Numa entrevista, realizada há alguns anos, o escritor espírita
Lamartine Palhano Jr. explica os tipos de transe mediúnico de acordo
com a doutrina espírita.
O que é realmente o transe?
Quero lembrar que Allan Kardec perguntou aos espíritos se os médiuns,
na hora das manifestações, permaneciam num estado especial. Os
espíritos responderam que estavam numa espécie de "crise", tanto que
isto gerou o termo "crisíaco". Mas naquele tempo, a psicologia ainda
não usava o termo "transe", que é uma corruptela de uma situação
"transacional", que passa de um estado para outro, no caso, de um
estado mental. Hoje se sabe que o que se chama "transe" é um estado
alterado da consciência, onde há dissociação psíquica, que pode ser
superficial (consciente) hipnogógico (semiconsciente) e profundo
(inconsciente). O transe é anômalo porque ele é ocasional. Neste caso,
não podemos, por exemplo, classificar o estado de sono porque é uma
situação normal.
O transe está sempre presente em todas as manifestações mediúnicas?
Como eu disse, a mediunidade é um tipo de transe, por isso devemos
compreender os outros tipos de transe para definir o que é realmente
mediunidade. A emancipação da alma, ou projeção astral, não
considerada como caráter mediúnico, mas como capacidade inerente do
ser.
Poderia esta ser considerado uma forma de transe?
Evidente. É um transe anímico, no qual o espírito do próprio tem essa
liberdade de emancipar-se, numa espécie de dissociação psíquica já
referida. Veja o capítulo de O Livro dos Espíritos chamado
"Emancipacão da Alma".
alta de treino e de orientação para o "transe canalizado", que tenho
estudado de modo cansativo nos últimos tempos. A primeira publicação
que fiz a respeito está no capítulo 11 do livro Transe e Mediunidade,
Editora Lachâtre. Sem esse treinamento, os médiuns permanecem com seus
canais psíquicos abertos à revelia, recebendo todos os tipos de
freqüências mentais.
Quais os procedimentos corretos quando uma pessoa, não espírita e não
estudiosa, entra em transe, debatendo-se e dizendo coisas desconexas?
Por isso eu estou insistindo em que o espírita aprenda sobre o
"transe", porque um tipo de situação dessa pode ser um "transe
patológico" (esquizofrênico, psicótico, efeitos de drogas, obsessivo
etc. ). E para ajudar melhor, o espírita deve reconhecer o transe e
tomar as providências cabíveis, junto ao socorro médico ou aos
recursos espíritas, como a ordem moral de afastamento dos espíritos,
passe, irradiação etc.
Existe uma forma para se identificar a mediunidade intuitiva?
No livro Transe e Mediunidade tem essa explicação. No caso da
intuição, ela vem inteira, direta e muitas vezes seguida do nome do
espírito que está intuindo, o que se transforma em ação imediata. A
observação constante do fenômeno dará segurança ao médium intuitivo e
também, outros médiuns próximos podem confirmar o sentimento recebido.
Uma outra coisa importante para se observar é o resultado positivo
provocado pela ação nascida da intuição. A intuição é a primeira
variedade mediúnica surgida na humanidade. Veja o livro Evolução em
Dois Mundos, de Chico Xavier (espírito André Luiz).
Quais são os tipos de transe e qual a sua origem?
Segundo a conceituação espírita, o transe tem origem endógena e exógena.
Poderia nos explicar?
Os tipos básicos de transe são:
1) PATOLÓGICOS. Ex: delírio febril, coma, trauma craniano, psicose,
depressão, esquizofrenia, epilepsia etc.
2) FARMACÓGENOS: provocados por drogas e medicamentos como
tranqüilizantes, calmantes, anfetaminas e ecstasy, cocaína, heroína,
crack, álcool, fumo etc.
3) ANÍMICO: Quando o indivíduo é capaz de emancipar-se por si mesmo,
por sua vontade, ou não, naturalmente ou sob estímulo. Veja pergunta
número 420 de O Livro dos Espíritos.
4) TRASE PROVOCADO: a) hipnose auto ou hetero; b) mediúnico, provocado
por espíritos bons ou maus; c) farmacógenos (já citado).
Esses são os tipos básicos. Endógenos são os provocados por
distúrbios patológicos neuro-anímicos, por liberação ou inibição de
neurotransmissores; os exógenos, transes provocados mediante estímulos
externos. Supondo que um médium cobre por seus trabalhos espirituais. Poderia
essa mediunidade ser autêntica e eficaz?
