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segunda-feira, 1 de julho de 2013

DEUS INTERCEDE POR CADA UM DE NÓS?

 

Brennand de Sousa Bandeira
Questão que já rendeu verdadeiros tratados teológicos entre os doutores cristãos e que cada um de nós fazemos a nós mesmos sempre que nos escapole nossa tacanha fé.
As grandes doutrinas religiosas orientais, sobretudo as criacionistas – judaísmo, cristianismo e islamismo – são defensoras da providência direta de Deus sobre seus filhos. Assim sendo, Deus toma parte Ele próprio, na epopéia evolutiva humana ao revelar-Se primeiramente para Abraão, depois constituindo um nação inteira – através do mediunato de Moisés – ao libertar do cativeiro material os hebreus e por último com o advento da Boa Nova trazida pelo seu dileto filho revelando-nos a imortalidade.
Para cristãos em geral como também para judeus e árabes, a ação de Deus se processa no tempo de forma linear, ou seja, há um começo de tudo (gênese), o presente, onde Deus age através de seus enviados (profetas) e quando tudo finalmente se consuma (o apocalipse). Deus inicia, Deus provê, Deus arremata.
Na concepção das grandes religiões panteístas tais como a hinduísta e sua decorrente evolução (a Budista), o mundo é incriado. Enquanto o hinduísmo com seus 300.000 deuses é panteísta no sentido literal da palavra, no Budismo o panteísmo é entendido no sentido mais profundo que a palavra enseja. Por não crer na entidade Deus, trata-se de uma religião herética que coloca o próprio homem como fulcro para se atingir a perfeição (Jesus já falava-nos que éramos Deuses ). O objetivo maior do monge budista é atingir a suprema iluminação ou Nirvana quando o ego se expande no todo universal passando a atingir a condição de Buda (o iluminado), fundindo-se com o Cosmo.
No espiritismo apesar das mensagens dos Espíritos Superiores terem sido provenientes das mais diversas culturas do mundo como afirmou Kardec, há claramente um vínculo genealógico com o tronco cultural judaico-cristão.Os espíritos codificados são em sua maioria católicos. Colocam nossa doutrina na condição de 3ª revelação (afirmação pouco política porque tende a ser exclusivista) e colocam a Jesus como o Espírito mais evoluído já passado por esse orbe.
Posteriormente, psicografias de Francisco Cândido Xavier, médium para nós acima de qualquer suspeita, colocam o Nazareno como dirigente espiritual máximo do planeta tendo sido inclusive o orientador dos demais espíritos que elaboraram o processo de formação da Terra.
Polêmica ou não essa visão ganha o reforço de Djalma Mota Argolo, no meu modesto entendimento, um dos pensadores espíritas mais atualizados e menos ortodoxos. Segundo Djalma (é apenas uma suposição sua), Deus somente criaria Espíritos. Sob esse ponto de vista tudo o mais é decorrente da evolução e hierarquização dos mesmos, inclusive a formação dos corpos astrais no imenso laboratório sideral defendida por Emmanuel. Ainda nas informações de Emmanuel, cada nação está entregue ao seu guia espiritual (a nação brasileira está a cargo de Ismael).
É com base nestas duas visões que se complementam (Djalma e Emmanuel) que a partir daqui lanço a minha teoria da intervenção divina baseada estritamente na lógica espírita destes dois conhecidos autores.
Se a Terra está sobre o comando espiritual de Jesus, então Marte, Vênus, Júpiter e cada um dos planetas do nosso sistema estelar deverão ter seus respectivos timoneiros espirituais que por sua vez seguiriam instruções daquele que rege o sistema solar que por sua vez estaria sob a direção daquele(s) que dirige(m) a constelação em que o Astro Rei está inserida e assim sucessivamente numa vertical hierárquica que tenderia ao infinito (Deus). Desdobrando ainda mais essa tese, digo que seria através do encadeamento dessa relação moralmente verticalizada entre os Espíritos que a ação de Deus se interpõe entre os encarnados.
Os influxos divinos que chegariam até nós seriam antes uma reação decorrente de nossa própria condição existencial, ou seja, é através do nosso existir que vamos agindo e automaticamente corporificando as conseqüências de Suas infalíveis Leis, tanto no plano moral como no material. Daí Paulo de Tarso afirmar que agimos em Deus. Quando defende que nenhum cabelo de nossa cabeça cai sem a anuência de Deus, o Apóstolo dos Gentios logicamente não estava se referindo a ação direta do Todo Poderoso (autorizando a queda do cabelo), e sim a um reflexo Dele através da ação de uma Lei material. Esta Lei, no caso específico, englobaria as leis da genética (responsável pela calvície) e a lei da gravidade (que ocasiona a precipitação do cabelo em si).
Os Espíritos atuariam como gestores distributivos da Justiça da Divina. São eles, no processo reencarnatório, que realmente planejam todo o programa de nossa próxima existência, examinando criteriosamente nosso arcabouço multi-existencial, estudando nossas mais profundas carências espirituais para depois esclarecer-nos, encorajar-nos, sugerir-nos ou até mesmo impelir-nos amorosamente quando tentamos não assumir aos compromissos de responsabilidades.
A ação das entidades espirituais à nossa volta, consolando-nos, instruindo-nos, orientando em nosso processo reencarnatório, controlando os fenômenos meteorológicos, elaborando a formação de corpos celestes, interferindo na evolução genética dos seres vivos, na materialização ectoplasmática, no transporte de objetos, regenerando-nos o perispírito (primeiro passo para afetuação dos processos de cura) e em muitas outras maravilhas, leva-me a crer que a intuição de Djalma Argolo tem muita consistência: Deus criaria somente Espíritos (princípios inteligentes). Estes tornando-se e tomando parte – através do longo processo evolutivo – do imenso laboratório Divino, vão manipulando e interagindo com as infinitas possibilidades energéticas emanadas do Criador Primeiro.
E para finalizar diria que esta visão Djalmiana/Emmanuelina está de acordo com os modernos conceitos da física quântica segundo a qual o pensamento humano interfere involuntariamente no objeto de estudo analisado, trocando em miúdos, a mente exerce influência sobre a matéria. Se isto é capaz de ocorrer entre nós, espíritos retardatários aprisionados ao corpo, imaginem as possibilidades que um Puro Espírito, livre de todas as injunções da matéria, teria sobre o seu objeto de ação! E que objeto de ação seria este? O Plasma Divino conhecido entre nós como fluido cósmico universal, a poção mágica de onde tudo o mais surge sob a tutela de Deus, exceto nós, claro, pois o Espírito é um capricho exclusivo da Inteligência Suprema.

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