– Separação da Alma e do Corpo
A separação da alma e do corpo é dolorosa?
— Não; o corpo, freqüentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no mom
A separação da alma e do corpo é dolorosa?
— Não; o corpo, freqüentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no mom
ento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.
Comentário de Kardec: Na morte natural, que se verifica pelo esgotamento da vitalidade orgânica em conseqüência de idade, o homem deixa a vida sem perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.
155. Como se opera a separação da alma e do corpo?
— Os liames que a retinham, sendo rompidos, ela se desprende.
155 – a) A separação se verifica instantaneamente, numa transição brusca?
Há uma linha divisória bem marcada entre a vida e a morte?
— Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco apouco dos seus liames; estes se soltam e não se rompem.
Comentário de Kardec: Durante a vida, o Espírito está ligado ao corpo pelo seu envoltório material ou perispírito; a morte é apenas a destruição do corpo, e não desse envoltório que se separa do corpo, quando cessa a vida orgânica. A observação prova que no instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente- ele se opera gradualmente, com lentidão variável, segundo os indivíduos. Para uns é bastante rápido, e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação que se verifica logo após. Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado e dura, às vezes alguns dias semanas e até mesmo meses, o que implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno á vida. mas a simples persistência de uma afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre na razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. Por outro lado. a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea e quando a morte chega, é quase instantânea. Este é o resultado dos estudos efetuados sobre os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade que persiste, em alguns indivíduos, entre a alma e o corpo é às vezes, muito penosa, porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso é excepcional e peculiar a certos gêneros de morte, verificando-se em alguns suicídios.
156. A separação definitiva entre a alma e o corpo pode verificar-se antes da cessação completa da vida orgânica?
— Na agonia, às vezes, a alma já deixou o corpo, que nada mais tem do que a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo, e, não obstante, ainda lhe resta um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração põe em movimento. Ele se mantém enquanto o coração lhe fizer circular o sangue pelas veias e para isso não necessita da alma.
157. No momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase, que lhe faz entrever o mundo para o qual regressa?
— A alma sente, muitas vezes, que se quebram os liames que a prendem ao corpo, e então emprega todos os seus esforços para os romper de uma vez. Já parcialmente separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação do estado de Espírito.
158. O exemplo da larva, que primeiro se arrasta pela terra, depois se fecha na crisálida, numa morte aparente, para renascer numa existência brilhante, pode dar-nos uma idéia da vida terrena, seguida do túmulo e por fim de uma nova existência?
— Uma pálida idéia. A imagem é boa, mas é necessário não torná-la ao pé da letra, como sempre afazeis.
159. Que sensação experimenta a alma, no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos?
— Depende. Se fizeste o mal com o desejo desfazê-lo, estarás, no primeiro momento, envergonhado de o haver feito. Para ajusto, é muito diferente: ele se sente aliviado de um grande peso porque não receia nenhum olhar perquiridor.
160. O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele?
— Sim, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a se libertar das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar.
161. Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da alma e a cessação da vida se verificam simultaneamente?
— Geralmente é assim; mas, em todos os casos, o instante que os separa é muito curto.
162. Após a decapitação, por exemplo, o homem conserva por alguns
Comentário de Kardec: Na morte natural, que se verifica pelo esgotamento da vitalidade orgânica em conseqüência de idade, o homem deixa a vida sem perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.
155. Como se opera a separação da alma e do corpo?
— Os liames que a retinham, sendo rompidos, ela se desprende.
155 – a) A separação se verifica instantaneamente, numa transição brusca?
Há uma linha divisória bem marcada entre a vida e a morte?
— Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco apouco dos seus liames; estes se soltam e não se rompem.
Comentário de Kardec: Durante a vida, o Espírito está ligado ao corpo pelo seu envoltório material ou perispírito; a morte é apenas a destruição do corpo, e não desse envoltório que se separa do corpo, quando cessa a vida orgânica. A observação prova que no instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente- ele se opera gradualmente, com lentidão variável, segundo os indivíduos. Para uns é bastante rápido, e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação que se verifica logo após. Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado e dura, às vezes alguns dias semanas e até mesmo meses, o que implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno á vida. mas a simples persistência de uma afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre na razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. Por outro lado. a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea e quando a morte chega, é quase instantânea. Este é o resultado dos estudos efetuados sobre os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade que persiste, em alguns indivíduos, entre a alma e o corpo é às vezes, muito penosa, porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso é excepcional e peculiar a certos gêneros de morte, verificando-se em alguns suicídios.
156. A separação definitiva entre a alma e o corpo pode verificar-se antes da cessação completa da vida orgânica?
— Na agonia, às vezes, a alma já deixou o corpo, que nada mais tem do que a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo, e, não obstante, ainda lhe resta um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração põe em movimento. Ele se mantém enquanto o coração lhe fizer circular o sangue pelas veias e para isso não necessita da alma.
157. No momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase, que lhe faz entrever o mundo para o qual regressa?
— A alma sente, muitas vezes, que se quebram os liames que a prendem ao corpo, e então emprega todos os seus esforços para os romper de uma vez. Já parcialmente separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação do estado de Espírito.
158. O exemplo da larva, que primeiro se arrasta pela terra, depois se fecha na crisálida, numa morte aparente, para renascer numa existência brilhante, pode dar-nos uma idéia da vida terrena, seguida do túmulo e por fim de uma nova existência?
— Uma pálida idéia. A imagem é boa, mas é necessário não torná-la ao pé da letra, como sempre afazeis.
159. Que sensação experimenta a alma, no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos?
— Depende. Se fizeste o mal com o desejo desfazê-lo, estarás, no primeiro momento, envergonhado de o haver feito. Para ajusto, é muito diferente: ele se sente aliviado de um grande peso porque não receia nenhum olhar perquiridor.
160. O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele?
— Sim, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a se libertar das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar.
161. Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da alma e a cessação da vida se verificam simultaneamente?
— Geralmente é assim; mas, em todos os casos, o instante que os separa é muito curto.
162. Após a decapitação, por exemplo, o homem conserva por alguns
instantes a consciência de si mesmo?
— Freqüentemente ele a conserva por alguns minutos, até que a vida orgânica
— Freqüentemente ele a conserva por alguns minutos, até que a vida orgânica
se extinga de uma vez. Mas muitas vezes a preocupação da morte
lhe faz perder a consciência antes do instante do suplício.
Comentário de Kardec: Não se trata, aqui, senão da consciência que o supliciado
Comentário de Kardec: Não se trata, aqui, senão da consciência que o supliciado
pode ter de si mesmo como homem, por meio do corpo, e não
como Espírito.
Se não perdeu essa consciência antes do suplicio, ele
pode conservá-la por
alguns instantes, mas de duração muito curta, e a
perde necessariamente c
om a vida orgânica do cérebro. Isso não quer
dizer que o períspirito esteja
inteiramente desligado do corpo, mas pelo
contrário, pois, em todos os casos
de morte violenta, quando esta não
resulta da extinção gradual das forças vitais,
os liames que unem o
corpo ao períspirito são mais tenazes, e o
desprendimento completo é
mais lento.
Instituto Chico Xavier
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