A mediunidade não é propriedade dos espíritas, tanto quanto os poderes
psíquicos de cada um. O problema de não cobrar por ação mediúnica foi
uma recomendação dos espíritos a Allan Kardec, baseados em que os
poderes mediúnicos são movimentações dos espíritos e, por isso, os
médiuns não deviam cobrar, porque receberam o dom nesta vida. No
entanto, é uma questão cultural. Nos Estados Unidos, por exemplo, o
médium que não cobra é tido como feiticeiro.
.Não significa má influência. Significa perda. Algumas pessoas se
condicionam a determinados estímulos, mediante os quais começam a
bocejar. Entretanto, não pode ser descartada uma ação obsessiva. Cabe
ao presidente, através de outros médiuns presentes, fazer uma
"varredura psíquica" no indivíduo que está apresentando esses
sintomas, e descobrir as causas. Meu procedimento é esse. O Livro dos
Médiuns nos diz que quando um médium não age corretamente, os
espíritos acabam por abandoná-lo, ficando este sem a sua mediunidade.
Por que então vemos médiuns trabalhando para espíritos perturbados sem
perderem a faculdade mediúnica?
Não devemos entender as coisas ao pé-da-letra. Os espíritos superiores
não são maus para abandonar seus protegidos. O que acontece é que os
médiuns, com as suas atitudes estranhas e inadequadas, diminuem o
tônus vibracional, não permitindo a facilidade da ação superior. Os
espíritos protetores respeitam essa atitude por causa do livre-
arbítrio, e não significa propriamente que o médium "perde a
mediunidade", porque o seu corpo hereditariamente tem a possibilidade
do transe mediúnico. Duas coisas podem acontecer: os médiuns se
sintonizam com os planos inferiores e continuam médiuns, ou os seus
guias, considerando as energias compensadas do bem já realizado pelo
médium, o protegem de modo especial para que não seja "pasto" para os
"vampiros espirituais", de forma que, aparentemente, "perdem a mediunidade".
.
No caso, se um médium clarividente vier a perder seu dom, por atos
assim, poderia ele voltar a ver caso se modificasse vibracionalmente?
Ele teria que ganhar a confiança de seus protetores novamente. É
preciso entender que médium não é médium de uma mediunidade só. Cada
médium possui em si mesmo uma dinâmica psíquica que pode alcançar diversos níveis de variedades mediúnicas, e isso é bem observado quando se atenta para o fato. A clarividência é apenas uma variedade, mas se ele diz ou se dizem para ele sempre que ele é um clarividente, ele bloqueia as outras possibilidades que tem. Tenho prova disso em meus experimentos no CIPES.
Em um dos seus livros, você coloca que o transe tem vários graus. Como
poderia nos explicar isso?
Tem vários graus e várias intensidades. As intensidades, eu comentei no início: superficial, hipnogógico e profundo.
Os graus, nós temos: intuitivo, semimecânico e mecânico.
Esses graus referem-se aos transes motores. Ex: psicofonia, psicografia e psicopraxia (ação psíquica).
Com relação aos transes psico-sensoriais, nós temos desde o pressentimento, Criptestesia, premonição, clariaudiência, clarividência, olfativos e psicometros.
A psicometria pode ser enquadrada como fenômeno mediúnico ou anímico?
É uma possibilidade anímica, podendo ser secundada por espíritos.
No atendimento fraterno existe a manifestação mediúnica?
Se no atendimento fraterno existe o passe e a água fluidificada, naturalmente vai existir liberarão de ectoptasma num transe de natureza biológica, além da psíquica. Se no passe se está transmitindo energias psíquicas, o passista, mesmo que esteja consciente de tudo, está em transe superficial, e, como não poderia deixar de ser, o
paciente que está sendo magnetizado também está em transe leve. Pergunte ao paciente o que ele sentiu no momento, e ele vai dizer o que sentiu. Se o passista, no momento do passe, perceber a natureza dos problemas do paciente, o que há de ser feito, ele está em transe, que pode ser anímico ou mediúnico. O mais provável é que seja anímico (energias corporais), com auxílio das energias espirituais.
SEGUE
Veja maiores informações na obra de André Luiz.
O transe tem várias origens, podendo apresentar combinações diversas na forma. Que formas são essas? E como podemos caracterizá-las?
