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Fecha teus olhos,abre tua mente e teu coração para a Verdade ...,porque

Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência







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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O BENZIMENTO

O Benzimento - por Douglas Fersan

O benzimento:
   A palavra benzer significa tornar "bento" (ou santo) e a prática do benzimento remonta às mais profundas raízes do povo brasileiro.  Próprio da miscigenação, o benzimento se mistura à própria história étnica do Brasil. Os índios já praticavam esse ritual, embora não recebesse esse nome e tivesse outros princípios, mas ligados ao xamanismo do que à prática que hoje se vê.  Ainda assim, usavam mantras e ervas a fim de espantar os males do corpo e da alma.
    Mais tarde, com a colonização e o advento da escravidão, foi a vez dos negros cativos contribuírem com sua sabedoria acerca da espiritualidade, entoando seus cantos e praticando os rituais que acabariam por se incorporar às tradições religiosas brasileiras.
   Também o europeu contribuiu para a disseminação dessa prática.  Era comum aos cristãos que aqui se instalaram entoar as ladainhas e as rezas a fim obter curas e solução dos problemas.
   Com o tempo, de forma natural, essas práticas se mesclaram e surgiram as benzedeiras, figuras clássicas da crença popular.  Cada qual segundo o próprio aprendizado, incorporou os elementos indígenas, negros e europeus e criou o seu próprio modo de benzer.  Geralmente com um galho de arruda ou outra erva (que nos remete às práticas indígenas), fazendo uma cruz frente o corpo do doente (gesto que remonta ao catolicismo), mãos brancas e negras ou mulatas levaram o alívio a muita gente que sofria.
   Nas regiões interioranas no Brasil, onde os benefícios da ciência chegavam tardiamente, as benzedeiras eram requisitadas antes dos médicos e, num passado não muito distante, ainda existiam (e ainda existem) pessoas que viajavam centenas de quilômetros para se consultar com uma benzedeira renomada.
   Por mais que a ciência avance e, com ela o ceticismo, ainda hoje observamos nos terreiros de Umbanda uma legião de pessoas que procuram uma entidade a fim de tomar um passe, uma outra faceta do benzimento.  Por mais que o homem avance no mundo da ciência, suas raízes ainda falam alto, principalmente nos momentos de dificuldade.  E assim vamos mantendo vivas as nossas raízes, crenças e tradições.
As mãos santas que antes benziam e curavam o quebranto, o bucho virado, a criança assustada, estão cada vez mais raras nos dias de hoje, mas marcaram a sua presença nas páginas da história brasileira.
Douglas Fersan

DESENCARNE COLETIVO


















Desencarne coletivo - por Douglas Fersan

   Fica muito difícil compreender situações em que ocorrem o desencarne coletivo. Como justificar uma tragédia onde tantas vidas são ceifadas e tantas famílias sofrem se cremos em um Deus piedoso e pleno de amor?
   Como espiritualistas não podemos esquecer é que todos temos débitos pretéritos e seu resgate não constitui necessariamente um castigo, mas sim uma oportunidade, um ensinamento para o nosso bem maior. Mas até que ponto podemos (ou devemos) justificar tudo como resgate? Obviamente é muito difícil em situações de comoção nacional, diante de uma tragédia, digerir essa forma de ver as coisas de maneira abnegada.  É compreensível a dor e até revolta dos que ficam, pois não reivindicamos a perfeição moral e espiritual, mas devemos ao menos nos espelhar nela, sem esquecer as fragilidades humanas.  Em outras palavras, para quem olha de fora a tragédia, é fácil falar em abnegação, mas até o mais espiritualizado dos homens chora a dor de perder um ente querido em uma situação como a ocorrida em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.  E ele tem direito a se revoltar, a ser humano e até imperfeito, caso contrário não estaria nessa Terra.
   Alguns dirão que não cai uma folha de uma árvore sem que Deus queira.  Eu respondo que acho tal frase extremamente dogmática e que foge à fé racional que tanto se apregoa.  Já espero que venha o apedrejamento, mas prefiro ele à fé cega e à faca amolada.
   Desencarnes coletivos acontecem periodicamente.  Não há muito tempo houve um tsunami, depois o terremoto no Haiti, além de outros fatos de menor repercussão, mas igualmente carregados de sofrimento, tanto pela forma como essas mortes ocorreram, mas também pela dor do que ficaram a chorar a perda dos que tanto amavam.  Apesar de respeitar profundamente as diferentes crenças, inclusive aqueles que buscam justificar essas situações em acontecimentos de vidas passadas, não acredito que seja o momento de cogitar as razões para isso.  Li em algum lugar que, coincidentemente, a tragédia em Santa Maria – RS aconteceu justamente no dia em que se fazia um movimento em memória às vítimas do holocausto.  Particularmente achei de mau gosto a insinuação.  Não acho que se trata do momento de julgar se as vítimas foram culpadas no passado.  Todos somos culpados, mas também somos todos inocentes, depende do prisma que se observa, e maniqueísmos servem apenas para limitar a nossa visão das coisas.
   Acredito num Deus pleno de amor e afeto pelos seus filhos e com razões que nossa compreensão (ou falta dela) seja tão minúscula que não nos permita entender determinadas situações - paremos um pouco de culpar Deus e ao passado pelo sofrimento de hoje. Mas também acredito que a mão do homem, sua irresponsabilidade calcada no livre arbítrio também dê rumo às coisas. E a fatalidade, seria algo completamente irreal?  Será que tudo se justifica no karma?  Então como surgiu o primeiro pecador, se ele não tinha karma a resgatar?  Não seria muito comodismo de nossa parte justificar todos os males do mundo com a teoria do resgate de erros pregressos?
   Não pretendo refutar essa teoria, mas também não quero usá-la para justificar tudo.  Especialmente não quero usá-la em momento inadequado para levantar hipóteses que venham a desrespeitar a memória dos que se foram e a dor dos que ficaram e sofrem.  Não nos cabe julgar.  Se o conceito de que todos carregamos culpas é correto, no momento nos cabe apenas prestar solidariedade sincera, pois talvez essa seja uma maneira de progredirmos enquanto seres espirituais. Vamos pedir aos espíritos consoladores que façam a sua parte de amparar os que se foram e também às famílias que hoje choram. Deixemos as hipóteses para quem tem tempo e imaginação para elas e os julgamentos para quem tem competência para isso.  Resignemo-nos e façamos a nossa parte, que aliás fazemos muito porcamente.
Douglas Fersan - 28/01/2013

TEMAS DIVERSOS SOBRE ESPIRITISMO

 
Como o Espiritismo interpreta a idéia de culpa - ou "pecado"- original?

R-"A Gênese", Capítulo I, item 38:

"Sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original não seria somente inconciliável com a justiça de Deus, que tornaria todos os homens responsáveis pela falta de um só, seria também um contra-senso, e tanto menos justificável quanto, segundo essa doutrina, a alma não existia na época a que se pretende fazer que a sua responsabilidade remonte." Portanto, vemos que o conceito trazido do Pecado Original, como foi por séculos interpretado por diversas denominações, é incompatível com o conhecimento racional de Deus e de suas Leis. Veremos, portanto, qual seria a interpretação de tal passagem. A primeira interpretação, que é uma interpretação individual, ou seja, nascida pela observação das próprias tendências, é dada no mesmo item, no prosseguimento. "Com a preexistência, o homem traz, ao renascer, o gérmen das suas imperfeições, dos defeitos de que se não corrigiu e que se traduzem pelos instintos naturais e pelos pendores para tal ou tal vício. É esse o seu verdadeiro pecado original, cujas conseqüências naturalmente sofre, mas com a diferença capital de que sofre a pena das suas próprias faltas, e não das de outrem. Além disso, temos uma interpretação, que é uma interpretação social, que teria sua origem nas Raças Adâmicas, e que também é trazida em "A Gênese": "(...) os Espíritos da raça adâmica, uma vez transplantados para a terra do exílio, não se despojaram instantaneamente do seu orgulho e de seus maus instintos; ainda por muito tempo conservaram as tendências que traziam, um resto da velha levedura. Ora, não é esse o pecado original?" Tais são, nas palavras do Sr. Allan Kardec, as interpretações e o posicionamento do Espiritismo perante a crença do Pecado Original.
 
