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Fecha teus olhos,abre tua mente e teu coração para a Verdade ...,porque

Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência







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terça-feira, 9 de julho de 2013

NÃO JULGAR

 

Publicado por celestiais em 11/11/2009
Não julgueis para não serdes julgados… (MT 7,1). Se te sugerisse, agora, cidade que meditas, a que dissesses alguma das coisas que mais fazes na vida… que é que dirias? Muita coisa, poderias dizer, com certeza. E com certeza estas muitas coisas, estaria o julgar. Por que? Por que uma das coisas que mais fazes é julgar? E não somente tu… mas todas as pessoas? Quem quer que seja… Por que? Exatamente por ser pessoa. Por ter inteligência. A pessoa foi criada por Deus, a sua imagem e semelhança. E julgar é uma das atividades próprias do ser inteligente. Dotado de razão. Aqui porém, surge uma pergunta. Como é então, que no evangelho, no sermão da montanha, Jesus, a verdade e a vida, como é que Ele diz, de maneira taxativa: não julgueis!?… Esta exigência não implica em abdicar do que exige a natureza humana? Não seria uma exigência desumanizadora? Atentatória da dignidade do ser racional? Medita, cidade! Não é bem assim… É que há julgar e julgar. Aliás, no mandamento de Jesus não está simplesmente: não julgueis! O que disse Jesus é muito mais preciso. Não julgueis para não serdes julgados – percebes a diferença? Pelo menos percebes que há uma diferença? É como se alguém te dissesse: não comas para a comida não fazer-te mal. O sentido não é, obviamente, que não deverias comer nada. O sentido é que não deverias comer o que te fizesse mal. Não é clara a diferença? Podes ilustrá-la ainda mais, com inúmeros outros exemplos. Não julgueis para não serdes julgados! O sentido deste preceito de Jesus é que não deves julgar “mal” os outros. Quer dizer, julgá-los sem razões que fundamentem teu julgamento. E, mais ainda: julgar mal é condenar sem motivos suficientes. O mais inaceitável é quando se trata de julgar as intenções dos outros. Neste caso, não há razões para arvorar-se em julgador. Ninguém tem o direito de julgar a consciência de quem quer que seja. Só se pode julgar o fato externo. A menos que o próprio interessado declare a própria intenção. Julgar mal é usar de duas medidas diferentes para julgar os outros e julgar a si. O próprio Jesus esclareceu o sentido de seu mandamento: Não julgueis para não serdes julgados! Explicando: porque com o juízo com que julgardes, sereis julgados e com a medida com que medirdes, vos será medido. E acrescenta: por que vês o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que tens no olho? Ou, como poderá dizer a teu irmão: deixa-me tirar o cisco do teu olho, enquanto tu tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira, primeiro a trave do teu olho e, então, verás bem, para tirar o cisco do olho do teu irmão. Não julgueis para não serdes julgados! Quer dizer: ninguém deve arvorar-se em considerar-se melhor que o outro. Quem quer que o outro seja. Mesmo que as aparências convidem para isso. Quem vê o exterior não vê o que está por dentro. Não nos vê, necessariamente. Ou, como a fórmula popular: quem vê cara, não vê coração. Não julgueis para não serdes julgados! O sentido é este: Não condeneis a ninguém – no foro da consciência dele. A consciência de cada qual é inviolável. É a última instância de decisão ética. É claro que no campo da vida externa, a coisa é outra. É bem diferente. No âmbito, porém, da consciência, só Deus é quem julga, além do próprio envolvido. Tira as consequências, cidade! Para as tuas atitudes. Para a tua vida concreta. Medita, cidade!!! (Pe. Raimundo José – 1978)

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