pessoal, concedendo-o a outras pessoas, à mente subconsciente, ao ego negativo, aos cinco sentidos, ao corpo físico, ao corpo emocional, ao corpo mental, à criança interior, a um guru, aos mestres ascensionados, a Deus, a tudo o que for externo.
2. Amar os outros, mas não a si mesmo.
3. Não reconhecer o ego negativo como fonte de todos os problemas.
4. Concentrar-se em Deus, mas deixar de integrar e educar de modo correto, a sua criança interior.
5. Comer incorretamente e não fazer exercícios físicos suficientes, o que resulta em doença física e limitação nos outros níveis.
6. Mergulhar profundamente na vida espiritual mas não reconhecer o plano psicológico, que precisa ser compreendido e dominado.
7. Desejos, desejos e mais desejos materiais.
8. Exercer poder sobre os outros depois de alcançar o sucesso.
9. Desligar-se demais das coisas da Terra, o que prejudica o corpo físico.
10. Tentar escapar da Terra, em vez de criar o Céu na Terra.
11. Ver apenas as aparências, em vez de observar a verdadeira realidade que está por detrás de todas as aparências.
12. Tentar tornar-se Deus, em vez de perceber que você já é o Eu Eterno, como todas as outras pessoas o são.
13. Não perceber que você é a causa de tudo.
14. Servir os outros totalmente, antes de se tornar auto-realizado dentro de si mesmo.
15. Pensar que existe algo que se possa chamar de raiva justificada. A raiva é uma armadilha perigosa.
16. Tornar-se um extremista, e não ser moderado em todas as coisas.
17. Pensar que precisa ser asceta para tornar-se um ser espiritual.
18. Tornar-se sisudo demais, deixando de ter alegria, felicidade e diversão suficientes na vida. Não há ascensão sem alegria.
19. Ser indisciplinado e deixar de perseverar incessantemente nas suas práticas espirituais.
20. Abandonar as práticas e estudos espirituais quando se envolve num relacionamento.
21. Dar prioridade a um relacionamento, em detrimento do si e do seu processo interno. Essa é outra armadilha traiçoeira.
22. Deixar que a criança interior governe a sua vida.
23. Ser crítico demais e duro demais para consigo mesmo.
24. Deixar-se enredar pelo glamour e ilusão dos poderes psíquicos.
25. Tomar posse do seu poder pessoal, mas não aprender ao mesmo tempo a submeter-se ao seu Cristo interno.
26. Abrir mão do seu poder pessoal quando estiver fisicamente cansado.
27. Esperar que Deus e os mestres ascensionados resolvam todos os seus problemas.
28. Viver no piloto automático e relaxar a vigilância.
29. Entregar o seu poder a entidades que se possam comunicar consigo.
30. Ler demais e não meditar o bastante.
31. Deixar que a sexualidade o domine, em vez de dominá-la.
32. Identificar-se excessivamente com seu corpo mental ou emocional, sem atingir o equilíbrio.
33. Pensar que precisa ser um canal para outras vozes, ver ou experimentar toda a espécie de fenômenos mediúnicos a fim de se tornar espiritualizado ou ascender.
34. Forçar a elevação da sua kundalini.
35. Forçar a abertura dos seus chacras.
36. Pensar que o seu caminho espiritual é melhor que o dos outros.
37. Julgar as pessoas em função do nível de iniciação que alcançaram.
38. Partilhar o seu nível "avançado" de iniciação com outras pessoas.
39. Contar aos outros o seu "bom trabalho espiritual", em vez de simplesmente centrar-se na sua humildade. “Não saiba a tua mão esquerda o que fez a tua mão direita”.
40. Pensar que as emoções negativas são algo imprescindível.
41. Isolar-se dos outros e achar que isso é ser espiritualista.
42. Considerar a Terra um lugar terrível.
43. Entregar o seu poder à astrologia ou à influência dos astros, como fatores externos e incontornáveis.
44. Apegar-se demais às coisas e às pessoas.
45. Viver desapegado demais com relação à vida; não se esforçar rumo ao desapego envolvido.
46. Viver preocupado demais com o eu; e não se dedicar o suficiente a servir os outros.
47. Enredar-se nas numerosas teorias equivocadas da psicologia tradicional, pois cada uma delas não passa de uma fina fatia da torta inteira.
48. Ser místico demais ou ocultista demais, e não se esforçar para integrar os dois lados.
49. Desistir no meio das grandes adversidades. Essa é uma das piores armadilhas. Nunca desista! Nunca, jamais deve desistir!
50. Achar que o sofrimento que o incomoda - seja em que nível for - não irá passar.
51. Concentrar-se demais no nível de iniciação que alcançou, ou aguardar com ansiedade exagerada o momento da ascensão, em vez de se preocupar com o trabalho que precisa ser feito.
52. Deixar-se enredar pelos poderes espirituais em vez de reconhecer que o amor é, de entre todos, o maior poder espiritual.
