Na
hora atribulada de crise, em que as circunstâncias te prostraram a alma
na provação, muitos acreditaram que não mais te levantarias, no entanto
quando as trevas se adensavam, em torno, descobriste ignoto clarão que
te impeliu à trilha da esperança, laureada de sol.
Na
cela da enfermidade, muitos admitiram que nada mais te faltava senão
aceitar o lance da morte, contudo, nos instantes extremos, mãos
intangíveis te afagaram as células fatigadas, renovando-lhes o calor,
para que não deixasses em meio o serviço que te assinala a presença na
Terra.
No
clima da tentação, muitos concordaram em que apenas te restava a
decadência definitiva, todavia, nos derradeiros centímetros da margem
barrenta que te inclinava ao despenhadeiro, manifestou-se em braço
oculto que te deteve.
Na
vala da queda a que te arrojaste, irrefletidamente, muitos te julgaram
para sempre em desprezo público, entretanto, ao respirares, no cairel da
loucura, recolheste íntimo apoio, que te guardou o coração,
refazendo-te a vida.
Na
tapera da solidão a que te relegaram os entes mais queridos, muitos te
supuseram em supremo abandono, mas no último sorvo do pranto que te
parecia inestancável, experimentaste inexplicável arrimo, induzindo-te a
buscar outros afetos que passaram a enobrecer-te.
* * *
No turbilhão das dificuldades que te envolvam o dia, pensa em Deus, o Amor Onipresente, que não nos desampara.
Por mais aflitiva seja a dor, trará Ele bálsamo que consola; por mais obscuro o problema, dará caminho certo à justa solução.
Ainda assim, não te afoites em personalizá-lo ou defini-lo. Baste-nos a palavra de Jesus que nô-lo revelou como sendo Nosso Pai.
Sobretudo,
não te importe se alguém lhe nega a existência enquanto se lhe
abrilhantam as palavras nas aparências do mundo, quando pudeste
encontrá-lo, dentro do coração, nos momentos de angústia.
É natural seja assim. Quando a noite aparece, é que os olhos dos homens conseguem divisar o esplendor das estrelas.
Emmanuel
Mensagem “AMOR ONIPOTENTE”
(Do livro “Opinião Espírita” - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)
Mensagem “AMOR ONIPOTENTE”
(Do livro “Opinião Espírita” - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)
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