Mãe Iemanjá,
Senhora da calunga grande (mar).
Sincretizada no Rio de Janeiro com Nossa Senhora da Glória comemorado em 15 de agosto.
Na
Umbanda, ela também recebe o título de Senhora da Coroa Estrelada. Em
São Paulo, a maior comemoração é no dia 8 de dezembro, na Praia Grande.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a comemoração é no dia 2 de
fevereiro, onde, Yemanjá é sincretizada com Nossa Senhora dos
Navegantes. As cerimônias são comumente feitas à beira-mar, no litoral
gaúcho. Também ocorrem em rios, como em Porto Alegre (Rio Guaíba). Em
Santa Catarina é relizada anualmente no dia 2 de Fevereiro ma Praia
Central de Balneário Camboriú a Festa em Homenagem a Yemanjá. No Rio de
Janeiro a festa de Iemanjá é comemorada nos dias 30 e 31 de dezembro, na
manha do reveillón ou no dia anterior ao ano novo para evitar um maior
congestionamento nas praias e ruas. As oferendas lançadas ao mar para a
orixá contam de palmas e rosas nas cores branca e rosa é seu dia e
sábado. Suas saudaçoes sao Odoyá ou Odossiá.Também Ilá-Omo-Ejá, que
traduzido do dialeto yorubá significa: mae cujos filhos sao peixes.
Cores: azul claro ou branco transparente.
IEMANJÁ
A
majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanjá é a
Rainha das águas salgadas, considerada como mãe de todos Orixás, regente
absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também como a Deusa
das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do
nascimento.
Essa
força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas,
pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas. É Iemanjá que vai
dar o sentido de "família" a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um
mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai,
mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós. Ela, Iemanjá, rege até o castigo, as sanções que aplicamos aos filhos. É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado, por laços consangüíneos, ou não.
Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependências; proporcionando o sentimento de irmão pra irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos do relacionamento do Babalorixás, ou Ialorixás como os Omo Orixás (filhos de Santo).
Iemanjá também está presente nas decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, A necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido. E estendemos isso, também, às comunidades da Religião.
Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemas. É a manutenção da harmonia do lar.
Está
presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do
bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum
cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e
entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto
tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura
Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana. Iemanjá é a
senhora dos lares, pois, desde o nascimento, ou a partir do nascimento,
ela cuidará da família.
Daí o titulo de Iyá (mãe), melhor, Iyá – Ori (mãe da cabeça) e plasmadora de todas as cabeças; aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.
Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.
Daí o titulo de Iyá (mãe), melhor, Iyá – Ori (mãe da cabeça) e plasmadora de todas as cabeças; aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.
Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.
Mitologia
Saudação à Iemanjá, a Rainha do Mar: Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba!
Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas. Teve três filhos: Ogum, Oxossi e Exu.
Conta
a lenda que Ogum, o guerreiro, filho mais velho, partiu para as suas
conquistas; Oxossi, que se encantara pela floresta, fez dela a sua
morada e lá permaneceu, caçando; e Exu, o filho problemático, saiu pela
mundo.
Sozinha
Iemanjá vivia, mas sabia que seus filhos seguiam seus destino e que não
podia interferir na vida deles, já que os três eram adultos.
Comentava consigo mesma:
-
Ogum nasceu para conquistar. É bravo, corajoso, impetuoso. Jamais
poderia viver num lugar só. Ele nasceu para conhecer estradas,
conquistar terras, nasceu para ser livre. Exu, que tantos problemas já
me deu, nasceu para conhecer o mundo e dos três é o mais inconstante,
sempre preparado surpresas; imprevisível, astuto, capaz de fazer o
impossível, também nasceu para conhecer o mundo. Oxossi, meu querido
caçula, bem que tentei prendê-lo a mim, mas no fundo sabia que teria seu
destino. Ele é alegre, ativo, inquieto. Gosta de ver coisas belas, de
admirar o que é bonito e é um grande caçador. Nasceu para conhecer o
mundo também e não poderia segurá-lo...
Iemanjá
estava perdida em seus pensamentos quando viu que, ao longe, alguém se
aproximava. Firmou a vista e identificou-o: era Exu, seu filho, que
retornara depois de tanto tempo ausente. Já perto de seu mãe, Exu
saudou-a e comentou:
- Mãe, andei pelo mundo mas não encontrei beleza igual à sua. Na conheci ninguém que se comparasse a você!
- O que está dizendo, filho? Eu não entendo!
-
O que quero dizer é que você é a única mulher que me encanta e que
voltei para lhe possuir, pois é a única coisa que me falta fazer neste
mundo!
E sem ouvir a
resposta de sua mãe, Exu tomou-lhe à força, tentando violentá-la. Uma
grande luta se deu, pois Iemanjá não poderia admitir jamais aquilo que
estava acontecendo. Bravamente, resistiu às investidas do filho que, na
luta, dilacerou os seis da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez,
Exu "caiu no mundo", sumindo no horizonte.
Caída
ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve
pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokun e ao Criador, Olorun.
E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi
saindo, dando origem aos mares.
Exu,
pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos Orixás, tendo como
incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros, na
corte.
Iemanjá que,
deste modo, deu origem ao mar, procurou entender a atitude do filho,
pois ela é a mãe verdadeira e considerada a mãe não só de Ogum, Exu e
Oxossi, mas de todo o panteão dos Orixás.
Saudação à Iemanjá, a Rainha do Mar: Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba!
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