 Qual relação há entre "culpa" e "consciência"? Aquele que comete um erro por ignorância pode ser considerado culpado?

R-"O Livro dos Espíritos", questão 994: O homem perverso, que não reconheceu suas faltas durante a vida, sempre as reconhece depois da morte?

"Sempre as reconhece e, então, mais sofre, porque sente em si todo o mal que praticou, ou de que foi voluntariamente causa. Os Espíritos nos dizem que o "crescimento intelectual precede o crescimento moral". Mas são categóricos em afirmar que entendem por "crescimento intelectual" e "distinção do certo e do errado". Podemos, então, seguramente afirmar que não constitui culpa de um Espírito aquilo que ele não tem condições de conceber certo ou errado. Em outras palavras, o Espírito "peca"por seu posicionamento mental. Se a atitude não foi conseqüência de um posicionamento mental deletério após compreendê-la, analisando-se, verá que nada há a se culpar, mas pode utilizá-la, no futuro, para seu aprendizado, pedindo a Deus que sempre o esclareça em tudo aquilo que sua ignorância não permitir penetrar, por hora, de modo que ela não seja instrumento de um eventual erro.
 
 
 
O que o Espiritismo entende a respeito do que é o Espírito de Verdade?

R-O Espírito de Verdade é um corpo de idéias trazidas para nós por iluminados missionários de Deus, sob a égide de Jesus Cristo. Não é uma única entidade como a igreja fez crer por longos anos (e ainda acredita até hoje), mas uma plêiade de Espíritos que trabalham em nome do Bem. O Espírito de Verdade e o Espírito Santo são a mesma coisa, ou seja, esse conjunto de idéias que move o mundo em direção à Verdade, à Justiça e à Paz.
Qual o papel do Espiritismo no mundo de regeneração?

R-O Espiritismo tem preponderante papel nesse processo. Deverá oferecer aos homens as ferramentas para a compreensão das leis de Deus. Ou seja, dar aos homens as condições de entendimento a fim de que possa promover a paz pessoal e coletiva. Os centros espíritas poderão ser estruturados de forma a ensinar a conduta cristã aos homens, que a absorverão com facilidade e rapidez. Serão, no mundo de regeneração, o que deveriam ser hoje, ou seja, núcleos equilibrados onde o homem possa abastecer-se da mensagem de Deus, sem os fanatismos, sem fantasias e idolatrias de vivos, próprios de mundos atrasados. Templo e escola, oferecendo os saberes humano e divino. O Espiritismo oferece um vasto horizonte de crescimento, explicando ao homem sua origem e a origem de seus males. Através da compreensão de seus princípios de reencarnação e da lei de causa de efeito, a humanidade poderá mudar seu ponto de vista e assim melhorar suas condições de vida terrena.
Encarnação nos diferentes mundos

Nossas diferentes existências corporais se passam todas na Terra?


R-Não, nem todas, mas em diferentes mundos. As que passamos na Terra não são nem as primeiras nem as últimas, embora sejam das mais materiais e mais distantes da perfeição.


A alma, a cada nova existência corporal, passa de um mundo para outro ou pode ter várias existências num mesmo globo?



R-Ela pode reviver diversas vezes num mesmo globo, se não for suficientemente avançada para passar a um mundo superior.
 
Desse modo, podemos reaparecer muitas vezes na Terra?

R- Certamente.

Podemos voltar à Terra após ter vivido em outros mundos?


Seguramente. Já vivestes em outros mundos além da Terra.
Pode-se, na vida atual, por efeito de uma conduta perfeita, superar todos os graus e tornar-se um Espírito puro sem passar por graus intermediários?

R- Não, porque o que para o homem parece perfeito está longe da perfeição. Existem qualidades que lhe são desconhecidas e que não pode compreender. Ele pode ser tão perfeito quanto comporte a perfeição de sua natureza terrestre, mas não é a perfeição absoluta. Da mesma forma que uma criança, por mais precoce que seja, tem que passar pela juventude antes de alcançar a idade madura; e um doente tem que passar pelo estado de convalescença antes de recuperar a saúde. Aliás, o Espírito deve avançar em ciência e moralidade; se progrediu apenas num deles, é preciso que progrida no outro, para atingir o alto da escala.
Porém, quanto mais o homem avança em sua vida presente, menos longas e difíceis serão as provas futuras. O homem pode, pelo menos, assegurar nesta vida uma existência futura menos cheia de amarguras?

R--Sim, sem dúvida, pode abreviar a extensão e reduzir as dificuldades do caminho. Só o negligente se encontra sempre na mesma situação.

A alma de um homem de bem pode, numa nova encarnação, animar o corpo de um perverso?

R-– Não. Ela não pode regredir.

ps- .. favor ler essa resposta do LE.. varias vzs.. pq ai esta intrinseco..qndo tanto ressaltamos q os espiritos ñ regridem..no maximo estagnam
..
 

Destinação das crianças após a morte
O Espírito de uma criança que desencarna em tenra idade poderá ser tão avançado quanto o de um adulto?

DESTINO DAS CRIANÇAS PÓS MORTE
O Espírito de uma criança que desencarna em tenra idade poderá ser tão avançado quanto o de um adulto


R-Algumas vezes é mais, porque pode ter vivido muito mais e ter mais experiência, principalmente se progrediu.


O Espírito de uma criança pode, então, ser mais avançado do que o de seu pai?

R- Isso é muito freqüente. Vós mesmos não vedes isso muitas vezes na Terra?


De uma criança que morre em tenra idade, e, portanto, não tendo praticado o mal, podemos supor que seu Espírito pertença aos graus superiores?
R- Se não fez o mal, não fez o bem, e Deus não a isenta das provações que deve passar. Seu grau de pureza não ocorre porque tenha animado o corpo de uma criança, mas pelo progresso que já realizou.


Por que a vida é muitas vezes interrompida na infância?
A duração da vida de uma criança pode ser, para o Espírito que nela está encarnado, o complemento de uma existência anterior interrompida antes do tempo. Sua morte é, muitas das ezes expiação para os pais.
 

AME O SEU PLANETA





QUERIDOS AMIGOS
SEMPRE QUE POSSÍVEL, REPASSEM  MENSAGENS SOBRE A PRESERVAÇÃO

DO MEIO AMBIENTE
MAIS DO QUE NUNCA, PRECISAMOS ESTAR ATENTOS

REFLITAM, PENSEM O QUE PODERÁ ACONTECER, SE NÃO CUIDARMOSAGORA DELE.

TEXTOS CIGANOS

                     

                   ORIGEM DO POVO CIGANO


Após grandes especulações sobre a origem deste povo,
a que mais se
enquadra, é que são de origem indiana ou egipcia.
A falta de elementos culturais típicos, que seria de origem egipcia .
Cae por terra , mas alguns ainda defendem esta origem., por algumas similaridades.
Acredita-se, mais que seja de origem indiana.
Todas as culturas, normlamente são descritas pela linguagem oral,
porém com os ciganos, encontra-se muita dificuldade,
por este povo ser nomade.