53. Denegrir outros grupos espiritualistas ou metafísicos, em vez de buscar o trabalho conjunto e a unificação, mesmo que esses grupos não estejam inteiramente sintonizados com todas as suas crenças.
54. Deixar-se enredar no dogma da religião tradicional, ou quaisquer outros dogmas.
55. Pensar que precisa de um sacerdote, que aja como intermediário entre si e Deus.
56. Usar as suas crenças espirituais para gerar divisão, elitismo ou uma condição especial indevida.
57. Tornar-se fanático demais pelas suas próprias crenças.
58. Achar que pode alcançar a iluminação por meio de drogas ou algum tipo de pílula mágica. Essa é uma das piores formas de ilusão!
59. Achar que outras pessoas não precisam trabalhar no seu caminho espiritual.
60. Sobrevalorizar o relacionamento com os filhos em detrimento das relações consigo mesmo e com o seu Cristo interno.
61. Enredar-se em todas as atrações deste mundo material, realmente fascinante.
62. Envolver-se demais no amor a uma só Pessoa, em vez de expandir seu amor para englobar muitas pessoas, e todos os outros, de forma incondicional.
63. Enredar-se na dualidade, em vez de buscar equilíbrio mental, paz interior e equidade em todos os momentos; se você não transcender a dualidade, continuará a sentir-se vítima da sua própria montanha-russa emocional, sacudindo-se de um lado para o outro entre os altos e baixos da vida. A alma e o espírito pensam com uma
consciência transcendente, que não tem ligação com essa lufa-lufa quotidiana.
64. Ser pai ou filho, mãe ou filha no relacionamento a dois, em vez de assumir a condição de adulto.
65. Pensar que precisa sofrer na vida. Isto é tremendamente falso!
66. Ser ou querer ser um mártir do caminho espiritual.
67. Precisar de controlar os outros.
68. Ter ambição espiritual.
69. Precisar de simpatia, amor ou aprovação.
70. Ter necessidade de ser um Mestre.
71. Ser hipersensível ou, no outro lado da moeda, duro demais.
72. Assumir responsabilidades no lugar dos outros.
73. Ser ou querer ser um salvador.
74. Servir por motivos egoístas e pensar que está a acumular mérito espiritual.
75. Pensar que é espiritualmente mais avançado do que realmente é; por outro lado, pensar que é menos avançado do que realmente é.
76. Ser famoso e cultivar a dependência da fama.
77. Dar importância indevida à busca da paixão ou da alma gêmea, e não perceber que a sua própria Alma - e a Mônada - são aquelas que, na verdade, o podem complementar e saciar interiormente.
78. Pensar que precisa de um relacionamento romântico para ser feliz.
79. Precisar ver-se no centro do palco; ou, no outro lado da moeda, preferir sempre esconder-se pelos cantos.
80. Trabalhar e esforçar-se demais, exaurindo-se fisicamente, ou, no outro lado da moeda, distrair-se demais e não se ocupar dos assuntos do Pai.
81. Buscar orientação em médiuns e não confiar na própria intuição.
82. Entregar-se, neste plano ou no plano interior, a mestres que não sejam ascensionados e que, logicamente, também têm uma compreensão e concepção limitadas da realidade.
83. Fazer do caminho espiritual um hobby, e não o "fogo devorador".
84. Perder tempo demais em frente da TV, na Internet, com jogos de vídeo, ou lendo romances fúteis, e assistindo a filmes violentos.
85. Gastar quantidades imensas de tempo e energia por falta de organização e administração adequada do tempo.
86. Pensar que discutir com os outros é algo que lhe sirva a si, ou sirva a outras pessoas.
87. Tentar vencer ou estar certo, em vez de se esforçar por amar e compreender.
88. Enfatizar demais a intuição, o intelecto, o sentimento e o instinto, em vez de perceber que tudo isso precisa ser equilibrado e integrado, cada qual na sua devida proporção; a cilada, aqui, é identificar-se excessivamente com um deles.
89. Devotar-se a um guru que o diminui e o divide, em vez de se dedicar ao Eu espiritual que é você mesmo, e cultivar o seu próprio Cristo interno.
90. Tentar permanecer aberto todo o tempo, em vez de saber como abrir e fechar o seu campo energético, de acordo com as necessidades.
91. Não saber dizer não aos outros, à criança interior ou ao ego negativo.
92. Pensar que a violência ou qualquer tipo de agressão contra os outros lhe vai trazer aquilo que você deseja, ou que sirva a Deus de algum modo.
93. Culpar Deus ou irritar-se com Ele ou contra os mestres ascensionados por causa dos próprios problemas.
94. Quando suas orações não forem atendidas, pensar que Deus e os mestres ascensionados não estão respondendo às suas preces.
95. Comparar-se com outras pessoas, em vez de perceber que somos únicos, e que as potencialidades, as circunstâncias e as vivências do outro não são as suas.
