O Catimbó e a sua importância para a Umbanda!!!
O Catimbó e a sua importância para a Umbanda!!!
A
Umbanda, religião genuinamente brasileira, é um misto de
Cristianismo, Espiritismo, Catolicismo, culto aos orixás e
Catimbó. A Umbanda tem seu edifício solidificado nas bases principais do
evangelho cristão, e sua maior lei é Amar a Deus sobre todas as coisas e
o amar ao próximo como a si mesmo. A Umbanda é uma religião, espírita -
magista, trabalhando com os espíritos desencarnados, de diversas faixas
vibratórias, a Umbanda, tem seu catecismo em simbologias enigmáticas
(Pontos riscados, cantados, velas coloridas, etc.)
A Umbanda é
voltada para a prática da caridade (fora da caridade não há salvação),
tanto espiritual quanto material (Ajuda entre irmãos), propagando que o
respeito ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de
qualquer sociedade.
Hoje o culto do catimbó começa a ser
difundido numa rapidez tão grande, como no começo. O Catimbó, ainda hoje
cultuado nas terras do Norte e em algumas casas tradicionais de
Umbanda, tem significativa importância no processo de entendimento e
decodificação da Umbanda Brasileira.
Pajelança, Torés, Rituais de
Fogo entre outros, fazem parte desta linha de trabalhadores da Umbanda,
que erroneamente são confundidos com Exus ou com espíritos maléficos. O
ritual do Catimbó, ainda hoje pouco estudado mais muito difundido,
emprega a magia das fumaças dos cachimbos virados, dos toques dos
antigos atabaques, chocalhos e maracás. A presença desses mestres e
mestras é constante já há muito tempo, mais de forma errada e por se
apresentarem junto com os Exus, passaram a ter ser culto difundido de
forma errada. Trabalham em uma faixa de energia vibratória muito
parecida com a dos Exus, ou seja o preto começando a clarear para o
vermelho.
Daí a necessidade da incorporação nas giras de Exu.
Como o culto do Catimbó foi esquecido e eles precisavam trabalhar e
prestar a caridade, encontraram na gira de Exu a faixa vibratória
perfeita para realização dos trabalhos.
São entidades presentes
desde o começo da Umbanda, conhecendo todas as magias e feitiços. Não
tem compromisso com qualquer orixá ou entidade, respeitando somente a
força de uma árvore conhecida como Jurema. Segundo os mestres do
Catimbó, é da jurema que foi feito a cruz para crucificação de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Trabalham com fogo, fumaça, pontos de fogo,
caldeirões com feitiços, punhais e ossos. Trazem na sua origem os
sertões do nordeste onde a fome era predominante, e o sol maltratava a
todos.
Muitos foram vaqueiros, tocadores de boi e andarilhos
sempre a procura de alguma diversão ou amores com mulheres da vida
(algumas hoje também são grandes mestras do Catimbó). Hoje o culto do
catimbó, começa a tomar força novamente e algumas casas já dão suas
giras separadamente das giras de Exu. Suas bebidas vão desde a cachaça,
passando pelas cervejas e chegando até os misturados das terras do
norte, tipo Aluá.. Não são assentados e tem por obrigação a sua casa na
entrada dos barracões. São cultuados junto com as almas das
segundas-feiras, recebem suas oferendas em portas de bar e em subidas de
morro. Tem predileção pelo peixe frito e pelos petiscos em geral. Suas
guias são de preto, vermelho e branco. Se vestem com roupas claras e
alguns com roupas típicas das regiões onde viveram.
A UMBANDA DE ZÉ PELINTRA
Fica difícil falar em Catimbó sem citar o mais conhecido de todos os malandros e chefe dessa magnífica falange, Seu Zé Pelintra.
Tem
sua importância hoje difundida ao ponto de ser sinônimo de catimbó e de
culto da Jurema. Ogã de Xangô e morto pelas costas pelo amor de uma
velha malandra, hoje Zé Pelintra é difundido e falado em toda as linhas
do santo, como grande malandro e boêmio.
Grande mestre do
Catimbó, comanda a falange dos mestres e mestras juremeiras e no plano
espiritual continua ensinando e difundindo o culto.
Dentre os
Mestres e Mestras mais conhecidas, podemos citar Zé pelintra, Mestre
Junqueiro, Mestre Chico, Mestre Antônio, Mestre Bira, Carioquinha,
Mestra Maria Tereza, Mestra Maria da Luz, Mestra Josefa de Alagoas entre
outras. Hoje a saudação usada pala louvar os mestres do Catimbó é A
COSTA!!!
A UMBANDA DE SEU MARTIM PESCADOR
São
também grandes Mestres da jurema e possuidores de um grande ensinamento.
São em geral marinheiros, marujos, navegadores e pescadores que na
maioria tiveram seu desencarne nas águas profundas do mar. São
comandados e chefiados pelo Mestre Martim, grande catimbozeiro e que
trabalha com as energias das águas do mar.
Em comum não são
possuidores de giras próprias e se fazem presentes nas giras do Catimbó.
Em algumas regiões são conhecidos como baianos ou marujeiros. Quase
sempre se apresentam bêbados, e tem em suas danças o balanço das ondas
do mar. Suas cores são o branco e azul, vem quase sempre vestidos de
marujos, tem no peixe o seu símbolo máximo, comem todos os tipos de
frutos do mar e bebem também a cerveja e a cachaça. Sua saudação é
TRUNFÊ, TRUNFÁ TRUNFÁ REÁ, A COSTA MARUJADA!!!
Axé a todos
Emidio de Ogum
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