COMO ESTAS ENTIDADES ATUAM?
Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e “carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.

Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.
 
CIGANOS NA UMBANDA
Pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas". São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos. 
 
Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; Amor incondicional à proteção da natureza. Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade. Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda.
Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam. São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais. 
 
 
 
O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.

A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.
 
Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.

Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.

Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.

Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais.
 Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.

Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também. É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância.

Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro
 
 


É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.

Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.




Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.

Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel.
 




È importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.

Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.

Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.


Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.

Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.

É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua…”

Trecho extraído do livro “Rituais e Mistérios do Povo Cigano ”

A Força dos Ciganos de Luz
Os Ciganos de Luz conhecem as dificuldades, os conflitos e as dores
que inquietam o nosso espírito. Eles sabem da batalha que travamos
todos os dias em busca de paz e de misericórdia divina.
Avaliam nossas falhas sem nos julgar, sobretudo, compreendem que
o desfalecimento de nossas energias tem uma causa, e quando a sobrecarga,
o desânimo e o desalento querem nos vencer, Eles doam a energia necessária
para que sigamos em frente, sem murmúrios ou lamentos.
É no recolhimento interior e no expandir da aura que nos fortalecemos por meio Deles.
Nem sempre acalentamos os nossos sonhos, nem sempre nossas
expectativas são correspondidas, no entanto, os Ciganos de Luz vêm em
nosso auxílio como bálsamo sagrado, se não para sanar as profundas feridas enraizadas,
Eles surgem para apaziguar e acalentar nossos corações, muitas vezes incompreendidos
e mal tratados pelas pelejas do dia-a-dia. Certamente que Eles nos dão a força
e o equilíbrio para dias melhores quando solicitados, porém, a fé, cabe
a cada um de nós alimentá-la em nosso íntimo por todas as horas,
valorizando os pequenos milagres da vida.
O encanto, a magia, a música, a dança e o ecoar de seus instrumentos
estão dentro de nós, basta que saibamos entendê-los, acreditando
que o mundo invisível é tão concreto como o que vemos a olhos nus.
.

FALANDO AINDA SOBRE A PAZ COLETIVA

"O maior pecado contra nossos semelhantes não é odiá-los,
mas ser indiferente a eles: esta é a essência da desumanidade."
 (George Bernard Shaw) 


"Quando nossa consciência será tão carinhosa
que agiremos para evitar a miséria humana ao invés de vingá-la?"
(Eleanor Roosevelt) 
 
 
"Em um mundo onde existe uma riqueza de
informação, existe frequentemente uma pobreza de atenção."
(Ken Mehlman )  

"Não podemos buscar realização para nós mesmos e esquecer do progresso e prosperidade para nossa comunidade. Nossas ambições precisam ser amplas o suficiente para incluir as aspirações e necessidades dos outros, pelo bem deles e pelo nosso próprio." 
(Cesar Chavez)

SEMENTES DA PAZ

SEMENTES DE PAZ
 
As sementes de paz representam as doze orações pela paz feitas em Assis, Itália, no dia da Oração pela Paz Mundial durante o Ano Internacional da Paz das Nações Unidas, 1986. As orações foram levadas aos Estados Unidos e deixadas aos cuidados das crianças da Life Experience School. A distribuição das Sementes de Paz é um projeto para servir o mundo. As orações pertencem à humanidade.
                          
“Como a abelha que colhe o mel de diversas flores, a pessoa sábia aceita a essência das diversas escrituras e vê somente o bem em todas as religiões.”
Mahatma Gandhi
   

1. Oração Hindu pela Paz
Ó Deus, leva-nos do irreal para o real. Ó Deus, leva-nos da escuridão para a luz. Ó Deus, leva-nos da morte para a imortalidade.
Shanti, Shanti, Shanti a todos. Ó Senhor, Deus Todo Poderoso, que haja paz nas regiões celestiais. Que haja paz sobre a Terra. Que as águas sejam apacentadoras. Que as ervas sejam nutritivas, e que as árvores e plantas tragam paz a todos. Que todos os seres benéficos tragam-nos a paz. Que a Lei dos Vedas propague a paz por todo o mundo. Que todas as coisas sejam fonte de paz para nós. E que a Vossa paz possa trazer a paz a todos, e a mim também.
 
2. Oração Budista pela Paz
Que todos os seres, de todos os lugares, afligidos por sofrimentos do corpo e da mente sejam logo libertados de suas enfermidades. Que os temerosos deixem de ter medo e os agrilhoados sejam libertos. Que o impotente encontre força, e que os povos desejem a amizade uns dos outros. Que aqueles que se encontram no ermo sem caminhos e amedrontados  - as crianças, os velhos e os desprotegidos – sejam guiados por entes celestiais benéficos, e que rapidamente atinjam a condição de Buda.
 
3. Oração Jainista pela Paz
A Paz e o Amor Universal são a essência do Evangelho pregado por todos os Seres Iluminados. O Senhor disse que a  equanimidade é o Dharma. Perdôo a todas as criaturas e que todas as criaturas me perdoem. Por todos tenho amizade e por nenhuma criatura inimizade. Saiba que a violência é a causa raiz de todas as misérias do mundo. A violência é de fato o nó que aprisiona. “Não ofenda nenhum ser vivo”. Este é o caminho eterno, perene e inalterável da vida espiritual. Por mais poderosa que seja uma arma, ela sempre pode ser  sobrepujada por outra; mas nenhuma arma pode ser superior à não-violência e ao amor.
 
4. Oração Maometana pela Paz
Em nome de Allah, o benéfico, o misericordioso. Graças ao Senhor do Universo que nos criou e distribuiu em tribos e nações. Que possamos nos conhecer, sem nos desprezarmos uns aos outros. Se o inimigo se inclina para a paz, incline-se você também para a paz, e confia em Deus, pois o Senhor é aquele que ouve e conhece todas as coisas. E entre os servos de Deus, Cheios de Graça são aqueles que andam sobre a Terra em humildade, e quando nos dirigimos a eles dizemos “PAZ”.
 
5. Oração Sikh pela Paz
“Deus nos julga segundo nossas ações, não de acordo com o traje que nos cobre: a verdade  está acima de tudo, mas ainda mais alto está o viver em verdade. Saibam que atingimos a Deus quando amamos, e a única vitória que perdura é aquela que não deixa nenhum derrotado.”
 
6. Oração Bahai’ pela Paz
Seja generoso na prosperidade e grato na adversidade. Seja justo ao julgar e comedido ao falar. Seja uma luz para aqueles que caminham na escuridão, e um lar para o forasteiro. Seja os olhos para o cego e um guia para os errantes. Seja um sopro de vida para o corpo da humanidade, orvalho para o solo do coração dos homens, e seja a fruta da árvore da humildade.
 
7. Oração Shintoísta pela Paz
Embora as pessoas que vivem do outro lado do oceano que nos rodeia, eu creio, sejam todas nossos irmãos e irmãs, porque há sempre tribulação neste mundo? Porque os ventos e as ondas se levantam no oceano que nos circunda? Desejo de todo coração que o vento logo leve embora todas as nuvens que pairam sobre os picos das montanhas.
 
