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terça-feira, 13 de novembro de 2012

MAGIAS E MIRONGAS NA UMBANDA

 


* AS ERVAS


· Como poderíamos ter uma idéia do efeito energético da defumação atuando simultaneamente no plano físico e astral?

Desde o instante em que as ervas principiam a germinar no seio da terra até o momento em que são colhidas, elas extraem do solo toda a sorte de minerais, vitaminas, proteínas, sais químicos e unidade, além de serem imantadas pelos raios solares, eflúvios elétricos e magnéticos provindos da própria Lua.
Algumas plantas são fontes prodigiosas de utilidades benfeitoras à humanidade, já na sua textura física, como é a carnaubeira, vegetal da família das palmáceas. O homem pode extrair dela: açúcar, sal, álcool, ração para o gado, madeira para habitação, combustível para iluminar, resina para cola, medicamentos. São inúmeras utilidades catalogadas nessa planta, cujo poder e serventia, considerados apenas no campo físico, ainda prolongam-se pelo mundo astral, num campo de forças incomuns.
Enfim, todo o potencial que se elabora no seio da planta, durante os meses de sua vivência no solo seivoso da terra, depois é liberto em alguns minutos da defumação, projetando em torno um potencial de forças, que, além de sua manifestação propriamente física, ainda descarregam miasmas disseminados no ambiente humano. A queima de ervas defumadoras também obedece a uma determinada disciplina mental ou concentração, atraindo a cooperação de espíritos de pretos-velhos e caboclos, simpáticos a tal processo tradicional de defesa psíquica, os quais ajudam a amenizar na limpeza das pessoas enfeitiçadas.
A defumação representa uma operação de liberação de energias, as quais passam a repercutir novamente nos planos de onde se originaram. O perfume, ou a exalação natural das plantas, também age na emotividade e na mente do ser, pois seu odor associa idéias e reminiscências místicas.

· A defumação pode afastar espíritos mal intencionados?

Há certos tipos de ervas cuja reação etérica é tão agressiva e incômoda, que torna o ambiente indesejável para certos espíritos; assim como os encarnados afastam-se dos lugares cujo odor não é agradável.
Há perfumes que inebriam determinadas pessoas, mas causam cefaléias, tonturas, e até náuseas em outras criaturas.
Durante a queima de ervas, produzem-se reações agradáveis ou desagradáveis no mundo oculto, porque, além de sua propriedade física, elas também libertam outras energias provenientes do armazenamento do éter e do magnetismo físico no duplo etérico do vegetal. O cheiro ou a exalação das ervas e flores que afetam o olfato dos encarnados, também é um campo vibratório a influir fortemente nos desencarnados, cujas emanações fluídicas penetram diretamente no perispírito.

· A finalidade da defumação é apenas de libertar energias astrais bombardeando os maus fluídos durante as reuniões mediúnicas ou ainda possui outra função mais física?

A defumação é um recurso benéfico solicitado ao vegetal, que além de elevar a vibração psíquica do ser, ainda purifica o ambiente fluídico, assim como se fazia outrora nos templos egípcios, babilônicos, igrejas católicas, e em terreiros de Umbanda. Trata-se de um recurso intuído pelos próprios mentores do Universo para que o homem encarnado preencha com o odor agradável do vegetal o abismo vibratório existente entre os dois mundos da matéria e do espírito.
A Umbanda firma o seu intercâmbio mediúnico através de cânticos, altares, danças, luz, flores velas, vestimentas e defumações, mantendo seus médiuns e o ambiente preparados para os trabalhos. Nos médiuns, os poros da pele ficam mais sensíveis e até a pulsação cardíaca torna-se audível.
As ervas empregadas na defumação podem ter outras propriedades adicionadas às suas próprias, pela magnetização. O cântico dirigido às Entidades Celestiais faz com que Elas ampliem os seus valores naturais. Com esse intuito, ao ser aberta uma sessão de Umbanda, a defumação é acompanhada de música especial. Não se iniciam os trabalhos sem que os presentes e o terreiro estejam purificados.

· Os banhos de ervas também ajudam a eliminar da aura os fluídos danosos presentes em nossa matéria?

Sem dúvida, pois as plantas são núcleos de forças vigorosas. Ao contrário da defumação, o banho de ervas deve ser preparado com as ervas seivosas, frescas.
Elas libertam forças que se acumulam durante a germinação e o crescimento; depois, bombardeiam a aura humana sobrecarregada de fluídos nocivos, desintegrando os centros de convergência mórbida. As energias nelas contidas são transferidas para a água. Ao jogarmos a água do banho em nosso corpo a energia das ervas limpa e descarrega nossa aura de energias negativas e carrega-a com bons fluídos, preparando-nos para receber as irradiações de nossas entidades.


* FEITIÇOS

· O que significa enfeitiçamento verbal?