Como foi dito, há vários tipos de transe. Por exemplo, a origem de um transe patológico, como no caso do delírio febril é uma febre; no caso de esquizofrenia, é a depleção das dopaminas; no caso das depressões, são os problemas com Serotoninas, se consideramos o problema como de origem orgânica. Se for um problema de ordem espiritual, temos que considerar a origem como uma incompetência de viver e uma revolta íntima (conforme Jung).
Então, cada tipo de transe pode ter diversas origens. Não há espaço
aqui para definir as origens de cada tipo de transe."Mediunidade" é igual a "medianimico"?
Mediunidade foi o termo utilizado por Kardec, que também se utilizou do termo "mediaminique". Aksakof utilizou o termo "anímico" (de "anima", alma). Como a mediunidade vem atrelada às possibilidades anímicas do médium, o termo mais completo para a definição seria "medianímico". Mas o termo "mediunidade" já está consagrado.
Deixe-nos uma mensagem final.
Gostaria de lembrar que o espírito humano não está preso no corpo como se estivesse dentro de uma caixa. Ele irradia por todos os lados, podendo receber e emitir irradiações mentais (pensamentos) de níveis diferentes, adotando aqueles pensamentos que lhe são mais afins. Então, somos potencialmente médiuns, e se não temos a devida vigilância mental, corremos o risco de estarmos vivendo o pensamento de outrem, e não o nosso próprio. Daí, o conselho básico de Santo
Agostinho, na pergunta 919 de 0 Livro dos Espíritos sobre a questão do "conhece-te a ti mesmo". Só podemos dizer se somos ou não médiuns se os efeitos da nossa ação psíquica forem ostensivos ou sob observação experimental.
SEGUE >>>>>>>
Com relação ao transe mediúnico em si, é preciso exercitar as possibilidades que vão se apresentando e não decidir qual mediunidade que queremos ter, pois então corremos o risco de bloquear os gérmens das nossas possibilidades medianímicas latentes. O conselho dos espíritos é que essas forças devem ser desenvolvidas acompanhadas de renovação moral, para que possamos vencer as forças inferiores que nos cercam neste mundo de expiação e provas.
*****************
Espero que apreciem e tirem o máximo de aprendizagem do que foi explicado.
Lamartine Palhano Jr. explica os tipos de transe mediúnico de acordo
com a doutrina espírita.
O que é realmente o transe?
Quero lembrar que Allan Kardec perguntou aos espíritos se os médiuns,
na hora das manifestações, permaneciam num estado especial. Os
espíritos responderam que estavam numa espécie de "crise", tanto que
isto gerou o termo "crisíaco". Mas naquele tempo, a psicologia ainda
não usava o termo "transe", que é uma corruptela de uma situação
"transacional", que passa de um estado para outro, no caso, de um
estado mental. Hoje se sabe que o que se chama "transe" é um estado
alterado da consciência, onde há dissociação psíquica, que pode ser
superficial (consciente) hipnogógico (semiconsciente) e profundo
(inconsciente). O transe é anômalo porque ele é ocasional. Neste caso,
não podemos, por exemplo, classificar o estado de sono porque é uma
situação normal.
O transe está sempre presente em todas as manifestações mediúnicas?
Como eu disse, a mediunidade é um tipo de transe, por isso devemos
compreender os outros tipos de transe para definir o que é realmente
mediunidade. A emancipação da alma, ou projeção astral, não
considerada como caráter mediúnico, mas como capacidade inerente do
ser.
Poderia esta ser considerado uma forma de transe?
Evidente. É um transe anímico, no qual o espírito do próprio tem essa
liberdade de emancipar-se, numa espécie de dissociação psíquica já
referida. Veja o capítulo de O Livro dos Espíritos chamado
"Emancipacão da Alma".
alta de treino e de orientação para o "transe canalizado", que tenho
estudado de modo cansativo nos últimos tempos. A primeira publicação
que fiz a respeito está no capítulo 11 do livro Transe e Mediunidade,
Editora Lachâtre. Sem esse treinamento, os médiuns permanecem com seus
canais psíquicos abertos à revelia, recebendo todos os tipos de
freqüências mentais.
Quais os procedimentos corretos quando uma pessoa, não espírita e não
estudiosa, entra em transe, debatendo-se e dizendo coisas desconexas?