8. Oração dos Nativos Africanos pela Paz
Deus Todo Poderoso, Grande Polegar que ata todos os nós, Trovão que ruge e parte as   grandes árvores; Senhor que tudo vê lá de cima, que vê até as pegadas do antílope nas  rochas aqui na Terra, Vós sois aquele que não hesita em responder a nosso chamado.   Vós sois a pedra angular da Paz.
9. Oração dos Nativos Americanos pela Paz
Ó Grande Espírito de nossos Ancestrais, elevo meu cachimbo a Ti. Aos teus mensageiros, os quatro ventos, e à Mãe Terra, que alimenta seus filhos. Dê-nos a sabedoria para ensinar nossos filhos a amarem, respeitarem e serem gentis uns com os outros, para que possam crescer com idéias de paz. Que possamos aprender a partilhar as coisas boas que nos ofereces aqui na Terra.
 
10. Oração Parse pela Paz
Oramos a Deus para erradicar toda a miséria do mundo: que a compreensão triunfe sobre a ignorância, que a generosidade triunfe sobre a indiferença, que a confiança triunfe sobre o desprezo, e que a verdade triunfe sobre a falsidade.
 
11. Oração Judaica pela Paz
Vamos subir a montanha do Senhor, para que possamos trilhar os caminhos do Mais Alto. Vamos forjar arados de nossas espadas, e ganchos de poda com nossas lanças. Uma nação não levantará a espada contra outra nação – nem aprenderão a guerra novamente. E ninguém mais sentirá medo, pois isto falou o Senhor das Hostes.
 
12. Oração Cristã pela Paz
Benditos são os que fazem a paz, pois eles serão chamados Filhos de Deus. Pois eu lhes digo: ouçam e amem os seus inimigos, façam o bem aos que te odeiam, abençoem aqueles que te maldizem, orem pelos que te humilham. Aos que lhes batem no rosto, ofereçam a outra face, e aos que lhes tiram as vestes, ofereçam também a capa. Dêem aos que pedem, e aos que tomam seus bens, não os peça de volta. E façam aos outros aquilo que quiserem que os outros façam a vocês.

 

Orações pela Unidade da Humanidade

Meu Deus, a Quem venero e adoro! Atesto Tua Unidade – que és uno, e reconheço Tuas dádivas, tanto no passado como no presente. És o Todo- Generoso! As copiosas chuvas da Tua misericórdia têm caído de modo igual sobre grandes e humildes e os esplendores da Tua graça difundiram-se sobre obedientes e rebeldes.
Ó Deus de misericórdia, ante Cuja porta se curvou a quintessência da misericórdia e ao redor do santuário de Cuja Causa se revolveu a benevolência em seu mais íntimo espírito – nós Te suplicamos, implorando Tua graça antiga e pedindo Teu favor presente: tem compaixão de todos os que se manifestam no mundo dos seres e não lhes negues as emanações de Tua graça, em Teus dias.
Todos são apenas pobres e necessitados, e Tu, em verdade, és Quem tudo possui e sobre tudo predomina, o Onipotente! Bahá'u'lláh 





             

ORAÇÃO PELA HUMANIDADE

ORAÇÃO PELA HUMANIDADE
Redação do Momento Espírita 
  Deus, nosso Pai misericordioso e bom! Diante das sombras que se espalham sobre o nosso planeta, desejamos rogar a sua ajuda, como jamais o fizemos antes. Sabemos que o Senhor é onisciente e sabe tudo o que acontece neste minúsculo grão de areia que chamamos terra, mas desejamos externar a nossa singela oração. Senhor, muitos dos seus filhos se esqueceram que são filhos da luz e se obstinam em disseminar trevas por onde passam. Alguns homens perderam a fé na vida, perderam a fé no Senhor..., e se perderam... Outros pensam que a terra está à beira do caos e que o Senhor, que acende as estrelas e faz girar os astros, abandonou a humanidade terrestre. Compadeça-se das nossas misérias morais e abençoe-nos... Releve a nossa ignorância, tolere a nossa ingratidão e perdoe a nossa falta de fé. Esquecidos de que em essência somos luz, Senhor, permitimos que as sombras nos cubram a visão e nos infelicitem. Há tanta falta de luz no mundo, Senhor... Enquanto o amor se esgueira, tímido, a violência se mostra em plena luz do dia, sem disfarce... Até parece, Senhor, que muitos dos seus filhos enlouqueceram... Acreditando-se Senhores da terra e dos seus irmãos em humanidade... Há homens que esqueceram os verdadeiros valores do espírito e penhoram seu patrimônio moral em troca de dinheiro, como se o dinheiro fosse a única coisa que importa... Alguns até agem como se o dinheiro fosse seu único e poderoso Deus... Sabemos, Senhor, que o homem é o único ser capaz de reconhecer a sua soberania, mas às vezes dá a impressão de que os animais são mais dóceis e executam de maneira mais eficiente as tarefas que lhes cabem na sua obra. Senhor, por tudo isso queremos lhe rogar: ajude-nos a construir um mundo melhor, de onde a guerra seja banida de vez por todas... Um mundo onde o ser humano seja mais valorizado do que algumas notas de dinheiro... 

 Um mundo onde o ser humano seja mais importante do que um cargo, do que um pedaço de chão, do que um papelote de drogas, do que outro interesse qualquer. Eis a nossa rogativa, Senhor. Ajude-nos a enxergar um pouco além dos nossos próprios interesses para construir a paz tão almejada e tão pouco buscada de verdade... Ajude-nos a retirar dos olhos a venda da vaidade, que nos impede de enxergar as nossas deformidades morais e nossa pequenez diante da sua grandeza. Ajude-nos a romper essa concha de egoísmo que nos paralisa as mãos e nos impede de estender os braços para ajudar nossos irmãos. Ajude-nos a diluir essa máscara de prepotência para que possamos entender que nada somos sem o seu amor... Ajude-nos, Senhor, a elevar o olhar acima da própria estatura, para vislumbrar o horizonte e caminhar em sua direção. Ajude-nos a abrir mão da auto-piedade e lançar o olhar em redor... Descobrir nosso próximo e nos aproximar dele... Ensine-nos, Pai, a construir pontes de entendimento, a estreitar laços de amizade, a entender o semelhante, a amar... Ajude-nos, Senhor, a admitir a própria fragilidade... A livrar-nos da arrogância... A construir jardins... A espalhar perfume... A enxugar lágrimas... A caminhar com coragem... A acreditar na vida e no seu incondicional amor... A disseminar esperança... A sorrir sempre... A perdoar sem condições... E, por fim, Senhor, ajude-nos a voltar nosso olhar para as estrelas, mesmo que nossos pés ainda se achem encharcados de lama. Que assim possa ser, Senhor
 

LINDAS IMAGENS ESPÍRITAS

    




 





 












 




 