O enfeitiçamento pode efetivar-se pela força do pensamento, das palavras e através de objetos imantados que produzem danos a outras criaturas. O enfeitiçamento verbal resulta de palavras de crítica antifraterna, maledicência, calúnia, traição à amizade, intriga, pragas e maldições. A carta anônima e até mesmo a reticência de alguém, quando, ao falar, dá asas à desconfiança ou dúvida sobre a conduta alheia, isso é um ato de enfeitiçamento. O seu autor é responsável perante a Lei do Carma e fica sujeito ao “choque de retorno” de sua “bruxaria” verbal, sendo a extensão do prejuízo que venha a resultar das palavras ou gestos reticenciosos desfavoráveis e mentirosos ao próximo.
A palavra tem força, pois é o veículo de permuta do pensamento dos homens, os quais ainda não se entendem pela telepatia pura. Quando alguém lança uma calúnia, essa vibração mental atrai e ativa igual cota dessa energia das demais pessoas que a escutam, aumentando o seu feitiço verbal com nova carga malévola. Assim, cresce a responsabilidade do maledicente pelo caráter ofensivo de suas palavras, à medida que elas vão sendo divulgadas e apreciadas por outras mentes, atingindo então a vítima com um impacto mais vigoroso do que o de sua força original. O malefício verbal segue o seu curso, pessoa por pessoa, assim como a bola de neve se encorpa lançada costa abaixo.

· Qual é a diferença entre o feitiço verbal e o mental?

Sem dúvida, quer seja feitiço verbal ou mental, o pensamento é sempre o elemento fundamental dessa prática maléfica, pois não existem palavras sem pensamentos e sem idéias. Quando o homem fala, ele mobiliza energia mental sobre o sistema nervoso, para então acionar o aparelho de fonação e expressar em palavras as idéias germinadas na mente. E o feitiço mental ainda pode ser mais daninho do que através da palavra, pois é elaborado demorada e friamente sob o calculismo da consciência desperta, em vez de produto emotivo do instinto incontrolável. O enfeitiçamento verbal produzido por uma maldição ou praga, pode gerar-se num arrebatamento de cólera, contrariedade ou desforra de natureza mais emotiva ou explosiva, produzindo mais fumaça que ruínas. Faltando-lhe a premeditação, que confirma o impacto ofensivo, também pode ser menos prejudicial.

· Qual a diferença na contextura dos bons e maus pensamentos?

Os pensamentos sublimes e altruístas são de vibração muito rápida e sutil, alimentados por um combustível diáfano, que não deixa resíduos no perispírito. Quando atraídos por outras mentes afins, eles também ativam os sentimentos e as emoções superiores. Mas tratando-se de pensamentos mais raros, só influem em seres de boa estirpe sideral. As idéias, sugestões e criações mentais sobre o amor, a paz e o bem, em verdade, são energias extraordinárias e de qualidade incomum, que adubam o crescimento sadio do espírito humano. Há pensamentos científicos, religiosos e teosóficos, que influem preferencialmente em certo setor da atividade humana.
Os pensamentos malévolos, vingativos, coléricos e odiosos, imantam-se de magnetismo inferior e sobrecarregam-se de fluído mental, astral e etéreo, de baixa vibração, agindo tão eficaz e rapidamente na atmosfera terrena, que justificam realmente o velho refrão: “O mal propaga-se mais fácil que o bem!”
O homem é o que pensa; o seu espírito, quando escravo das manifestações desregadas, faz da mente apenas o instrumentos de sua relação egoísta com o mundo inferior; e depois da morte submerge-se num mar de magnetismo viscoso e aderente.

· É certo que uma pessoa “enfeitiçada” pode ser diagnosticada erradamente pelo médico quando se sente adoentada?

A pessoa enferma e “enfeitiçada” quase sempre ignora a origem de sua perturbação, assim como a sua aura conturbada também pode influir sobre o médico que a examina e levá-lo a um diagnóstico impreciso ou errado. Após perambular incessantemente por consultórios médicos, sofrendo terapias confusas e até intervenções cirúrgicas desnecessárias, algumas criaturas só conseguem a sua cura aliando o tratamento físico à renovação espiritual, ou ajustando a sua mediunidade florescida prematuramente sob a ação estimulante do “feitiço”, pela freqüência aos centros espíritas ou terreiros de Umbanda. Então melhoram, porque aumentam as suas defesas psíquicas fortificadas pela conduta superior, como também ficam sob a guarda de espíritos benfeitores, que os ajudam a dissipar os maus fluídos.

· O que deve-se entender por “endereços vibratórios”?

O “endereço vibratório” é o objeto pertencente à pessoa cujo trabalho está sendo realizado. Serve de orientação, já que muitas vezes a pessoa para qual está sendo dirigido o trabalho, não está presente. Geralmente são roupas, sapatos e objetos pessoais.


* TRABALHOS

· A presença da cor vermelha, tão freqüente em fios, contas, retalhos e outras coisas, têm alguma função importante nos trabalhos realizados na Umbanda?

O vermelho é uma cor física, excitante e sangüínea, que facilmente se acasala ao campo vibratório das forças primária acumuladas no processos de magia. Fitinhas e figas vermelhas são muito usadas para desviar a carga nociva do “mau-olhado”, cuja cor tão objetiva excita e irrita o próprio touro. É cor primária, que as tribos selvagens e os pajés africanos tanto preferiam nos seus ritos bárbaros quanto em festivais folclóricos.
 

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