Almas e Angola se constitui no mais completo ritual umbandista
O
ritual Almas e Angola se constitui no ritual umbandista da atualidade
com fortes raízes africanas da região de Angola e severos preceitos
influenciados pela doutrina iorubana (Kêto e Nagô), também originária da
África.
Na verdade, o objetivo final de toda e qualquer religião é o desenvolvimento das faculdades mediúnicas inerentes a todo ser humano e o Almas e Angola segue este rumo. O homem, desde seu surgimento na terra, necessita de uma auto afirmação para se entender e entender a vida como um todo. Encontrar explicações para a sua existência e seu dia a dia até o seu desencarne. Os mistérios são muitos e as religiões tentam explicar um a um, cada uma a seu modo com seus dogmas e preceitos.
Na verdade, o objetivo final de toda e qualquer religião é o desenvolvimento das faculdades mediúnicas inerentes a todo ser humano e o Almas e Angola segue este rumo. O homem, desde seu surgimento na terra, necessita de uma auto afirmação para se entender e entender a vida como um todo. Encontrar explicações para a sua existência e seu dia a dia até o seu desencarne. Os mistérios são muitos e as religiões tentam explicar um a um, cada uma a seu modo com seus dogmas e preceitos.
O ritual Almas e Angola busca estas afirmações nas lendas dos orixás africanos mesclada com a historia dos santos católicos.
Através
desta mitologia o médium, agora chamado de filho de santo, procura se
conhecer e chegar as suas conclusões a respeito de tudo o que o envolve e
o influencia e também como ele pode influenciar no seu destino.
A
metodologia ritualística do Almas e Angola se resume em fazer renascer,
firmar, desenvolver e aperfeiçoar o orixá que está dentro de nós (o
nosso Anjo da Guarda). Isso se faz no decorrer do desenvolvimento das
faculdades mediúnicas onde o filho de santo galga os sete passos em
direção ao assentamento de seu orixá em seu ori (palavra nagô que
significa cabeça, chacra coronário ou coroa).
:: Os sete graus de iniciação ritualísticas ::
Batismo ou confirmação de Batismo;
Bori (dar de comida à cabeça);
Pai ou Mãe Pequena;
Babalaorixá ou Ialorixá;
Reforço de 7 anos;
Reforço de 14 anos;
Reforço de 21 anos;
O RITUAL
O
ritual Almas e Angola se constitui numa seita onde se cultua os Orixás
(forças da natureza que influenciam o homem e seu ambiente). A forma do
culto aos Orixás está ligada à mitologia africana, mais precisamente da
região de Angola, embora a nomenclatura usada nesse ritual tem muita
influência da região de Iorubá (Kêto e Nagô). A própria palavra Orixá é
um exemplo disso.
Segundo a mitologia, Orixá é uma força energética da natureza que influencia e comanda os caminhos do homem e do seu meio ambiente. Cada indivíduo tem o seu Orixá que o protege, orienta e, às vezes castiga, porém, este na verdade, só se manifesta na prática de incorporação (toma o filho) em situações muito especiais como durante a camarinha (feitura do santo).
Segundo a mitologia, Orixá é uma força energética da natureza que influencia e comanda os caminhos do homem e do seu meio ambiente. Cada indivíduo tem o seu Orixá que o protege, orienta e, às vezes castiga, porém, este na verdade, só se manifesta na prática de incorporação (toma o filho) em situações muito especiais como durante a camarinha (feitura do santo).
O
Almas e Angola nesse aspecto se assemelha ao Candomblé, quando o filho
de santo é recolhido no terreiro e fica determinado tempo para as
práticas de feitura de seu Orixá que é culminada com a apresentação
desse Orixá ao meio umbandista na Saída de Camarinha, uma festa
tradicional e muito conceituada entre os praticantes dessa religião.
