O homem, uma criatura de pó feita à imagem de Deus, não pode escapar de si mesmo. Ele é da carne, carnal, e tem que enfrentar os problemas e as lutas do corpo. Mas também é dotado com um espírito de Deus e tem que responder à chamada do homem interior de viver acima da carne.
Pela natureza, o homem deseja sexo, tem fome e sede para comida e bebida, procura roupa e abrigo e almeja todos os tipos de prazeres e necessidades físicas na vida. No entanto, Deus colocou dentro do seu coração a eternidade e no seu corpo um espírito eterno que aspira o descanso e paz encontrados apenas no Criador.
Jesus fala diretamente com esta necessidade depois que ele mesmo “tabernaculou” na carne e enfrentou o diabo no deserto da tentação. Após jejuar por quarenta dias ele desejava comida e foi tentado por Satanás a fazer uma pedra virar pão para ele comer. A resposta de Jesus foi:“Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4).
Jesus não se refere apenas a ele mesmo mas ao “homem”. Ele está dizendo que o homem é mais do que um corpo e não pode alimentar a carne em violação com a palavra de Deus e em profanação do homem interior. Ele cita a verdade que é inerente no aviso que deu aos discípulos na noite que foi traído no Getsêmani. Lá Jesus lutou no espírito por causa da morte abominável que o aguardava mais tarde naquela noite e no próximo dia diante da multidão de judeus e seus líderes injustos. Ele agonizou em oração sobre aquela morte – uma morte que ele havia anunciado várias vezes aos seus discípulos. Após a oração ele foi até os três discípulos mais próximos dele no jardim e admoestou-os: “Vigiai e orai ... o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41).
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