96. Pensar que ser pobre é ser espiritualizado. Pensar que é preciso ser rico para ser feliz e espiritualizado.
97. Comparar-se e competir com os outros por causa dos níveis de iniciação e ascensão.
98. Assumir o papel de vítima diante de outras pessoas ou do seu próprio corpo físico, emocional ou mental, desejos, cinco sentidos, ego negativo, eu inferior.
99. Estudar demais e não manifestar os seus conhecimentos no mundo real.
100. Pensar que o seu mau humor é a verdadeira realidade de Deus.
101. Pensar que o valor reside em fazer e alcançar coisas.
102. Pensar que você não precisa de se proteger espiritual, psicológica e fisicamente.
103. Pensar que glamour, ilusão, ego negativo, medo e separação, são a verdadeira realidade.
104. Usar açúcar, café e refrigerantes e outros estimulantes artificiais para obter energia física.
105. Tentar fazer tudo sozinho e não pedir a ajuda a Deus; ou, no outro lado da moeda, pedir a ajuda de Deus e não se ajudar a si mesmo.
106. Deixar de amar as pessoas porque elas o estão a tratar mal ou dando um exemplo negativo de egoísmo; não distinguir a pessoa de seu comportamento.
107. Perder a fé na realidade viva da Alma, da Mônada, de Deus e dos Mestres Ascensionados, e na capacidade que eles têm de ajudá-lo.
108. Pensar que apenas as outras pessoas podem atingir a ascensão, ou ser Luz no mundo, ou pelo menos não nesta vida.
109. Tentar atingir a ascensão para fugir dos problemas quotidianos.
110. Pensar que a Terra é uma prisão, e não reconhecê-la como um Paraíso em evolução.
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O NASCIMENTO DA UMBANDA
O surgimento da Umbanda ainda mobiliza diversas discussões que envolvem a questão das origens, um campo muito fértil para reflexões sobre um fenômeno que representa a legitimação de movimento religioso. É a busca de um início para compor a história de um movimento que tenta estabelecer um espaço na sociedade, e necessita de uma espécie de “memória” para se materializar – um “movimento histórico fundador” segundo Rohde (2009). Este movimento fundador precisa representar, perante a sociedade, uma relevância funcional, constituir-se em um bem social de mérito como produto de transformações ocorridas no contexto social e cultural. Falar de nascimento remete à abordagem de um evento que necessita de um tempo e espaço bem delimitados; precisa-se mostrar o espaço físico, o espaço geográfico, o espaço identitário, o tempo cronológico e o tempo mítico para o movimento religioso. Para a Umbanda, tanto estudiosos quanto adeptos sempre procuraram descrever estas variáveis. Pudemos observar que a história das origens, psicografada por Robson Pinheiro em seus romances, adere a uma das linhas de interpretação acadêmica. Precisamente, adere a uma linha que preenche os requisitos acima referidos pois, para dar concretude a uma
RECIIS – R. Eletr. de Com. Inf. Inov. Saúde. Rio de Janeiro, v.4, n.3, p.51-62, Set., 2010
memória, deve-se encontrar o movimento histórico fundador. A visão processual que evita apontar origem precisa e datada não preencheria as necessidades da construção da marca identitária.
Como podemos perceber nas colocações abaixo citadas, os romances espíritas analisados trazem várias afirmações sobre o processo histórico de fundação da Umbanda, corroborando o chamado “mito de origem” (ROHDE, 2009) relatado em estudos de pesquisadores dessa religião afro-brasileira. O autor acolhe e celebra Zélio de Morais como “pai fundador”, Niterói como o lugar de nascimento e 1908 como a fase da “pré-história” da verdadeira Umbanda, na qual o mentor por excelência é o Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Um dia, quando Zélio estava no meio de um de seus ”ataques”, a família já completamente apavorada resolve procurar o centro espírita, como último recurso. Era a Federação Kardecista de Niterói. Ali chegaram com o rapaz no dia 15 de novembro de 1908, e quem os recebeu foi exatamente o presidente, o Sr. José de Souza. (PINHEIRO, 2004)
- [...] sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não existem caminhos fechados. Venho trazer a umbanda, uma religião que harmonizará as famílias, unirá os corações, falará aos simples e que há de perdurar até o final dos séculos. [...] A nova religião virá, e não tardará o tempo em que ela falará aos corações mais simples e numa linguagem despida de preconceito. Entre o povo do morro, das favelas, das ruas e dos guetos, será entoada uma cantiga nova. O povo receberá de seus ancestrais o ensinamento espiritual em forma de parábolas simples, diretamente da boca de pais-velhos e caboclos. (PINHEIRO, 2004)
E nascia assim o comprometimento de Zélio de Moraes com a aumbandhã ou, simplesmente umbanda. Uma religião tipicamente brasileira, considerando-se o tipo psicológico com o qual se apresentam as entidades veneráveis que fizeram da umbanda uma fonte de luz e sabedoria para as pessoas que se sintonizam com suas verdades. (PINHEIRO, 2004)
A necessidade de uma demarcação histórica do nascimento de uma nova religião vem acompanhada da reposição de explicabilidade do Espiritismo Kardecista. A relevância da nova religião acompanha os ensinamentos do processo de ação e reação, e se constitui como uma maneira para resgatar ou regenerar pessoas que, durante os processos reencarnatórios anteriores, se deixaram levar pelos excessos no campo do materialismo e dos comportamentos pouco apreciados pela moralidade, especialmente no que se refere à produção da chamada “magia negra”.
