ABRA SUA MENTE



Fecha teus olhos,abre tua mente e teu coração para a Verdade ...,porque

Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência







Seguidores

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MACUMBA

"O
que pensar desses anúncios vinculados em jornais ou panfletos
distribuídos nas ruas que prometem a solução de nossos problemas
amorosos, financeiros e de saúde? Eles funcionam mesmo? Trazem a solução
tão desejada?

O
primeiro (aspecto a ser analisado) refere-se ao desespero da pessoa que
necessita ou deseja a solução. O segundo é ver envolvido o nome da
Umbanda nessa questão.

Analisando
o primeiro aspecto, podemos desmembrá-lo também em duas vertentes. A
primeira diz respeito a compreensão da pessoa que por acreditar que seu
problema não seja de seu merecimento ou “culpa”, busca no externo a
solução do mesmo. Pessoas que buscam esse tipo de “atendimento” não têm
menor noção de espiritualidade, de merecimento, e não estão nem um pouco
preocupadas com as conseqüências que este tipo de envolvimento pode
trazer, pois as desconhecem. Por acreditarem que o seu problema é
conseqüência de ações de terceiros, desafiam o próprio Deus, dizendo-se
não merecedoras do que estão passando.

Dentro
de suas mentes obnubiladas pela dor e sofrimento, querem uma solução
rápida, mágica, que as façam verem-se livres e felizes.

segunda vertente diz respeito especificamente ao sentimento do
solicitante. Muitos pedem que “a pessoa amada volte”. Ora, sabemos que
quem ama realmente deseja somente o bem do ser amado, portanto não irá
fazer um pedido desta natureza. Outras pessoas pedem que “fulano” perca o
emprego, pois ele precisa trabalhar e o “fulano” está atrapalhando; ou
então pedem pelo desencarne de “beltrano”. Francamente!

Mas, esses “trabalhos” funcionam?

Certamente
que sim! Não para todos, mas para muitos ou alguns. Mas no fundo, no
fundo, é imprescindível que haja absoluta harmonia entre o solicitante, o
executante, a "vítima" e o astral inferior. Portanto obter o resultado
desejado apenas confirma a absoluta sintonia entre essas quatro coisas.

Mas quem executa esses trabalhos em nível astral?
Espíritos
que trabalham com forças trevosas, de baixo padrão vibratório e alta
densidade perispiritual. Espíritos altamente ligados à matéria, ao mundo
encarnado. Não são desprovidos de inteligência, muito pelo contrário,
são desprovidos de luz, de esclarecimentos da verdade eterna, de amor.
Espíritos que saudosos de seus tempos na terra ainda precisam se
alimentar, fumar, beber, urinar, defecar, sentem-se encarnados ainda,
sentem dor, prazer sexual, etc. E para satisfazerem as suas necessidades
fisiológicas e outras intenções maléficas, reúnem-se em torno de
encarnados que poderão, por similitude vibratória, atendê-los em seus
desejos e aspirações.

Muitos
se agregam aos médiuns que por sua invigilância, cedem lentamente a
essas aspirações. Eles são ardilosos, chegam a fazerem-se passar por
Exu, dando ao médium a impressão de estar sendo assistido pelo seu
próprio Exu. Por isso é tão importante que o médium estude sempre e
mantenha-se empenhado no caminho do bem e da caridade.

Dentro
de sua ousadia, esses obsessores envolvem o médium dando-lhe “poderes” e
sensações prazerosas em nível de terra. Atendem rapidamente as
necessidades mais mundanas do médium e se apresentam como
“solucionadores” de diversas questões. Mas ainda não é aí que começa a
cobrança. O médium empolgado desvia-se ainda mais, começa a procurar
lugares onde haja o mesmo tipo de afinidade vibratória, e tudo que
estudou recebe outra conotação. Começa a atender pessoas em casa e se
diz pai ou mãe no santo e a pedir, sugestionado pelos obsessores, os
elementos que irão satisfazer as necessidades deles, e não vê nada de
mal em cobrar também pelo trabalho que irá executar. Afinal ele também
tem as suas próprias necessidades (jóias, carro novo, casa, etc), mas
ter um emprego onde ganhe o seu sustento que é bom, nem pensar, pois não
teria tempo para se dedicar com afinco ao serviço ao astral inferior
(aliás uma das primeiras exigências dele).

A
pessoa que foi pedir, poderá ou não receber a “graça”, ou seja, a
solução tão desejada, mas certamente ela receberá algumas tantas
companhias que turvarão ainda mais sua mente já tão conturbada e
perturbada pela dor. Neste caso em especial, não receber a “graça” é que
é a verdadeira graça, pois pode ser um sinal de que a pessoa não está
tão envolvida assim com a espiritualidade inferior.

O
segundo aspecto desta questão é quando envolvem o sagrado nome da
Umbanda nestes trabalhos. A Umbanda não se presta a este tipo de coisa.
Quem assim o diz está desviado de seu caminho. A Umbanda trabalha
justamente para combater o astral inferior e não compactua com obsessor,
mas o orienta e doutrina, ao contrário também do que muitos pensam.
Portanto quem cobra por seus "serviços mediúnicos" e compactua com esses
pensamentos desviados, não é umbandista, porque a Umbanda é a prática
da caridade pela caridade, na busca da evolução.

No
embate contra o astral inferior a primeira linha que é utilizada pela
Umbanda é a linha de Exu e Pomba Gira, porque são as entidades
determinadas pelo Astral Superior para esse trabalho em função de suas
características vibratórias, sua enorme capacidade de manipulação
energética e seu profundo conhecimento das armadilhas do astral
inferior. Exu trabalha para ascender às hostes superiores, ou seja, para
um dia vir a ser um Caboclo ou Preto Velho, portanto jamais irá se
deixar seduzir por armadilhas que ele tão bem conhece. Além do mais, Exu
trabalha sob as ordens de espíritos superiores que são os enviados de
Orixá. Logo, por dedução simples e lógica não faz sentido a afirmação de
que Exu faz tanto o mal quanto o bem, que não sabe diferenciar um do
outro; isso significaria inocência, coisa que está longe de ser uma das
características de Exu; além de significar que Exu seria um idiota, e
não um espírito de luz, guardião e defensor.
 
Exu é passional?

Sim,
Exu é passional, mas não é bobo e muito menos violenta o livre arbítrio
de ninguém. Portanto, Exu não bate, não exige oferenda especial
nenhuma, utiliza sim os elementos oferendados (padé e bebida alcoólica),
única e exclusivamente para manipular as energias volatilizadas para a
consecução dos objetivos propostos pelo Astral Superior, e o mesmo não
propõe que o Exu beba através de seu médium, mas que manipule a essência
dos elementos oferendados em favor dos seus comandados, estes sim mais
apegados as necessidades terrenas.

Eis
o motivo de Exu ser tão mal compreendido. Eis o motivo da Umbanda ser
tão execrada. As pessoas leigas e os médiuns desprovidos de
esclarecimento e orientação, deixam-se levar por exemplos pouco
louváveis e acabam misturando as coisas.

O
tempo que alguns médiuns perdem em querer aprender “fuxicos”, oferendas
e agrados para os Orixás e etc, deveriam usar para elevarem o seu
próprio padrão vibratório e se tornarem dignos de se dizerem
umbandistas.

Mas
nada acontece por acaso, pois todas as vezes que a Umbanda é atacada
ela ressurge, tal qual fênix, das cinzas dos médiuns invigilantes,
através da força dos que realmente amam a Umbanda."



Por Mãe Iassan Ayporê Pery

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.