Por isso eu estou insistindo em que o espírita aprenda sobre o
"transe", porque um tipo de situação dessa pode ser um "transe
patológico" (esquizofrênico, psicótico, efeitos de drogas, obsessivo
etc. ). E para ajudar melhor, o espírita deve reconhecer o transe e
tomar as providências cabíveis, junto ao socorro médico ou aos
recursos espíritas, como a ordem moral de afastamento dos espíritos,
passe, irradiação etc.
Existe uma forma para se identificar a mediunidade intuitiva?
No livro Transe e Mediunidade tem essa explicação. No caso da
intuição, ela vem inteira, direta e muitas vezes seguida do nome do
espírito que está intuindo, o que se transforma em ação imediata. A
observação constante do fenômeno dará segurança ao médium intuitivo e
também, outros médiuns próximos podem confirmar o sentimento recebido.
Uma outra coisa importante para se observar é o resultado positivo
provocado pela ação nascida da intuição. A intuição é a primeira
variedade mediúnica surgida na humanidade. Veja o livro Evolução em
Dois Mundos, de Chico Xavier (espírito André Luiz).
Quais são os tipos de transe e qual a sua origem?
Segundo a conceituação espírita, o transe tem origem endógena e exógena.
Poderia nos explicar?
Os tipos básicos de transe são:
1) PATOLÓGICOS. Ex: delírio febril, coma, trauma craniano, psicose,
depressão, esquizofrenia, epilepsia etc.
2) FARMACÓGENOS: provocados por drogas e medicamentos como
tranqüilizantes, calmantes, anfetaminas e ecstasy, cocaína, heroína,
crack, álcool, fumo etc.
3) ANÍMICO: Quando o indivíduo é capaz de emancipar-se por si mesmo,
por sua vontade, ou não, naturalmente ou sob estímulo. Veja pergunta
número 420 de O Livro dos Espíritos.
4) TRASE PROVOCADO: a) hipnose auto ou hetero; b) mediúnico, provocado
por espíritos bons ou maus; c) farmacógenos (já citado).
Esses são os tipos básicos. Endógenos são os provocados por
distúrbios patológicos neuro-anímicos, por liberação ou inibição de
neurotransmissores; os exógenos, transes provocados mediante estímulos
externos. Supondo que um médium cobre por seus trabalhos espirituais. Poderia
essa mediunidade ser autêntica e eficaz?
A mediunidade não é propriedade dos espíritas, tanto quanto os poderes
psíquicos de cada um. O problema de não cobrar por ação mediúnica foi
uma recomendação dos espíritos a Allan Kardec, baseados em que os
poderes mediúnicos são movimentações dos espíritos e, por isso, os
médiuns não deviam cobrar, porque receberam o dom nesta vida. No
entanto, é uma questão cultural. Nos Estados Unidos, por exemplo, o
médium que não cobra é tido como feiticeiro.
.Não significa má influência. Significa perda. Algumas pessoas se
condicionam a determinados estímulos, mediante os quais começam a
bocejar. Entretanto, não pode ser descartada uma ação obsessiva. Cabe
ao presidente, através de outros médiuns presentes, fazer uma
"varredura psíquica" no indivíduo que está apresentando esses
sintomas, e descobrir as causas. Meu procedimento é esse. O Livro dos
Médiuns nos diz que quando um médium não age corretamente, os
espíritos acabam por abandoná-lo, ficando este sem a sua mediunidade.
Por que então vemos médiuns trabalhando para espíritos perturbados sem
perderem a faculdade mediúnica?
Não devemos entender as coisas ao pé-da-letra. Os espíritos superiores
não são maus para abandonar seus protegidos. O que acontece é que os
médiuns, com as suas atitudes estranhas e inadequadas, diminuem o
tônus vibracional, não permitindo a facilidade da ação superior. Os
espíritos protetores respeitam essa atitude por causa do livre-
arbítrio, e não significa propriamente que o médium "perde a
mediunidade", porque o seu corpo hereditariamente tem a possibilidade
do transe mediúnico. Duas coisas podem acontecer: os médiuns se
sintonizam com os planos inferiores e continuam médiuns, ou os seus
guias, considerando as energias compensadas do bem já realizado pelo
médium, o protegem de modo especial para que não seja "pasto" para os
"vampiros espirituais", de forma que, aparentemente, "perdem a mediunidade".
.
No caso, se um médium clarividente vier a perder seu dom, por atos
assim, poderia ele voltar a ver caso se modificasse vibracionalmente?