BEZERRA DE MENEZES

 FÉ É A ÚNICA CHAMA QUE NÃO SE APAGA NUNCA

Bezerra de Menezes





Diante de um jardim belo, coberto de roseiras perfumadas, o dono do jardim as espera florescer. Não pensa na quantidade enorme de espinhos que seu tronco possui, toma cuidado com eles, mas espera o florir das rosas. Quando uma única rosa brota, enfeitando toda aquela roseira cheia de espinhos, o dono do jardim olha, avidamente, outros que podem surgir, sabendo que serão rosas a enfeitar amanhã.
Nós trazemos cravados na alma muitos espinhos do ontem, mas somos rosas, na essência sublime de Deus; nós também vamos florir em alegria. Se essas alegrias são poucas e as dores são muitas, alegrias aconteceram em nossas vidas e alegrias acontecerão sempre. Mesmo que sejam momentos, dias, algum tempo, mas como as roseiras, o sorriso brota, a paz chega e nós nos transformamos num canteirinho de paz.
Mas, existe o tempo, às vezes longo, em que só permanecem espinhos, o vendaval da dor assola e as pétalas de nossas esperanças, de nossas alegrias, caem pelo chão. Mas, não devemos nos esquecer de que essas pétalas caídas serão adubo amanhã. Esse adubo precioso que mantém nosso espírito vivo, que mantém a roseira forte, que mantém a possibilidade de ela florir.
Nós trazemos muitos compromissos assumidos de vidas passadas, não podemos deixar que o desânimo, a tristeza, a desesperança nos domine. Porque só receberemos, realmente, um auxílio completo, à medida em que tivermos total confiança no alto. Aí sim, será possível Jesus nos estender as mãos e nós, desse amor imenso, desse grande médico de Deus que foi o mestre, recebermos a ajuda de que precisamos, lembrando de que toda a dor é cura para nossos corações, que toda separação é prognóstico de união, que todas as experiências são bênçãos preciosas que amealhamos no espírito.
Por isso, mantenham a chama da fé sempre acesa. A fé é a única chama que não se apaga nunca.



LUTAS
Bezerra de Menezes




Meus Filhos
Permaneça conosco a paz do Senhor!
Recrudescem as lutas. Os anunciados tempos de transição chegam e fragorosas batalhas são travadas.
É indispensável a aferição de valores que devem caracterizar os combatentes. Dificuldades e desafios apresentam-se no planeta em todas as áreas do conhecimento e do comportamento.
As estruturas mal construídas do passado esboroam-se ante o fragor das demolições incessantes. A árvore que não foi plantada pelo Bem é derrubada, e as casas edificadas sobre as areias movediças ruem desastrosamente.
Mas a obra do bem permanece suportando os vendavais, enfrentando todos os desafios.
Não nos preocupemos com esses momentos que nos chegam, estabelecendo entre as criaturas o desequilíbrio e estimulando à debandada. Os discípulos da verdade devem permanecer fiéis aos postulados que abraçam, vivenciando-os.
Não seja, pois, de estranhar, que a incompreensão sitie os nossos passos e obstáculos imprevistos apareçam pela senda que percorremos. Devemos contar com a consciência ilibada e nunca aguardar o aplauso da insensatez.
Nosso modelo é Jesus, para Quem não houve lugar no mundo.
O Codificador igualmente seguiu-Lhe as pegadas e soube arrostar as consequências do messianato a que se entregou, incorruptível e tranquilo.
Lamentamos que as maiores dificuldades sejam intestinas em nosso Movimento, mas compreendemos que as criaturas se demoram em diferentes patamares de consciências, possuindo a ótica própria para observação dos fatos e interpretação da mensagem. Já que não nos é lícito impor a proposta espírita libertadora, não nos preocupemos com as imposições que nos chegam.
Todos estamos informados dos fins dos tempos e o egrégio Codificador da Doutrina asseverou-nos que o mundo de provas e de expiações cederia lugar ao mundo de regeneração.
Através dos tempos se tem informado que essa modificação se dará por meio de fenómenos sísmicos dolorosos; através de lutas cruentas, em guerras intermináveis; mediante os conflitos humanos. No entanto, se observarmos a História, encontraremos todos esses acontecimentos assinalando períodos de transição.
A grande luta deste momento se travará no país da consciência de cada discípulo de Jesus. As convulsões serão de natureza interna. A batalha mais difícil será a da superação das más inclinações, administrando-as e direcionando-as para o Bem.
Por mais difíceis se nos apresentem as acusações, e por mais terrível seja a morbidez direcionada para impossibilitar-nos o avanço, mantenhamos a serenidade.
Que receio nos podem proporcionar aqueles que apenas falam contra nós?!
Atuando no bem e sabendo confiar no tempo, levaremos a mensagem de libertação da Doutrina Espírita às diferentes Nações da Terra, pulcra, conforme no-la legaram os Espíritos por intermédio de Allan Kardec e dos seus discípulos mais dedicados.
O movimento expande-se; nada pode deter a marcha da Doutrina Espírita, nem mesmo aqueles que, dizendo-se adeptos da palavra do Codificador, erguem-se para zurzir-nos com as expressões destrutivas, utilizando-se das armas da impiedade disfarçada de dedicação à Causa.
O servidor da verdade permanece-lhe fiel, não divulgando o mal, mas apresentando o bem; mesmo do erro tirando a melhor parte, aquela que serve de lição para não se voltar ao engano ou não se estabelecerem novos compromissos negativos.
Confiai, filhos dedicados!
 
Vossos passos na Terra devem deixar sinais que possam servir de roteiro para os que vierem depois.
O nosso compromisso é com Jesus, o Amor, e com Allan Kardec, a razão, para que a religião cósmica da verdade domine os corações humanos, restaurando no planeta a era da legítima fraternidade.
O Espiritismo vem desempenhando o papel para o qual foi codificado.
Não nos detenhamos na análise dos impedimentos, dos erros, mas examinemos a extensão dos benefícios que hoje conduzem milhões de vidas que se norteiam para o Bem.
Não guardemos qualquer ressentimento, nem nos deixemos entristecer ou entibiar, quando as forças parecerem diminuídas.
Não nos permitamos desanimar, porquanto o nosso é um trabalho pioneiro, a nossa é uma tarefa caracterizada pelo estoicismo.
Nossa jornada deve estar assinalada pelo amor, e é natural que ainda não haja lugar para ele entre muitos Espíritos que se encontram em níveis de evolução diferentes.
Avancemos unidos. O ideal de unificação vem do mundo espiritual para a Terra.
Se não formos capazes de discutir as nossas dificuldades idealistas em clima de paz, de fraternidade, de respeito mútuo, de dignificação dos indivíduos e das instituições, que mensagem podemos oferecer ao mundo e às criaturas estúrdias deste momento?!
Tem-se a medida do valor moral do homem pelas resistências que vive nas lutas que trava.
Os ideais tomam-se grandiosos pelo que provocam nos inimigos gratuitos do progresso.
A Doutrina Espírita, repitamos, é Jesus, meus filhos, em nova linguagem perfeitamente compatível com os arroubos da Ciência e os fatos demonstrados pela experimentação de laboratório, assim com pelas conquistas tecnológicas. Mas, a criatura humana, que é o laboratório da própria evolução, no seu encontro com Jesus através da fé racional, clara e nobre, é o campo onde o bem se instalará em definitivo, como célula do organismo social.
E dessa criatura transformada teremos a sociedade melhor que o Espiritismo deve construir.
Fiquem, no passado, todos os problemas-desafios.
Fiquem, no silêncio das nossas palavras e no verbo das nossas ações edificantes, os nossos propósitos de servir, confiando que a casa construída na rocha sobreviverá aos fatores externos que, aparentemente, a ameaçam, e o ideal sobrepairará conduzindo todos ao imenso fanal da plenitude.
Senhor de nossas vidas, prossegue conduzindo-nos!
Ovelhas tresmalhadas que somos do Teu rebanho, apieda-Te da nossa tibieza de caráter, da nossa fragilidade moral e conduze-nos com Tua paciência de Pastor multimilenário, que nos guarda pelas trilhas da evolução.
Despede-nos, Excelente Filho de Deus, enriquecidos de paz e de entusiasmo, na certeza de que nunca nos deixará a sós, mesmo quando, por qualquer circunstância, nos resolvamos afastar de Ti; concede-nos então uma outra oportunidade, permanecendo conosco por todo o tempo.
Que assim seja!
Muita paz, meus filhos.
Que o Senhor permaneça conosco, são os votos do servidor humílimo e fraternal de sempre.
Bezerra

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco
(Extraída do livro Bezerra Ontem e Hoje

Mensagem recebida por Shyrlene Soares Campos

LEON DENIS

O SILÊNCIO E A ARTE DE GERENCIAR A ALMA  

Leon Denis

"Deus nos fala por todas as vozes do Infinito.
E fala, não em uma Bíblia escrita há séculos, mas em uma bíblia que se escreve todos os dias, com esses caracteres majestosos que se chamam oceanos, montanhas, os astros do céu; por todas as harmonias doces e graves, que sobem do imo da Terra ou descem dos espaços etéreos.
Fala ainda no santuário do ser, nas horas de silêncio e de meditação.
Quando os ruídos discordantes da vida material se calam, então a voz interior, a grande voz, desperta e se faz ouvir".










