O termo Animismo foi criado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva)[1].
Pelo termo Animismo, Tylor designou a manifestação religiosa imanente a todos os elementos do Cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, fungos, vegetais) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite); é um princípio vital e pessoal, chamado de ânima, o qual apresenta significados variados:
·cosmocêntrica significa energia;
·antropocêntrica significa espírito;
·teocêntrica significa alma;
Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são vivas", "Todas as coisas são conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".
O Animismo possui três simples regras:
·Tudo no Cosmo tem ânima;
·Todo o ânima é transferível;
·Tudo ou todo que transfere ânima não perde a totalidade de seu ânima, mas quem ou que o recebe perde parte ou a totalidade de seu ânima, o qual será tomado pelo ânima doador.
A partir da década de 1950, o termo deixa de ser utilizado pela Antropologia por ser considerado muito genérico, uma vez que se aceita que elementos animistas estão presentes em quase todas as religiões.
Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.
Uso do
termo no espiritismo
Na
literatura espírita, o termo animismo é usado para designar um
tipo de fenômeno onde é o espírito encarnado do próprio médium que
se manifesta por ele.
Para melhor
entendimento desse fenômeno, podem-se usar as denominações utilizadas pelo
estudioso espírita Hermínio Miranda, quais sejam, a de chamarmos o
espírito, que, segundo o Espiritismo, tem uma infinidade de existências,
de individualidade, enquanto cada uma das existências do mesmo é uma
personalidade.
Dessa forma,
admitida a pluralidade das existências, conclui-se que a individualidade deve
possuir um conhecimento imensamente superior ao de cada uma de suas
personalidades, pois soma ao conhecimento da atual personaliade tudo o que
aproveitou das que representou nas existências pregressas.
Desse modo,
na manifestação anímica, o médium pode expressar muitos conhecimentos que ele,
enquanto personalidade, não possui. Daí decorre, muitas vezes, que não há como
se saber se uma manifestação é anímica ou realmente mediúnica, ocorrendo esta
última tão somente quando o espírito que se comunica não é o que está encarnado
no médium.
Entretanto,
essa linha de pensamento não considera uma dicotomia (dualidade) entre fenômeno
anímico e fenômeno mediúnico. Na grande maioria das vezes, o que ocorre é um
estado intermediário com maior ou menor participação do espírito encarnado no
médium em relação ao espírito desencarnado que por ele se expressa.
Religiões
e crenças baseadas no animismo
· Animismo
africano
· Xintoísmo
· Panteísmo
Referências
1. Tylor,
Edward Burnett (1832). "Internet Archive". Encyclopædia
Britannica (XI edição)
Volume XXVII. New York: Encyclopædia Britannica. pág. 498. Visitado em
11-02-2011.
Bibliografia
· Primitive
culture: researches into the development of mythology, philosophy, religion,
art, and custom (Cultura
Primitiva),
de Sir
Edward Burnett Tylor
|
Todo o entendimento usado para o bem do próximo é uma vitória e uma benção silenciosa que ajuda no fortalecimento da Caminhada pelo Bem Maior."
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Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência
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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
ANIMISMO
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