Almas
são espíritos desencarnados, geralmente nossos ancestrais familiares ou
não, que incorporam no filho de santo para as práticas características
da Umbanda, isto é, os passes, consultas, rezas, mirongas, trabalhos,
descarregos, etc. Sua apresentação são de pretos-velhos (antigos
escravos) que simbolizam a humildade perante o sofrimento, os caboclos
(índios nativos do Brasil) que representam a luta contra os obsessores e
a cura pelas plantas e os exus (espíritos de qualquer natureza) que se
caracterizam pela irrascividade, alegria, descontração mas que detém o
poder da magia.
Assim
uma definição do ritual Almas e Angola seria pelo menos desastrosa,
pois muitos são os ramos que contribuíram para a sua formação e vários
são os mistérios que envolvem essa prática. Só mesmo os praticantes tem
condições de avaliar a profundeza de conceituação e o fundamento do
ritual Almas e Angola.
TERREIROS DE ALMAS E ANGOLA
Qualquer terreiro de Umbanda que cultua o ritual Almas e Angola deverá ter certas particularidades físicas e ritualísticas. Logicamente a estrutura ritualística desses terreiros não pode ser revelada ao grande público por se tratar de um dogma religioso de grande fundamento e é proibido revela-los a leigos.
Entretanto
para se identificar um terreiro de Almas e Angola basta observar sua
estrutura física, seu ambiente, que basicamente assim se constitui:
À
entrada existe um local de proteção espiritual chamado tranqueira onde
se encontra firmado o povo de esquerda para dar segurança espiritual aos
trabalhos. Também à entrada existem dois recintos, separados do corpo
da construção, chamados o primeiro de Cangira ou Casa de Exú onde estão
os fundamentos dessas entidades, a segunda chamada de Casa das Almas,
local destinado aos Pretos Velhos e os fundamentos das almas.
O
terreiro, propriamente dito é um salão de tamanho variável com
separações bem definidas e entendidas por todos os conhecedores do
ritual. Nele há o Congá ou Gungá com os santos católicos sincretizando
os orixás africanos, de cada lado existem duas peças de tamanho
suficiente para uma pessoa deitar, chamadas Camarinha, onde os filhos
são recolhidos para o ritual de feitura de santo, o salão de gira onde
ocorre a manifestação dos orixás, o local para os Ogãs e o local para os
assistentes. Anexo há a Cozinha de Santo e a Sala dos Cambones e
Sambas. Também há vestiários e sanitários. Em alguns terreiros há o
Quarto de Santo onde são guardados os preceitos e fundamentos do ritual.
No
congá ou altar a posição dos orixás varia muito pouco de um terreiro
para o outro, porém três orixás têm seu lugar definido em todos eles.
Oxalá ocupa o lugar de destaque, no alto e no centro do congá. Embaixo e
à direita é o local de Bejada e à esquerda fica Obaluaê. Um quarto
orixá, Nanã, quando esta não é orixá dona da casa, deve ser posicionado
aos pés de Oxalá. Os orixás donos da casa de santo ficam à direita e à
esquerda, um pouco abaixo de Oxalá. À direita deve ficar o orixá dono do
ori do zelador da casa (Pai ou Mãe de Santo). Os outros orixás são
posicionados entre os orixás acima conforme a hierarquia do dono do
terreiro.
No
salão de gira existem sinais cabalísticos do Almas e Angola
representado por uma estrela de cinco pontas circulada por dois círculos
de forças, um voltilhando as pontas trazendo as forças astrais de Oxalá
para o mundo que é simbolizado por um circulo menor centralizado na
estrela. Ao meio uma cruz simbolizando a fé de todos os filhos em Oxalá.
A estrela de cinco pontas também simboliza o homem de braços e pernas
abertos, prostrado com a cabeça no chão, aos pés de Oxalá, implorando
misericórdia. As cores variam conforme o orixá mandante na casa.
Nos
quatro cantos existem cruzes brancas simbolizando os quatro cantos do
mundo ou do universo representando os orixás guardiões da casa de santo.
SESSÕES
No
ritual Almas e Angola existem pelo menos quatro tipos de sessões
(reuniões espirituais) também chamadas de gira. São elas: sessão de
caridade com passes, rezas e consultas, sessão de desenvolvimento onde a
assistência não é permitida, sessão ritualística ou de feitura de santo
(camarinha) e sessão festiva devotada a um determinado Orixá.