A DOR


Léon Denis.


Tudo o que vive neste mundo, natureza, animal, homem, sofre e, todavia, o amor é a lei do Universo e por amor foi que Deus formou os seres. Contradição aparentemente horrível, problema angustioso, que perturbou tantos pensadores e os levou à dúvida e ao pessimismo.



O animal está sujeito à luta ardente pela vida. Entre as ervas do prado, as folhas e a ramaria dos bosques, nos ares, no seio das águas, por toda a parte desenrolam-se dramas ignorados. Em nossas cidades prossegue sem cessar a hecatombe de pobres animais inofensivos, sacrificados às nossas necessidades ou entregues nos laboratórios ao suplício da vivissecção*.




Quanto à Humanidade, sua história não é mais que um longo martirológio. Através dos tempos, por cima dos séculos, rola a triste melopéia dos sofrimentos humanos; o lamento dos desgraçados sobre com uma intensidade dilacerante, que tem a regularidade de uma vaga.




A dor segue todos os nossos passos; espreita-nos em todas as voltas do caminho. E, diante desta esfinge que o fita com seu olhar estranho, o homem faz a eterna pergunta: Por que existe a dor?


É, no que lhe concerne, uma punição, uma expiação, como o dizem alguns?


É a reparação do passado, o resgate das faltas cometidas?


Fundamentalmente considerada, a dor é uma lei de equilíbrio e educação. Sem dúvida, as falhas do passado recaem sobre nós com todo o seu peso e determinam as condições de nosso destino. O sofrimento não é, muitas vezes, mais do que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas; mas, sendo partilha de todos, deve ser considerado como necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condição do progresso. Todos os seres têm de, por sua vez, passar por ele. Sua ação é benfazeja para quem sabe compreendê-lo; mas, somente podem compreendê-lo aqueles que lhe sentiram os poderosos efeitos. É principalmente a esses, a todos aqueles que sofrem, têm sofrido ou são dignos de sofrer que dirijo estas páginas.


A dor e o prazer são as duas formas extremas da sensação. Para suprimir uma ou outra seria preciso suprimir a sensibilidade. São, pois, inseparáveis em princípio e ambos necessários à educação do ser, que, em sua evolução







deve experimentar todas as formas ilimitadas, tanto do prazer como da dor.


A dor física produz sensações; o sofrimento moral produz sentimentos. Mas, como já vimos, no sensório íntimo, sensação e sentimento confundem-se e são uma só e mesma coisa.


O prazer e a dor estão, pois, muito menos nas coisas externas do que em nós mesmos; incumbe, pois, a cada um de nós, regulando suas sensações, disciplinando seus sentimentos, dominar umas e outras e limitar-lhes os efeitos.


Epíteto dizia: “As coisas são apenas o que imaginamos que são.” Assim, pela vontade podemos domar, vencer a dor ou, pelo menos, fazê-la redundar em nosso proveito, fazer dela meio de elevação.


A idéia que fazemos da felicidade e da desgraça, da alegria e da dor, varia ao infinito segundo a evolução individual. A alma pura, boa e sábia não pode ser feliz à maneira da alma vulgar. O que encanta uma, deixa a outra indiferente. À medida que se sobe, o aspecto das coisas muda. Como a criança que, crescendo, deixa de lado os brinquedos que a cativaram, a alma que se eleva procura satisfações cada vez mais nobres, graves e profundas. O Espírito que julga com superioridade e considera o fim grandioso da vida achará mais felicidade, mais serena paz num belo pensamento, numa boa obra, num ato de virtude e até na desgraça que purifica, do que em todos os bens materiais e no brilho das glórias terrestres, porque estas o perturbam, corrompem, embriagam ficticiamente.

É muito difícil fazer entender aos homens que o sofrimento é bom. Cada qual quereria refazer e embelezar a vida à sua vontade, adorná-la com todos os deleites, sem pensar que não há bem sem dor, ascensão sem suores e esforços.


O gênio não é somente o resultado de trabalhos seculares; é também a apoteose, a coroação de sofrimento. De Homero a Dante, a Camões, a Tasso, a Mílton, todos os grandes homens, como eles, têm sofrido. A dor fez-lhes vibrar a alma, inspirou-lhes a nobreza dos sentimentos, a intensidade da emoção que souberam traduzir com os acentos do gênio e que os imortalizou. É na dor que mais sobressaem os cânticos da alma. Quando ela atinge as profundezas do ser, faz de lá saírem os gritos eloqüentes, os poderosos apelos que comovem e arrastam as multidões.


Dá-se o mesmo com todos os heróis, com todos os grandes caracteres, com os corações generosos, com os espíritos mais eminentes. Sua elevação mede-se pela soma dos sofrimentos que passaram. Ante a dor e a morte, a alma do herói e do mártir revela-se em sua beleza comovedora, em sua grandeza trágica, que toca às vezes o sublime e o nimba de uma luz inextinguível.


Suprimi a dor e suprimireis, ao mesmo tempo, o que é mais digno de admiração neste mundo, isto é, a coragem de suportá-la. O mais nobre ensinamento que se pode apresentar aos homens não é a memória daqueles que sofreram e morreram pela verdade e pela justiça? Há coisa mais augusta, mais venerável que seus túmulos? Nada iguala o poder moral que daí provém. As almas que deram tais exemplos avultam aos nossos olhos com os séculos e parecem, de longe, mais imponentes ainda; são outras tantas fontes de força, mais imponentes ainda; são outras tantas fontes de força e beleza onde vão retemperar-se as gerações. Através do tempo e do espaço, sua irradiação, como a luz dos astros, estende-se sobre a Terra. Sua morte gerou a vida, e sua lembrança, como aroma sutil, vai lançar em toda a parte a semente dos entusiasmos futuros.







É, como nos ensinaram essas almas, pela dedicação, pelo sofrimento dignamente suportados que se sobem os caminhos do céu. A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do espírito pela dor. Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível. É necessário sofrer para adquirir e conquistar. Os atos de sacrifício aumentam as radiações psíquicas. Há como que uma esteira luminosa que segue, no Espaço, os Espíritos dos heróis e dos mártires. Aqueles que não sofreram, mal podem compreender estas coisas, porque, neles, só a superfície do ser está arroteada, valorizada. Há falta de largueza em seus corações, de efusão em seus sentimentos; seu pensamento abrange horizontes acanhados. São necessários os infortúnios e as angústias para dar à alma seu aveludado, sua beleza moral, para despertar seus sentidos adormecidos. A vida dolorosa é um alambique onde se destilam os seres para mundos melhores. A forma, como o coração, tudo se embeleza por ter sofrido. Há, já nesta vida, um não sei quê de grave e enternecido nos rostos que as lágrimas sulcaram muitas vezes. Tomam uma expressão de beleza austera, uma espécie de majestade que impressiona e seduz. Michelangelo adotara como norma de proceder os preceitos seguintes: “Concentra-te e faze como o escultor faz à obra que quer aformosear. Tira o supérfluo, aclara o obscuro, difunde a luz por tudo e não largues o cinzel.” Máxima sublime, que contém o princípio de todo o aperfeiçoamento íntimo. Nossa alma é nossa obra, com efeito, obra capital e fecunda, que sobrepuja em grandeza todas as manifestações parciais da Arte, da Ciência, do gênio.