A magia negra deveria ser combatida e seus efeitos destrutivos haveriam de ser desmanchados de maneira a transformar os próprios centros de atividades dos cultos degradantes em lugares que irradiassem o amor e a caridade, única forma de se modificar o panorama sombrio. Havia necessidade de que espíritos esclarecidos se manifestassem para realizar tal cometimento. E assim, foram se apresentando uma a uma, aquelas entidades iluminadas que haveriam de modificar suas formas perispirituais, assumindo a conformação de pretos velhos e caboclos e levariam a mensagem de caridade através da Umbanda cujo objetivo inicial seria o de desfazer a carga negativa que se abatia sobre os corações dos homens no Brasil. A Umbanda seria o elo de ligação com o Alto; penetraria aos poucos nos redutos de magia negra ou nos terreiros de Candomblé, os quais ainda se mantinham enganados quanto às leis de amor e caridade e iria transformando com as palavras de um preto velho ou as advertências do caboclo, os sentimentos das pessoas. (PINHEIRO, 1998)
Segundo esses textos, no esforço para se criar a nova religião, estabeleceram-se rituais que lhe permitiriam inserir-se entre os segmentos sociais menos abastados e menos escolarizados, exatamente aqueles que já aderiam a rituais e crenças em Orixás e em outras energias da natureza; a nova religião procuraria assim obter respaldo e aceitabilidade nestes grupos, adotando os mesmos elementos de culto. A explicação parece cristalina dentro da lógica expressa: o objetivo da formação da Umbanda explicado nestes romances espíritas seria, então, o de combater os desequilíbrios de alguns terreiros de Candomblé; foi visando esta meta que a Umbanda montou sua estrutura com rituais e mitos nos quais se observa também a crença nos Orixás. Ficam no ar algumas perguntas: a Umbanda adota os rituais e existência dos Orixás como forma de se aproximar dos adeptos das atividades de magia negra? Porque a Umbanda teria adotado os rituais de Orixás e não outras formas cristãs de manifestação de crença, já que assume um extenso sincretismo religioso? Será que esta explicação do objetivo de fundação, expressa nos romances espíritas, pode auxiliar também na interpretação do complexo sistema de elementos rituais de seus cultos, reunindo sincreticamente elementos cristãos, da macumba, do kardecismo e outros rituais?
Claro está que as respostas não podem ser buscadas apenas no conjunto de textos escritos por adeptos, sejam eles romances ou não. É inegável, porém, que a lógica do Espiritismo Kardecista, tal como entendida pelos autores, será sempre um poderoso mecanismo de explicação da realidade religiosa e social e, pelo menos até agora, não parece ter esgotado sua capacidade de dar respostas. Realmente poderíamos lembrar que o panteão umbandista organizado em linhas e falanges, nelas reserva um lugar de chefia a Almas, Santos e Orixás. Poderíamos acrescentar aqui uma outra questão de caráter socioantropológico: não seriam os espíritas, que crêem nos seus Guias ou Mentores e também nos Orixás, de fato crentes entre os quais alguns se colocaram a difícil tarefa da “codificação da Umbanda”, sem perder de vista o desejo de conciliação? Os processos de sincretismos ou de sínteses, como alguns preferem chamar, criam tantos problemas quanto resolvem. A figura dos exus é um exemplo bastante claro da dificuldade de conciliar imagens contraditórias colhidas em diferentes repertórios. Vamos nos ater à nossa proposta de leitura e análise de textos espíritas sobre a Umbanda: veremos que estes textos reservam também um espaço para discussão de sincretismo.
Nas análises que fizemos identificamos que a concepção de Umbanda nos romances se refere à chamada “Umbanda branca”. Várias das colocações dos textos confirmam esta identificação e mostram também que esta é a “Umbanda Verdadeira”. Nestes romances outras práticas ritualísticas que envolvem os Orixás, tais como as atividades do Candomblé ou as da Quimbanda, são conceituadas como desvios da Umbanda e tratadas como atividades de menor cunho evolutivo. Tanto no romance “Tambores de Angola” como em “Aruanda”, percebe-se a distinção dos diferentes umbandistas.
