ABRA SUA MENTE



Fecha teus olhos,abre tua mente e teu coração para a Verdade ...,porque

Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência







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sexta-feira, 5 de julho de 2013

OBARÁ...SENHOR DOS CAMINHOS

OBARÁ, SENHOR DOS CAMINHOS
Obará é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com seis conchas abertas pela natureza e dez fechadas. Nesta caída responde Oxosi, Xango e Logunede.
Significa que a pessoa é alegre, generosa, farta e tem o caminho de
prosperidade, desde que procure sempre buscar a positividade deste Odu.
Liderança e espiritualidade faz parte da sua vida. 
 OBARÁ






SIGNIFICADO

Riquezas, amor, paz, felicidade e tranquilidade.

LENDA          Existiam dezesseis irmãos na cidade de Ilê Ifé na Nigéria:

Okaran Xoxô, Eji Oko, Ogundá, Yorossun, Oshé, Obará, Ody, Eji-onilê, Ossá, Ofun,

Owarin Soobè, Eji-lashiborá, Eji-olobô, Iká, Ifalahé e Urunmilá Babá Ifá.

O mais pobre era Obara. Os irmãos se reuniram sem Obará saber e como
eles tinham negócios e eram ricos, todos os anos procuravam um Babalawô.
Chegaram   a casa do sacerdote e pediram para ele botar uma mesa, isto
é, para jogar búzios.            No primeiro lance de jogada o Babalawô
verificou a ausência de uma pessoa e disse:         – Está faltando uma
pessoa da família aqui, quem é? Eles se entreolharam e disseram:       
– É Obará, nosso irmão mais pobre, nós nunca procuramos ele para nada,
ele é            uma ovelha negra da nossa família. O sacerdote jogou e
tirou os ebós necessários para os quinze irmãos. Como na África os
babalawôs dão sempre um presente às pessoas que vão se consultar, o
sacerdote virou-se e disse, eu como no momento não tenho nada vou dar a
cada um uma abóbo ra,
para vocês levarem. Entregou as abóboras e eles se retiraram.       No
caminho uns com os outros comentavam que o Oluwô não tinha dado valor a
eles, dando a cada um uma abóbora, presente considerado insignificante e
gritavam só quem como isto é porco lá em casa. Um deles falou, como faz
muito tempo, vamos visitar o nosso irmão Obará, já é quase noite,
pernoitaremos na casa dele e ao amanhecer iremos todos embora.
Concordaram e o último disse e ao sairmos deixaremos essas abóboras para
Obará comer. Dito e certo, chegaram à casa de Obará à noitinha, bateram
na porta, quem foi atender a esposa de Obará. Os irmãos entraram e
saudaram Obará. Obará ficou satisfeito com a visita dos quinze irmãos e
perguntou o que era aquilo, eles se olharam entre si e disseram, fomos a
um Babalawô e ele disse que este ano você vai morrer, então como você é
nosso irmão, viemos nos despedir. Obará abanou a cabeça a mulher
começou a chorar com os filhos. Obará então disse:         – Como é
ritual quando se vai morrer oferecer-se um jantar, então vocês
           jantarão comigo. Os irmãos aproveitaram a oportunidade e
comeram tudo da casa de Obará no outro dia cedo se arrumaram, se
despediram e ao sair cada um deixou sua abóbora para Obará.       Aí
começou a chover, chovendo já a três dias a mulher de Obará disse – que
as caças tinham comido todas as carnes e que a carne seca já havia
acabado e até as frutas, enfim tudo. Então Obará lembrou-se das abóboras
e disse à mulher come- remos abóboras, vá busca-las, verificaram que na
primeira só tinha moedas de ouro, a segunda estava cheia de brilhantes,
a terceira só tinha pérolas e assim cada uma tinha uma riqueza dentro.