A dor não fere somente os culpados. Em nosso mundo, o homem honrado sofre tanto como o mau, o que é explicável. Em primeiro lugar, a alma virtuosa é mais sensível por ser mais adiantado o seu grau de evolução; depois, estima muitas vezes e procura a dor, por lhe conhecer todo o valor. A dor física é, em geral, um aviso da Natureza, que procura preservar-nos dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até ao ponto de os destruirmos antes do tempo. Quando um mal perigoso se vai insinuando em nós, que aconteceria se não lhe sentíssemos logo os efeitos desagradáveis? Iria cada vez lavrando mais, invadir-nos-ia e secaria em nós as fontes da vida. Às almas fracas, a doença ensina a paciência, a sabedoria, o governo de si mesmas. Às almas fortes pode oferecer compensações de ideal, deixando ao Espírito o livre vôo de suas aspirações até ao ponto de esquecer os sofrimentos físicos. A ação da dor não é menos eficaz para as coletividades do que o é para os indivíduos. Não foi graças a ela que se constituíram os primeiros agrupamentos humanos? Não foi a ameaça das feras, da fome, dos flagelos que obrigou o indivíduo a procurar seu semelhantes para se lhe associar? Foi da vida comum, dos sofrimentos comuns, da inteligência e labor comuns que saiu toda a Civilização, com suas artes, ciências e indústrias! A dor é como uma asa dada à alma escravizada pela carne para ajudá-la a desprender-se e a elevar-se mais alto. Por trás da dor, há alguém invisível que lhe dirige a ação e a regula segundo as necessidades de cada um, com uma arte, uma sabedoria infinitas, trabalhando por aumentar nossa beleza interior nunca acabada, sempre continuada, de luz em luz, de virtude em virtude, até que nos tenhamos convertido em Espíritos celestes.







Por mais admirável que possa parecer à primeira vista, a dor é apenas um meio de que usa o Poder Infinito para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, tornar-nos mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura. É, pois, realmente, pelo amor que nos tem, que Deus envia o sofrimento. Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo; trabalha incessantemente para tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, porque elas não podem ser verdadeiras, completamente felizes, senão na medida correspondente às suas perfeições. À medida que avançamos na vida, as alegrias diminuem e as dores aumentam; o corpo e o fardo da vida tornam-se mais pesados. Quase sempre a existência começa na felicidade e finda na tristeza. O declínio traz, para a maior parte dos homens, o período moroso da velhice com suas lassidões, enfermidades e abandonos. As luzes apagam-se; as simpatias e as consolações retiram-se; os sonhos e as esperanças desvanecem-se; abrem-se, cada vez mais numerosas, as covas em roda de nós. É então que vêm as longas horas de imobilidade, inação, sofrimento; obrigam-nos a refletir, a passar muitas vezes em revista os atos e as lembranças de nossa vida. É uma prova necessária para que a alma, antes de deixar seu invólucro, adquira a madureza, o critério e a clarividência das coisas que serão o remate de sua carreira terrestre. Por isso, quando amaldiçoamos as horas aparentemente estéreis e desoladas da velhice enferma, solitária, desconhecemos um dos maiores benefícios que a Natureza nos proporciona; esquecemos que a velhice dolorosa é o cadinho onde se completam as purificações. Nesse momento da existência, os raios e as forças que, durante os anos da juventude e da virilidade, dispersávamos para todos os lados em nossa atividade e exuberância, concentram-se, convergem para as profundezas do ser, ativando a consciência e proporcionando ao homem mais sabedoria e juízo. Pouco a pouco vai-se fazendo a harmonia entre os nossos pensamentos e as radiações externas; a melodia íntima afina com a melodia divina. Há, então, na velhice resignada, mais grandeza e mais serena beleza que no brilho da mocidade e no vigor da idade madura. Sob a ação do tempo, o que há de profundo, de imutável em nós, desprende-se e a fronte dos velhos aureola-se de claridades do Além. A todos aqueles que perguntam: Para que serve a dor? Respondo: Para polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vidro, martelar o ferro. Serve para edificar e ornar o templo magnífico, cheio de raios, de vibrações, de hinos, de perfumes, onde se combinam todas as artes para exprimirem o divino, prepararem a apoteose do pensamento consciente, celebrarem a libertação do Espírito! E vede qual o resultado obtido! Com o que eram em nós elementos esparsos, materiais informes e, às vezes até, o vicioso e decaído, ruínas e destroços, a dor levantou, construiu no coração do homem um altar esplêndido à Beleza Moral, à Verdade Eterna! A dor será necessária enquanto o homem não tiver posto o seu pensamento e os seus atos de acordo com as leis eternas; deixará de se fazer sentir logo que se fizer a harmonia. Todos os nossos males provêm de agirmos num sentido oposto à corrente divina; se tornarmos a entrar nessa corrente, a dor desaparece com as causas que a fizeram nascer. Por muito tempo ainda a Humanidade terrestre, ignorante das leis superiores, inconsciente do futuro e do dever, precisará da dor para estimulá-la na sua via, para transformar o que nela predomina, os instintos primitivos e grosseiros, em sentimentos puros e generosos. Por muito tempo terá o homem de passar pela iniciação amarga para chegar ao conhecimento de si mesmo e do alvo a que deve mirar. Presentemente ele só cogita de aplicar suas faculdades e energias em combater o sofrimento no plano físico, a aumentar o bem-estar e a riqueza, a tornar mais agradáveis as condições da vida material; mas, será em vão. Os sofrimentos poderão variar, deslocar-se, mudar de aspecto; a dor persistirá, enquanto o egoísmo e o interesse regerem as sociedades terrestres, enquanto o pensamento se desviar das coisas profundas, enquanto a flor da alma não tiver desabrochado. Ó vós todos que vos queixais amargamente das decepções, das pequeninas misérias, das tribulações de que está semeada toda a existência e que vos sentis invadidos pelo cansaço e pelo desânimo: se quereis novamente achar a resolução e a coragem perdidas, se quereis aprender a afrontar alegremente a adversidade, a suportar resignados a sorte que vos toca, lançai um olhar atento em roda de vós! Considerai as dores tantas vezes ignoradas dos pequenos, dos deserdados, os sofrimentos de milhares de seres que são homens como vós; considerai estas aflições sem conta; cegos privados do raio que guia e conforta, paralíticos impotentes, corpos que a existência torceu, ancilosou, quebrou, que padecem de males hereditários! E os que carecem do necessário, sobre quem sopra, glacial, o inverno! Pensai em todas essas vidas tristes, obscuras, miseráveis; comparai vossos males muitas vezes imaginários com as torturas de vossos irmãos de dor, e julgar-vos-eis menos infelizes, ganhareis paciência e coragem e de vosso coração descerá sobre todos os peregrinos da vida, que se arrastam acabrunhados no caminho árido, o sentimento de uma piedade sem limites e de um amor imenso!