[...] que a Umbanda é uma religião que guarda muitos elementos ritualísticos, próprios do seu culto, utilizando-se os seus médiuns de roupas brancas como uniformes, de colares, em alguns casos, banhos de ervas, defumadores e todo um instrumental para canalizar as energias psíquicas no trabalho que realizam. (PINHEIRO, 1998)
Muitos pais-de-santo, médiuns e dirigentes de terreiro têm intentado manter o povo na ignorância, utilizando mal certos conhecimentos iniciáticos e alimentando histórias mentirosas sobre guias e orixás. (PINHEIRO, 2004)
O uso de muitas formas de trabalhos nos terreiros e barracões, que diferem inclusive no número de Orixás e tipos de Orixás chamados para atuar em cada caso, é abordado nos romances mediúnicos como desvios dos ensinamentos sagrados da Umbanda. Para fazer frente aos desvios, os romances incluem numerosas recomendações de retomada dos princípios estabelecidos na história da fundação – “mito de origem” – ou a o afastamento de tipos de atividades desenvolvidas em certos terreiros.
Os problemas que às vezes encontramos não se referem a Umbanda propriamente como religião, mas à desinformação das pessoas, ao misticismo e à falta de preparo de muitos dirigentes, o que aliás, encontramos igualmente nas casas que seguem a orientação Kardecista. (PINHEIRO, 1998)
– Este não é um templo umbandista. Os dirigentes desta tenda, não possuindo maiores esclarecimentos sobre as leis da umbanda, adotaram o nome sagrado e se autodenominam umbandistas. [...] Também se pode notar que neste terreiro os médiuns cultuam os orixás à semelhança do candomblé. Na umbanda, é diferente. Reconhecem-se apenas sete orixás, e os respeitamos como vibrações das forças da natureza. (PINHEIRO, 2004)
Urge resgatar nas tendas umbandistas os ensinamentos sagrados do Caboclo das Sete Encruzilhadas, dados no início do movimento, restaurando assim o sentido verdadeiro da caridade despretensiosa, que não compactua com a cobrança nos trabalhos umbandistas. Também é preciso estimular o conhecimento, através do estudo de livros dos mestres da umbanda, sérios e de elevado padrão, como aqueles que contêm os ensinamentos trazidos pelo venerável Matta e Silva e seus iniciados. (PINHEIRO, 2004)
Nessa perspectiva, a Umbanda vem cumprir um papel. O papel de resgate daqueles que devem ser ajudados e, por assim dizer, depurados para garantir a sua evolução espiritual – “A única maneira de transformar as atividades dos cultos degradantes, de modificar o panorama sombrio” seria, então, por intermédio de espíritos esclarecidos, entidades iluminadas, que graças ao seu desprendimento caridoso e seu amor ilimitado, embora racional e realista, se dispõe a modificar suas formas perispirituais assumindo as de pretos velhos e caboclos. É exatamente nesse sentido que dissemos acima que o surgimento da Umbanda é explicado dentro da lógica do Espiritismo.
Sobre o Sincretismo
Rohde (2009) em suas reflexões sobre a “Umbanda, uma religião que não nasceu:[...]” chega a mencionar a Umbanda como resultado de uma reordenação entre a macumba, elementos de prática indígena, valores católicos com acréscimos do kardecismo. Esta religião se organiza, portanto, da união de vários elementos de várias crenças, apresentando sempre acréscimos e transformações que perpassam pelos valores culturais de seus pais e mães de santo (VILLAS BOAS CONCONE, 2003). É dessa capacidade de síntese dos vários elementos religiosos que se realiza a prática altamente sincrética da Umbanda. É Giglio-Jacquemot (2006) que talvez melhor expresse este comportamento sincrético, quando afirmou que desde sua origem a Umbanda mostra sua “capacidade prodigiosa em ingerir e digerir materiais culturais de todo tipo e de toda proveniência”.
Os romances espíritas psicografados por Robson Pinheiro irão abordar a prática do sincretismo da Umbanda de uma forma bem clara, principalmente com relação aos santos católicos. Mas estas referências, como podemos visualizar nas expressões abaixo, trazem uma explicação do fenômeno como forma de estabelecer comunicação com seus adeptos que migraram de outras práticas religiosas, ou como forma para aceitação social e das autoridades, buscando sobreviver a possíveis pressões políticas. O sincretismo é expresso como uma estratégia de se legitimar para atingir seus objetivos de criação. Sendo assim, poderá somar práticas e rituais de outras crenças, fundindo ou reelaborando uma nova concepção de religiosidade.