Em todas elas existem características comuns que são a abertura e o desenvolvimento propriamente dito.
Em todas elas existem características comuns que são a abertura e o desenvolvimento propriamente dito.
Na
abertura, após a corrente mediúnica realizar o cruzamento do terreiro
saudando os Orixás da casa há o ritual de bater cabeça para o Pai de
Santo e saudar a hierarquia da casa, ou seja, os filhos de santo
coroados, cambones e ogâs.
Após
realiza-se a defumação do ambiente, dos médiuns e da assistência, ao
som dos atabaques e de pontos cantados acompanhados de palmas rítmicas.
Terminada
a defumação canta-se saudando as Almas com três pontos e mais três para
saudar Exu. Em seguida, todos de joelhos e a assistência de pé, dá-se a
abertura propriamente dita com palavras ditas pelo Pai de Santo,
rezando o Pai Nosso e a Ave Maria (catolicismo!!!). Uma prática em todos
os terreiros de Almas e Angola, nesse momento, é a saudação a São
Miguel Arcanjo, santo católico sincretizado ora como Xangô Aganjú, ora
como Obaluaê e alguns até como Ogum. A razão dessa saudação é que ao
Arcanjo Miguel (santo católico) se atribui a responsabilidade de receber
as almas desencarnadas (nossos ancestrais). É portanto, o Senhor das
Almas.
Saúda-se,
então os Anjos de Guarda, quando se pede firmeza para nossos Orixás e
fluídos positivos para uma boa gira, cantando um ponto de louvação a
todos os Anjos de Guarda.
Logo
em seguida saúda-se com três pontos cantados a coroa de Babá
(Babalaorixá, Ialorixá dona do terreiro e os filhos de santo coroados).
Em
sessões festivas canta-se nessa hora o Hino da Umbanda. Daí para frente
ocorre uma modificação da ritualística conforme o dia da semana. No
Almas e Angola geralmente se pratica três sessões por semana
(Umbanda!!!). Na segunda-feira ocorre a gira de preto-velho, na
quarta-feira realiza-se sessão de desenvolvimento e na sexta-feira
faz-se ou gira de caboclo, gira de exu ou de bejada. As sessões festivas
são geralmente realizadas aos sábados, assim como as Saídas de
Camarinha. Hoje já há terreiros que reduziram as giras para uma vez na
semana alterando as práticas realizadas.
No
CEUSCD as giras são realizadas todas as sextas-feiras alternando entre
caboclo, exú e bejada. As giras de preto-velho são realizadas às
segundas-feiras, quinzenalmente, alternadas com sessões de
desenvolvimento.
Nas
giras de preto-velho, independente do dia da semana são sempre
cultuados os Orixás Obaluaê, Nanã e Xangô, quando ocorre a sua
manifestação na cabeça dos seus filhos. Nas giras de caboclo, bejada e
exú os Orixás chamados são Ogum, Oxum, Iemanjá e Iansã. A ordem de
chegada de cada um depende dos Orixás responsáveis pelo terreiro. A gira
de exu por ser geralmente longa, se admite somente saudar os Orixás da
casa, necessitando porém a realização de obrigações para se obter uma
perfeita harmonia do ambiente e conseqüente sucesso da gira.
Após
a saudação e chegada dos Orixás, cuja missão é fluidificar
positivamente o ambiente e os filhos de santo, dá-se um intervalo para
descanso dos médiuns e para a troca de vestimenta característica da
entidade que vai trabalhar. Então são chamados os pretos-velhos,
caboclos, exus ou bejadas conforme o caso.
Os
trabalhos são encerrados pelo Pai de Santo agradecendo as boas
vibrações dos Orixás e a presença de todas as entidades. Os filhos de
santo fazem novamente o cruzamento do terreiro e batem cabeça para o Pai
de Santo como no início dos trabalhos.
CAMARINHA
Tradicionalmente
no ritual Almas e Angola o termo camarinha se refere a dois recintos
situados em ambos os lados do congá com medidas variáveis, via de regra
com um metro de largura por dois metros de comprimento cada, destinado
ao recolhimento do filho de santo quando de suas obrigações de feitura
de santo.