Às vezes julgamo-nos capazes e dignos de chegar às grandes altitudes, e, sem o sabermos, mil cadeias acorrentam-nos ainda a este planeta inferior. Não compreendemos o amor em sua essência sublime, nem o sacrifício como é praticado nas Humanidades purificadas, em que ninguém vive para si ou para alguns, mas para todos. Ora, só os que estão preparados para tal vida podem possuí-la. Para nos tornarmos dignos dela, será preciso desçamos de novo ao cadinho, à fornalha, onde se fundirão como cera as durezas do nosso coração. E, quando tiverem sido rejeitadas, eliminadas as escórias de nossa alma, quando nossa essência estiver livre de liga, então Deus nos chamará para uma vida mais elevada, para uma tarefa mais bela. O mal moral existe na alma somente em suas dissonâncias com a harmonia divina. Mas, à medida que ela sobe para uma claridade mais viva, para uma verdade mais ampla, para uma sabedoria mais perfeita, as causas do sofrimento vão-se atenuando, ao mesmo tempo que se dissipam as ambições vãs, os desejos materiais. E de estância em estância, de vida em vida, ela penetra na grande luz e na grande paz onde o mal é desconhecido e onde só reina o bem! (Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor) (*) Vivissecção: operação praticada em animais vivos para estudos de fenômenos fisiológicos (nota do compilador)










vibrações do pensamento


Léon Denis





O Espiritismo, por uns considerado perigoso, por outros vulgar e pueril, quase só é conhecido pelo povo sob seus aspectos inferiores. São os fenômenos mais materiais que atraem de preferência a atenção e provocam apreciações desfavoráveis. Esse estado de coisas é devido aos teoristas e vulgarizadores que, vendo no Espiritismo uma ciência puramente experimental, descuram ou repelem por sistema, algumas vezes com desdém, os meios de cultivo e elevação mental indispensáveis para se produzirem manifestações verdadeiramente imponentes entre o estado físico vibratório dos experimentadores e o dos Espíritos suscetíveis de produzir fenômenos de grande alcance, e nada se faz no sentido de atenuar essas diferenças. Daí a penúria de altas manifestações comparadas à abundância dos fenômenos vulgares.


O resultado é que inúmeros críticos, só conhecendo da questão a sua face terra-a-terra, constantemente nos acusam de edificar sobre fatos mesquinhos uma doutrina demasiado ampla. Mais familiarizados com o aspecto transcendental do Espiritismo, reconheceriam que nada exageramos; ao contrário, nos temos conservado abaixo da verdade.


Quaisquer que sejam as relutâncias dos teóricos positivistas e “antimísticos”, forçoso será ter em conta as indicações dos homens competentes, sem o que viria a fazer-se do Espiritismo mísera ciência, cheia de obscuridades e perigosa para os investigadores.


O amor da ciência não basta, disse o professor Falcomer; é indispensável a ciência do amor. Nos fenômenos não temos que nos haver unicamente com elementos físicos, mas com agentes espirituais, com entidades morais, que, como nós, pensam, amam, sofrem. Nas profundezas invisíveis, a imensa hierarquia das almas se desdobra, das mais obscuras às mais radiosas. De nós depende atrair umas e afastar as outras.


O único meio consiste em criarmos em nós, por nossos pensamentos e atos, um foco irradiador de luz e de pureza. Toda comunhão é obra do pensamento. O pensamento é a própria essência da vida espiritual. É força que vibra com intensidade crescente, à medida que a alma se eleva, do ser inferior ao Espírito puro e do Espírito puro até Deus.


As vibrações do pensamento se propagam através do espaço e sobre nós atraem pensamentos e vibrações similares. Se compreendêssemos a natureza e a extensão dessa força, não alimentaríamos senão altos e nobres pensamentos. Mas o homem se ignora ainda, como ignora as imensas capacidades desse pensamento




criador e fecundo que nele dormita e com o qual poderia renovar o mundo.


Em nossa fraqueza e inconsciência, atraímos na maior parte das vezes Espíritos maus, cujas sugestões nos perturbam. É assim que a comunicação espiritual, em conseqüência de nossa inferioridade, se obscurece e desvirtua; fluidos corrompidos se espalham pela Terra, e a luta entre o bem e o mal se empenha no mundo oculto como no mundo material.


Na atração dos pensamentos e das almas consiste integralmente a lei das manifestações psíquicas. Tudo é afinidade e analogia no Invisível. Investigadores que sondais o segredo das trevas, elevai bem alto, pois, os pensamentos, a fim de atrairdes os gênios inspiradores, as forças do bem e do belo. Elevai-os, não somente nas horas de estudo e experiências, mas freqüentemente, a todas as horas do dia, como um exercício regenerador e salutar. Não esqueçais que são esses pensamentos que vão lentamente eterizando e purificando o nosso ser, engrandecendo as nossas faculdades e tornando-nos aptos a experimentar as mais delicadas sensações, fonte de nossas felicidades futuras.






(Léon Denis - No Invisível).




DIVINA CENTELHA


Léon Denis





Deus está em cada um de nós, no templo vivo da consciência. É aquele o lugar sagrado, o santuário em que se encontra a divina centelha. Homens! Aprendei a imergir em vós mesmos, a esquadrinhar os mais íntimos recônditos do vosso ser; interrogai-vos no silêncio e no retiro. E aprendereis a reconhecer-vos, a conhecer o poder escondido em vós. É ele que leva e faz resplandecer no fundo de vossas consciências as santas imagens do bem, da verdade, da justiça, e é honrando essas imagens divinas, rendendo-lhes um culto diário, que essa consciência, ainda obscura, se purifica e se ilumina. Pouco a pouco, a luz se engrandece em nós outros. De igual modo que gradualmente, de maneira insensível, as sombras dão lugar à luz do dia, assim a Alma se ilumina das irradiações desse foco que reside nela e faz desabrochar, em nosso pensamento e em nosso coração, formas sempre novas, sempre inesgotáveis de verdade e de beleza. E essa luz é também harmonia penetrante, voz que canta na alma do poeta, do escritor, do profeta, e os inspira e lhes dita as grandes e fortes obras, nas quais eles trabalham para elevação da Humanidade. Mas, sentem essas coisas apenas aqueles que, tendo dominado a matéria, se tornaram dignos dessa comunhão sublime, por esforços seculares, aqueles cujo senso íntimo se abriu às impressões profundas e conhecem o sopro potente que atiça os clarões do gênio, sopro que passa pelas frontes pensativas e faz estremecer os envoltórios humanos.













O PROGRESSO


Espírito Léon Denis






[...] O homem dominou a máquina e fez-se senhor da técnica; apesar disso, sofre, agora, as perspectivas angustiantes de um extermínio da vida, quando considera a poluição do ar, da água e o envenenamento das terras ribeirinhas, graças aos excessos de substâncias químicas e tóxicas, de inseticidas e a pressão terrível do "smog" que pairam sobre as cidades mais populosas do mundo, qual fantasma de aniquilamento próximo. E não deixa de pensar nos "satélites espias" e nos super-foguetes com bombas de incalculável poder de destruição armadas nas ogivas, aguardando os disparos automáticos para qualquer emergência, enquanto redes de poderosos radares tentam, inutilmente, detectar inimigos de fora, em arremetidas de surpresa...


(De "Sol de Esperança", de Divaldo P. Franco -em 9/8/1970- Diversos Espíritos)