[...] Como vibração e energia primordial, os orixás tal e qual guardam determinadas características que se assemelham muito às de certos santos do culto católico. Daí faz todo sentido o chamado sincretismo, aspecto muito marcante e interessante da cultura brasileira. Mas não significa que os orixás sejam tais santos, absolutamente. São princípios ativos, não encarnantes, e se porventura a umbanda utiliza imagens de santos católicos para simbolizar os orixás, é apenas a fim de estabelecer uma conexão mental entre o povo e as verdades da umbanda, através da crença popular. (PINHEIRO, 2004)
Existe outro orixá cultuado no candomblé que também é muito conhecido. Falo de Omulu, que, no sincretismo, corresponde a São Lázaro. (PINHEIRO, 2004)
[...] “É assim que, na atualidade, sobrevive nos terreiros essa fusão, que era objetivo do Alto. Adotando o sincretismo entre os orixás e os santos católicos, que há muito se desenvolvia, e o transe mediúnico assumido, que não existia nos barracões de candomblé, a umbanda foi penetrando lentamente nos redutos de magia negra. [...] Se, de todo, a pressão política ou religiosa fosse muito forte, também havia um santo qualquer no nome da casa. E que, em um país católico, com setores conservadores na sociedade, Tenda Espírita de Umbanda Nossa Senhora do Rosário soaria melhor que se o nome fosse apenas Pai Oxalá ou Caboclo Rompe-Mato. (PINHEIRO, 2004)
- A umbanda respeita a riqueza do culto afro, representado no candomblé, mas o referencial para os trabalhos umbandistas são apenas os sete principais orixás-vibração originais, que representam também os sete planos vibratórios do universo, os sete chacras e os sete corpos espirituais. (PINHEIRO, 2004)
Na perspectiva desses romances espíritas, a Umbanda traz a riqueza dos cultos afro-descendentes, acrescida de muitos outros elementos e práticas religiosas, para poder “falar a linguagem do povo”. Neste sentido assume uma abrangente compreensão do homem em seu meio, admitindo a explicabilidade do Espiritismo Kardecista e somando-a outros conceitos, inclusive de culturas orientais, como os sistemas energéticos dos chamados “chacras”.
Queremos levantar um contraponto de interesse nestas explicações: os textos acadêmicos e o discurso religioso falam com extrema frequência que a identificação, no tempo da escravidão, entre santos e deuses africanos, corresponderia ao mascaramento como uma estratégia de defesa contra os poderosos; no caso da Umbanda, tal como foi aqui apresentada, teríamos uma situação quase inversa, pois esta seria uma estratégia de conquista dos menos afortunados (espiritualmente e culturalmente falando).
Obsessão ou Encosto
Nos romances mediúnicos encontramos referência à obsessão vista de duas maneiras: iremos observar o conceito dos processos de obsessão ditos simples e os complexos (PINHEIRO, 2006). Os processos simples de obsessão foram entendidos como semelhantes à classificação de encosto para os terreiros de Umbanda e outros cultos de matriz africana. Os processos complexos de obsessão são aqueles que envolvem “o uso de tecnologias desenvolvidas no plano espiritual”, usadas para mudar o comportamento do indivíduo através da inserção de “aparelhos parasitas”, do uso de “energia magnética e ectoplásmica”. Estas inserções são sempre atribuídas ao desejo de fazer malefícios, para que “de diversas maneiras, prejudiquem os filhos encarnados”.
No que tange à constituição fisio-astral do ser humano, muitas dificuldades estão além dos processos de obsessão simples, fascinação e subjugação, apontados por Kardec e conhecidos no movimento espírita em geral. (PINHEIRO, 2004)
– Portanto, o que vemos aqui também pode ser classificado como magia, se considerarmos que, no processo de obsessão complexa, isto é, com o emprego de aparelhos parasitas, também ocorre a manipulação magnética e ectoplásmica que caracteriza a magia negra. Desse modo, pode-se afirmar que a diferença está na forma exterior, no método, pois os objetivos e princípios aqui aplicados são os mesmos. (PINHEIRO, 2004)
Em Zíbia Gasparetto os processos obsessivos são descritos sem discriminação na ordem da complexidade. Ela atribui a interferência sobre o encarnado como forma de gerar algum prejuízo ao indivíduo, até mesmo no campo de sua saúde física.
Gabriela estava pálida, sem forças, parecia um robô deixando-se conduzir sem nenhuma reação. [...] É um caso de obsessão. Vejo um casal sendo vampirizado. Ela, hipnotizada, está fora da realidade. Ele fez pacto com uma entidade perigosa para conseguir seus fins. (GASPARETTO, 2008).
Roque estava penalizado. Vislumbrara os vultos escuros de espíritos perturbadores ligados ao inesperado visitante, colados como reflexos dos seus próprios movimentos, demonstrando simbiose significativa. [...] O que acontece tem acontecido a muita gente. Espíritos, seus inimigos de encarnações passadas, que não perdoaram, hoje desejam fazer justiça com as próprias mãos, esquecidos de que a justiça pertence a Deus, que para isso estabeleceu Leis que funcionam dando a cada um segundo suas obras. (GASPARETTO, 2003).
Na proposta de cura do processo obsessivo descrito por Zíbia, as atividades de centros espiritas, estabelecendo orientação aos encarnados e desencarnados, serão efetivas para conseguir a cura. Os obsessores são vistos como espíritos de pessoas ignorantes que assumem a posição de algozes, por apresentarem desarmonias com o outro nas relações construídas em vidas passadas. Já em Robson Pinheiro, as descrições das obsessões e seus processos de cura vão além da doutrinação dos algozes e suas vítimas, pois propõe uma união das atividades de desobsessão das diversas frentes religiosas, principalmente da Umbanda e do Espiritismo Kardecista.