O
termo também é usado, por extensão, a todo o processo de feitura de
santo que inicia-se num domingo de lua nova, quando o Pai de Santo leva
seu iniciado à cachoeira para os trabalhos ritualísticos que antecedem
as obrigações. De volta ao terreiro o iniciado é recolhido à camarinha
passando por atividades ritualísticas, obrigações e preceitos realizados
dia a dia numa ordem cronológica, rígida e fundamentada nos
ensinamentos ditados pelos baluartes desse maravilhoso ritual,
culminando com a chamada Saída de Camarinha, realizada sempre no sábado
seguinte. É uma sessão festiva na qual o recém coroado é apresentado,
com grande orgulho pelo Pai de Santo, à comunidade de Almas e Angola.
Nesse dia vários terreiros são convidados para prestigiar o recém
coroado e receber axé do Orixá dono da festa. A camarinha encerra-se uma
semana após com os despachos das obrigações realizadas durante a
semana.
A
camarinha, como ritual, é o ponto máximo do Almas e Angola, pois é
nessa época que o terreiro se reveste de grande axé, energia espiritual,
pois é sinal de que um filho de santo estará alcançando mais um grau
evolutivo dentro do ritual e será coroado ou como Pai (Mãe) Pequenos ou
Ialorixá ou Babalaorixá. Os filhos de santo da casa fazem reuniões com o
Pai de Santo preparando-se espiritual e materialmente para a semana. Há
médiuns que, como o Pai de Santo permanecem dentro do terreiro vinte e
quatro horas com o iniciado, participando ativamente desse sacrifício
aos orixás. Forma-se um grande família, cada um com seus afazeres
materiais ou espirituais.
A
camarinha só pode ser assistida pelos filhos de santo, médiuns de
outros terreiros de Almas e Angola e parentes próximos ao iniciado. Os
rituais de preceitos e coroações só podem ser assistidos por médiuns
designados pelo Pai de Santo. A assistência de leigos só é permitida na
Saída de Camarinha.
Logicamente
não somos permitidos, por força dos dogmas do ritual, pormenorizar uma
camarinha, mas em termos gerais ela se procede da seguinte maneira:
Domingo – o iniciado é levado à cachoeira:
Segunda-feira
– obrigações para o povo de exú e almas e recolhimento à camarinha do
iniciado a coroa maior (Babalaorixá ou Ialorixá);
Terça-feira – realização dos preceitos do iniciado à coroa maior e recolhimento à camarinha ao iniciado a Pai (Mãe) Pequenos:
Quarta-feira
– obrigação aos orixás, coroação dos iniciados recolhidos e
recolhimento do iniciados a Oborí. Estes últimos são recolhidos no
recinto do terreiro e não no recinto denominado camarinha;
Quinta-feira – realização dos preceitos dos iniciados a Oborí;
Sexta-feira
– obrigação das comidas de santo e obori (dar de comida à cabeça) de
todos os filhos recolhidos. Caso haja neófitos na corrente é nesse dia
que são batizados;
Sábado – Saída de camarinha;
Domingo – Despacho das obrigações.
QUARESMA E AMACY
A
quaresma é um período em que os católicos se submetem a um recolhimento
espiritual simbolizado por diversas proibições e sacrifícios para
lembrar as tentações vividas por Jesus Cristo que culminaram com sua
crucificação na Sexta-feira santa. Inicia no carnaval e termina no
Sábado de Aleluia.
Também
no Almas e Angola considera-se esta uma época sagrada. Nesse período
orixás não dão incorporação nos médiuns. Somente os pretos-velhos e exús
podem dar incorporação. Em alguns terreiros admite-se a incorporação de
boiadeiros.
Como
os orixás não incorporam o momento é de vigília constante, introspecção
e uma ótima oportunidade para o médium refletir sobre tudo em sua vida
material e espiritual. Os pretos-velhos nos ensinam o poder da humildade
e os exús o poder da magia e a lei da ação e reação ou do choque de
retorno.
