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quinta-feira, 27 de junho de 2013

FALANDO DO CONGÁ

 

Noberto Peixoto


O congá é o mais potente aglutinador de
forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor,
transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e
magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana
do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na umbanda.

Cada
vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e
coniança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa
junção que sustenta toda a consagração dos orixás na Terra, na área
física do templo.

Vamos descrever as funções do congá: atrator:
atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de
recepção das ondas mentais emitidas.

Quanto mais as imagens e
elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o orixá regente do
terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos
dispersa suas forças.

CONDENSADOR: condensa as ondas mentais que
se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos
presentes: palestras, adoração, consultas etc.

ESCOADOR: se o
consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar na frente
do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o
congá) em potente influxo, como se fosse um pára-raios.

EXPANSOR:
expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos
pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a
assistência num processo de fluxo e refluxo constante.

TRANSFORMADOR:
funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral,
devolvendo-o para a terra; alimentador: é o sustentador vibratório de
todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os
mentores dos trabalhos que não incorporam.

Todo o trabalho na
umbanda gira em torno do congá. A manutenção da disciplina, do silêncio,
do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres, deve
ser uma constante dos zeladores (dirigentes).

Nada adianta um
congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo
mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas
arrebentadas.

Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso,
para a manutenção da força e do axé de um congá, devemos sempre ter em
mente que ninguém é tão forte como todos juntos.

Titulo original: Os fundamentos do congá (atrator, condensador, dispersor, expansor, transformador e alimentador)

Umbanda Pé No Chão - Noberto Peixoto - Pelo Espírito Ramatis

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