[...] É claro que a metodologia utilizada no movimento espírita funciona para diversos tipos de obsessão. Também não menosprezamos os procedimentos umbandistas ou esotéricos, com seus rituais sagrados, símbolos e axés. No entanto, para solucionar a problemática das pessoas afetadas pelas síndromes oriundas de obsessões complexas, como a dos aparelhos parasitas ou da repercussão vibratória de encantamentos e enfeitiçamentos realizados no passado remoto, assim como para enfrentar a ação destruidora das energias elementais, utilizadas pelos magos das trevas, a metodologia consagrada é ineficaz. (PINHEIRO, 2004)
Sobre o processo saúde-doença
A totalidade cultural engloba todo um conjunto de códigos, simbolos e práticas e, nesse terreno fértil, as representações sociais são construídas, fundamentando as relações de sentidos e permitindo a atualização dos significados a cada situação. Nossa busca de interpretação dos sistemas simbólicos espíritas deve ser orientada pelos atos (GEERTZ, 1989), ora, o terreno de atuação nos casos de saúde e doença se presta bastante bem a essa busca.
Este universo simbólico que constitui a cultura, seja de uma sociedade, seja de uma comunidade qualquer, pode trazer em seu bojo, e geralmente traz, a religiosidade como um importante instrumento capaz de dar conta da dinâmica de reorganização de si mesmo e do seu cotidiano, frente a uma condição que torna os indivíduos vítimas da desordem do mundo. Berger (1985) e Luckman, além do próprio Geertz, apontam a capacidade das religiões de resgatar o mundo dos homens do cáos pela atribuição do nomos. Buscar o ambiente religioso representa recriar significações frente aos problemas que a vida cotidiana coloca e permitir motivações para melhoria da situação rumo à explicabilidade. Uma das motivações para procura das religiões é a busca da cura de enfermidades. Muitas vezes aqueles que procuram são pessoas que passaram pelo atendimento médico clássico e não encontraram solução, mas, mais importante, não encontraram aí explicação para o sofrimento. Essa dupla entrada de busca de cura e de busca de sentido permite que haja convivência (especialmente por parte da clientela) entre medicina científica e medicina religiosa. Do ponto de vista daquele que busca alivio para si ou para outros, essas formas são complementares. De fato, as respostas da ciência não esgotam a necessidade de atribuição de sentido. No universo das religiões mediúnicas, os dois processos de cura, o profano e o sagrado, frequentemente convivem nos mesmos espaços. Nos romances trabalhados, cura do corpo e cura do espírito, debilitação do espírito e doença física são, no fundo, a mesma realidade e, dessa forma, o concurso de médicos do corpo e médicos do espírito é fundamental.
A religião, portanto, representa um despertar do indivíduo para o sagrado e pode ser produtora de significados, buscando explicações em seus fundamentos filosóficos para as desarmonias que a vida lhe impõe, sejam de ordem moral, espiritual ou material (GEERTZ, 1989). Frente a uma patologia para a qual nossa medicina tradicional não apresenta perspectivas de cura, na nossa sociedade a busca de lenitivo frequentemente se refugia no campo religioso.
Nos romances analisados, os aspectos das desordens apresentados nas vidas dos personagens são explicados pelo paradigma da reencarnação como princípio básico, seguida da vida dos espíritos em um espaço geográfico do “Além”. Mostra-se a morte como uma passagem para a vida espiritual, que é eterna, sendo a vida na terra somente um momento extremamente finito de resgates das atitudes errôneas de vidas anteriores. Nessa perspectiva, as reencarnações são oportunidades de aprendizagem, de fazer evoluir o espírito ou, dito de outro modo, as muitas vidas se apresentam como possibilidades para o processo evolutivo do ser. A doença nada mais é do que situações criadas pela relação do mundo dos espíritos no plano “Além” com os indivíduos encarnados, que se desarmonizam pela consciência dos erros cometidos ou por ação de espíritos vingativos. Nos romances analisados, psicografados por Robson Pinheiro, a perspectiva é sempre a da ação dos espíritos sobre os encarnados ou, sobre as maneiras como o orgulho, a vaidade e o egoísmo debilitam a saúde emocional e física dos homens.
- Nosso irmão é alguém que se comprometeu imensamente com as leis da vida. Abriu campo mental e entrou em sintonia com as forças destrutivas dos magos negros. Tais espíritos diabólicos provocaram o colapso do sistema nervoso de nosso irmão, que, sem conseguir opor resistência à irradiação mental dos magos das trevas, entrou em coma após apresentar quadro clínico de difícil solução para a medicina dos homens. Hoje ele está desprendido do corpo, que repousa no leito do hospital, onde se encontra internado há muitos dias. (PINHEIRO, 2004)
As atividades executadas para resgate da saúde e o processo de cura são descritos como soma das forças dos trabalhos realizados por espíritos no plano astral – espaço do Além – com as atividades desenvolvidas pela nossa medicina no espaço terreno.