Na
Quinta-feira Santa realiza-se outro importante ritual dentro do Almas e
Angola. Nesse dia os filhos de santo vão à cachoeira, antes do sol
nascer, para colher ervas e água da fonte para preparação do amacy.
Também
é o dia da lavagem dos santos, quando os santos católicos que
representam os orixás são limpos e lavados com amacy. Após é a vez dos
filhos de santo lavar sua cabeça, que é feita pelo Pai de Santo com o
mesmo produto. As guias também são passadas no amacy neste dia.
A
Sexta-feira Santa é dia de recolhimento total do médium. Neste dia,
como em todas as sextas-feiras os filhos de santo iniciados não devem
comer carne de animais de sangue quente.
No Sábado de Aleluia acontece a Festa dos Orixás, pois é nesse dia que eles retornam dando incorporação nos seus filhos.
O
amacy é um conjunto de ervas ritualísticas e de fundamento religioso
com as bebidas devotadas aos orixás mais água da cachoeira e pemba
ralada. Cada orixá tem suas ervas sagradas.
O
amacy possui grande importância na Umbanda, pois é usado para
fortalecer a aura espiritual do médium, repondo as energias perdidas
durante o ano de caridade e trabalhos ritualísticos.
É
realizado, dentro do ritual Almas e Angola, sempre às Quintas-feiras
Santa de cada ano, quando as ervas são colhidas antes do sol nascer e
maceradas dentro do terreiro utilizando-se somente as mãos. Na
segunda-feira seguinte o amacy é coado e envazado em garrafões de vidro.
O restante das ervas, no CEUSCD, é utilizado para preparar um banho de
descarga chamado anti-fluído, quando essas ervas são misturadas com
álcool e sal grosso. Este banho de descarga só pode ser usado do pescoço
para baixo. Ainda assim as sobras das ervas do ano anterior são secas e
misturadas com as gomas de defumação (mirra, incensa, benjoim, breu)
mais aniz estrelado, alfazema e alecrim secos o que dá uma ótima
defumação.
OBRIGAÇÕES DO MAR E DA CACHOEIRA
Dois outros importantes rituais que todos os terreiros de Almas e Angola realizam são as obrigações de cachoeira e do mar.
A
obrigação da cachoeira é realizada num sábado ou domingo próximo ao dia
08 de Dezembro, dia consagrado a Oxum, quando o Pai de Santo se dirige
com seus filhos àquele local onde são realizados oferendas e obrigações a
todos os orixás em agradecimento por tudo o que receberam durante o ano
e para pedir forças espirituais para o ano que vai entrar.
Nesse
dia também são batizados os médiuns novos e é feita a confirmação dos
neófitos que foram batizados durante a camarinha daquele ano.
Alguns
terreiros estão preferindo realizar estes rituais de cachoeira no mês
de Janeiro, como o nosso, por força das circunstâncias. Ocorre que
devido ao grande número de terreiros que atualmente existem na região,
os locais próprios para esta prática ficam congestionados. Soma-se a
isso a vontade dos orixás desta casa que preferem a Festa da Oxum dentro
do terreiro e a Festa de Oxóce na mata.
A
obrigação do mar consiste numa sessão de orixá e exú na beira do mar,
igualmente com a finalidade de buscar forças energéticas e agradecer as
dádivas alcançadas durante o ano. Pedidos são feitos à Iemanjá, Rainha
do Mar e colocados num barquinho de tamanho variado todo enfeitado com
flores, velas, perfumes e tudo o que os orixás das águas gostam. Este
barco é solto nas águas ao som dos atabaques acompanhados de fogos de
artifício, palmas e grande emoção dos médiuns e assistentes.
O
dia para se realizar esta obrigação é 31 de dezembro, à meia-noite,
porém muitos terreiros já estão adotando outra data para tal. É o dia
consagrado à Iemanjá, dois de fevereiro. Ambos são ritualisticamente
aceitos.
ORIXÁS CULTUADOS
Ogum
Oxum
Xangô
Obaluaiê
Iemanjá
Iansã
Nanã
Oxossi
Ibeji
Exú
Fonte: CEUSCD
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