Ele teria que ganhar a confiança de seus protetores novamente. É
preciso entender que médium não é médium de uma mediunidade só. Cada
médium possui em si mesmo uma dinâmica psíquica que pode alcançar diversos níveis de variedades mediúnicas, e isso é bem observado quando se atenta para o fato. A clarividência é apenas uma variedade, mas se ele diz ou se dizem para ele sempre que ele é um clarividente, ele bloqueia as outras possibilidades que tem. Tenho prova disso em meus experimentos no CIPES.
Em um dos seus livros, você coloca que o transe tem vários graus. Como
poderia nos explicar isso?
Tem vários graus e várias intensidades. As intensidades, eu comentei no início: superficial, hipnogógico e profundo.
Os graus, nós temos: intuitivo, semimecânico e mecânico.
Esses graus referem-se aos transes motores. Ex: psicofonia, psicografia e psicopraxia (ação psíquica).
Com relação aos transes psico-sensoriais, nós temos desde o pressentimento, Criptestesia, premonição, clariaudiência, clarividência, olfativos e psicometros.
A psicometria pode ser enquadrada como fenômeno mediúnico ou anímico?
É uma possibilidade anímica, podendo ser secundada por espíritos.
No atendimento fraterno existe a manifestação mediúnica?
Se no atendimento fraterno existe o passe e a água fluidificada, naturalmente vai existir liberarão de ectoptasma num transe de natureza biológica, além da psíquica. Se no passe se está transmitindo energias psíquicas, o passista, mesmo que esteja consciente de tudo, está em transe superficial, e, como não poderia deixar de ser, o
paciente que está sendo magnetizado também está em transe leve. Pergunte ao paciente o que ele sentiu no momento, e ele vai dizer o que sentiu. Se o passista, no momento do passe, perceber a natureza dos problemas do paciente, o que há de ser feito, ele está em transe, que pode ser anímico ou mediúnico. O mais provável é que seja anímico (energias corporais), com auxílio das energias espirituais.
SEGUE
Veja maiores informações na obra de André Luiz.
O transe tem várias origens, podendo apresentar combinações diversas na forma. Que formas são essas? E como podemos caracterizá-las?
Como foi dito, há vários tipos de transe. Por exemplo, a origem de um transe patológico, como no caso do delírio febril é uma febre; no caso de esquizofrenia, é a depleção das dopaminas; no caso das depressões, são os problemas com Serotoninas, se consideramos o problema como de origem orgânica. Se for um problema de ordem espiritual, temos que considerar a origem como uma incompetência de viver e uma revolta íntima (conforme Jung).
Então, cada tipo de transe pode ter diversas origens. Não há espaço
aqui para definir as origens de cada tipo de transe."Mediunidade" é igual a "medianimico"?
Mediunidade foi o termo utilizado por Kardec, que também se utilizou do termo "mediaminique". Aksakof utilizou o termo "anímico" (de "anima", alma). Como a mediunidade vem atrelada às possibilidades anímicas do médium, o termo mais completo para a definição seria "medianímico". Mas o termo "mediunidade" já está consagrado.
Deixe-nos uma mensagem final.
Gostaria de lembrar que o espírito humano não está preso no corpo como se estivesse dentro de uma caixa. Ele irradia por todos os lados, podendo receber e emitir irradiações mentais (pensamentos) de níveis diferentes, adotando aqueles pensamentos que lhe são mais afins. Então, somos potencialmente médiuns, e se não temos a devida vigilância mental, corremos o risco de estarmos vivendo o pensamento de outrem, e não o nosso próprio. Daí, o conselho básico de Santo
Agostinho, na pergunta 919 de 0 Livro dos Espíritos sobre a questão do "conhece-te a ti mesmo". Só podemos dizer se somos ou não médiuns se os efeitos da nossa ação psíquica forem ostensivos ou sob observação experimental.
SEGUE >>>>>>>
Com relação ao transe mediúnico em si, é preciso exercitar as possibilidades que vão se apresentando e não decidir qual mediunidade que queremos ter, pois então corremos o risco de bloquear os gérmens das nossas possibilidades medianímicas latentes. O conselho dos espíritos é que essas forças devem ser desenvolvidas acompanhadas de renovação moral, para que possamos vencer as forças inferiores que nos cercam neste mundo de expiação e provas.
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Espero que apreciem e tirem o máximo de aprendizagem do que foi explicado.
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