ENTÃO UMA VOZ GRITOU: – Não digas nada do que tens, senão voltarás ao que eras.
 Obará prosperou, prosperou, passados
meses os irmãos fizeram os ebós e nada resolveram. Então tiveram que
procurar um novo Babalwô, se reuniram e lá foram eles novamente.  O novo
sacerdote fez os preparativos e ao jogar os búzios disse:         –
Falta uma pessoa de sua família aqui, quem é? Eles responderam é Obará!
        – Vocês fizeram uns ebós e nada resolveram, vocês receberam cada
um grande presente e jogaram fora. Eles responderam, o outro sacerdote
nos deu a cada um abóbora. Então o Babalawô lhes disse:         – Vocês
deram a riqueza de vocês a este irmão. Neste momento, eles escutaram
toques e clarins e batidas de tambor na rua e o povo todo correndo e
gritando que vinha um Homem muito rico oferecer presentes ao Rei. Os
irmãos correram à janela, viram de longe um Homem todo de branco,
montado em um cavalo branco que de cem e cem metros mudava para outro
cavalo, os cavalos tinham os arreios todos em prata, um séquito de
escravos e soldados o acaompanhava eles então gritaram:
                                – É Obará nosso irmão.           O
sacerdote então jogou e gritou é a riqueza que estava nas abóboras. 
Eles se entreolharam, coçaram a cabeça e disseram, amanhã vamos lá tomar
o que é nosso. Então o sacerdote terminou o jogo e ofereceu uma moeda a
cada um dizendo que guardassem mas que aquele ano não seria bom para
eles.           Nem havia amanhecido o dia os irmãos estavam na porta do
palácio de Obará, que antes era uma casa de barro pequenina. O chefe da
guarda perguntou quem deveria anunciar. Voltando o chefe da guarda de
Obará trouxe o recado dele dizendo que não poderia atender pôr que
estava com visitas importantes e tinha vergonha de apresentá-los como
irmãos. Então eles gritavam que queriam as abóboras de volta. Obará da
sacada do palácio, respondeu para abrir o chiqueiro dos porcos e
devolver as abóboras que já estavam podres, e que os porcos já haviam
comido.
 ENTÃO A MESMA VOZ DISSE: -Obará não diga nada do que tens a ninguém, senão voltarás ao que eras.

Os irmãos gritavam que queriam as abóboras de volta, e Obará respondeu
que apodreceram. Pôr isso que, quem é deste Odu deverá dar comida a ele
dentro  de uma abóbora todo mês de junho na Lua cheia

Obará é o Odu pobre que se torna rico, se a pessoa falar no que tem, os
irmãos (os outros Odus) tomam tudo e a pessoa volta de duas a seis vezes
pior do que era. Pôr este motivo que as pessoas deste Odu usam o vintém
com a coroa para a frente e a cara para trás, para ninguém ver a cara
de Obará.

FILHOS

São pessoas calmas, que não gostam de ser traidas pois se tornam muito
vinga- tivas, não se importando com o quanto gaste para ver sua vingança
realizada. São generosas e bondosas com as pessoas que os cercam, não
são de muito falar e de contar seus problemas. Gostam de privacidade na
sua vida pessoal. Fazem amizades com facilidade e fazem de tudo para
preservá-las para sempre.

COR         – BRANCO, AZUL CLARO, VERDE E AMARELO FORÇA     – OURO,
VIDRO, AREIA E PEDRAS PRECIOSAS. SEXO       – MACHO LUA         – CHEIA

LEMBRETES
 
  1. Nunca deve ser despachado
  2. Ser assentado sempre que possível
  3. Toda vez que despachar qualquer Odu negativo de comida a Obará. Caso seja possível assente-o para a pessoa.
  4. Caso tenha casa de Santo. Deverá assentar o Eshu de Obará
  5. Os filhos de Obará e aqueles que tem assentado, devem chamá-lo em  voz alta todas as quarta-feiras de Lua cheia
  6. As moedas do assentamento deverão ficar com a coroa para cima.
  7. Os búzios ficarão com o lado aberto para cima
  8. Quanto mais Obará assentado em sua casa de Santo mais ashé ela terá.
  9. Caso tenha que assentar Eshu de
    Obará para um filho de Santo, faça com que o mesmo leve-o. Nunca tenha
    dois Eshu de Obara assentado dentro da sua casa.
  10. Não se deve assentar Oxosse e Logun sem assentar Obará.
  11. Os Omo-Odus de Obará são 16, o mais importante deles é Obaráshé, que é duplamente rico.
  12. Sempre que for pegar qualquer coisa para Obará (areia, bambu, água e etc) o faça na Lua cheia.
  13. Obedeça rigorosamente os ebós, não
    substitua nenhum dos itens pôr outros.     Ebós de Obará incompletos
    trás a miséria para aquele que o faz.
  14. Cuidado Obará somente come caça. Perdiz, preá, etc…
  15. O Eshu de Obará come frango e franga
    sempre o casal. Nunca corte somente um  bicho a este Eshu. Lembre-se
    miséria somente trás miséria.
  16. Assente este Eshu o menor possível, pois terá que levá-lo a rua.
  17. Este Eshu bem cuidado lhe trará muitos clientes e filhos.
  18. A reza para louvar Obará deve ser rezada sempre que for dar comida a este Odu.
  19. A reza do Odu Obará deverá ser feita
    sempre que você possa, ou seja o ideal é que a faça assim que acordar e
    sempre que achar necessário, além das quartas- feiras de Lua cheia.
 

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