Saímos do hospital, confiando o rapaz, já melhor, à equipe espiritual responsável pelo ambiente. Havia muitos casos que mereciam um atendimento especial, mas isso deixaríamos a cargo das demais equipes espirituais que ali prestavam auxílio. (PINHEIRO, 2004)
Por ora - falou Vovó Catarina - nosso protegido ficará repousando aqui, enquanto seu corpo físico permanece em coma no hospital. Amanhã, durante os trabalhos mediúnicos, veremos o que pode ser feito pelo nosso irmão. (PINHEIRO, 2004)
[...] eles conseguem sintonia com a mente invigilante de Erasmino, com seu passado e com sua insistência em manter-se nos mesmos padrões mentais de seus perseguidores. É necessário que ele desperte para a urgência da mudança íntima, elevando seu padrão vibratório, a fim de se desligar dessa influenciação daninha. E, para, isso, a Umbanda, com seus rituais e métodos próprios, será excelente instrumento de despertamento do nosso irmão. Ele encontra-se com o pensamento muito solidificado em suas próprias concepções de vida e, como você vê, não se encontra sensível aos apelos mais sutis do Espiritismo, que, no momento propício, deverá falar-lhe à razão. Ademais, a família guarda certos pendores para as manifestações de mediunidade tal como se dão na Umbanda, e convém não violentarmos os nossos irmãos.” (PINHEIRO, 1998)
O processo de cura das enfermidades pode ocorrer quando a intervenção das equipes de Umbanda se soma com as atividades dos Espíritas kardecistas e outros seres que agem no mundo astral em benefício da humanidade. Estes auxílios não são percebidos pelos encarnados que trabalham nos hospitais da terra e podem causar espanto, ou interpretação na forma de milagres.
[...] Fisicamente nosso amigo terá uma melhora, ou seja, uma resposta apreciável ao tratamento médico; porém, o perispírito dele ainda está envolvido em outro campo, criado pelas entidades do mal, que se utilizavam dele. Esse tipo de campo de força, que retém em seu interior o corpo espiritual do nosso irmão, só podemos desativar numa reunião mediúnica, o que ocorrerá amanhã. São necessárias as energias dos encarnados, associadas aos nossos recursos, a fim de destruir o campo que o envolve. Embora ainda se encontre em coma, o rapaz apresentará visível melhora do ponto de vista físico, como já dissemos. Entretanto, somente após a desestruturação do campo de retenção, na reunião mediúnica, ele acordará definitivamente. De qualquer forma, você pode reparar como a resposta atual, mesmo inexplicada, já é suficiente para animar a equipe do hospital. (PINHEIRO, 2004)
Uma enfermeira se aproximou do leito, olhou os instrumentos, mediu a pressão do rapaz e saiu rapidamente em busca de seus colegas. Vieram três médicos logo após, juntamente com mais dois enfermeiros. [...] A partir de agora, estarão ocupados desenvolvendo teorias e especulações científicas para explicar a melhora do nosso irmão. Amanhã, então, quando terminarmos o trabalho e ele acordar do coma profundo, seu caso passará para os registros como um daqueles ”milagres”, inexplicáveis pela medicina. (PINHEIRO, 2004)
As relações e os relacionamentos em sociedade envolvem aspectos de totalidade da prática cultural do grupo ao qual o indivíduo pertence. Esses aspectos englobam todo um conjunto de códigos e símbolos, de conhecimentos e saberes antigos e novos formando o repertório das representações sociais; construídas nesse terreno social e cultural, as representações estabelecem relações de sentido e fundamentam ações, sempre num movimento dialético. As representações religiosas são poderosos mecanismos construtores de sentido. A religião e a religiosidade podem oferecer, e quase sempre oferecem, um modo de compreensão da realidade que busca dar alivio aos sofrimentos. Nesta perspectiva, a explicação dos fatos da vida, no limite onde nossa ciência tradicional não consegue responder, podem ser encontrados em sistemas alternativos de resposta de caráter mágico ou religioso. A explicabilidade oferecida pelo espiritismo mostra toda a sua força quando as pessoas se veem confrontadas com o infortúnio. O entendimento e consequente melhor aceitação do infortúnio como decorrente da “lei de causa e efeito”, introduz um nível mais alto de racionalização e de auto-responsabilização moral na explicação de doenças e desgraças pessoais, podendo apresentar uma alternativa, tanto em nível pessoal quanto social, para restabelecer um bem-estar na vida. O acréscimo da abordagem da Umbanda sobre essa ótica espírita pode ser uma proposta capaz de gerar novas maneiras de relacionamentos entre os adeptos dessas religiões.
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