FÉ É A ÚNICA CHAMA QUE NÃO SE APAGA NUNCA
Bezerra de Menezes
Diante
de um jardim belo, coberto de roseiras perfumadas, o dono do jardim as
espera florescer. Não pensa na quantidade enorme de espinhos que seu
tronco possui, toma cuidado com eles, mas espera o florir das rosas.
Quando uma única rosa brota, enfeitando toda aquela roseira cheia de
espinhos, o dono do jardim olha, avidamente, outros que podem surgir,
sabendo que serão rosas a enfeitar amanhã.
Nós
trazemos cravados na alma muitos espinhos do ontem, mas somos rosas, na
essência sublime de Deus; nós também vamos florir em alegria. Se essas
alegrias são poucas e as dores são muitas, alegrias aconteceram em
nossas vidas e alegrias acontecerão sempre. Mesmo que sejam momentos,
dias, algum tempo, mas como as roseiras, o sorriso brota, a paz chega e
nós nos transformamos num canteirinho de paz.
Mas,
existe o tempo, às vezes longo, em que só permanecem espinhos, o
vendaval da dor assola e as pétalas de nossas esperanças, de nossas
alegrias, caem pelo chão. Mas, não devemos nos esquecer de que essas
pétalas caídas serão adubo amanhã. Esse adubo precioso que mantém nosso
espírito vivo, que mantém a roseira forte, que mantém a possibilidade de
ela florir.
Nós
trazemos muitos compromissos assumidos de vidas passadas, não podemos
deixar que o desânimo, a tristeza, a desesperança nos domine. Porque só
receberemos, realmente, um auxílio completo, à medida em que tivermos
total confiança no alto. Aí sim, será possível Jesus nos estender as
mãos e nós, desse amor imenso, desse grande médico de Deus que foi o
mestre, recebermos a ajuda de que precisamos, lembrando de que toda a
dor é cura para nossos corações, que toda separação é prognóstico de
união, que todas as experiências são bênçãos preciosas que amealhamos no
espírito.
Por isso, mantenham a chama da fé sempre acesa. A fé é a única chama que não se apaga nunca.
LUTAS
Bezerra de Menezes
Meus Filhos
Permaneça conosco a paz do Senhor!
Recrudescem as lutas. Os anunciados tempos de transição chegam e fragorosas batalhas são travadas.
É
indispensável a aferição de valores que devem caracterizar os
combatentes. Dificuldades e desafios apresentam-se no planeta em todas
as áreas do conhecimento e do comportamento.
As
estruturas mal construídas do passado esboroam-se ante o fragor das
demolições incessantes. A árvore que não foi plantada pelo Bem é
derrubada, e as casas edificadas sobre as areias movediças ruem
desastrosamente.
Mas a obra do bem permanece suportando os vendavais, enfrentando todos os desafios.
Não
nos preocupemos com esses momentos que nos chegam, estabelecendo entre
as criaturas o desequilíbrio e estimulando à debandada. Os discípulos da
verdade devem permanecer fiéis aos postulados que abraçam,
vivenciando-os.
Não
seja, pois, de estranhar, que a incompreensão sitie os nossos passos e
obstáculos imprevistos apareçam pela senda que percorremos. Devemos
contar com a consciência ilibada e nunca aguardar o aplauso da
insensatez.
Nosso modelo é Jesus, para Quem não houve lugar no mundo.
O
Codificador igualmente seguiu-Lhe as pegadas e soube arrostar as
consequências do messianato a que se entregou, incorruptível e
tranquilo.
Lamentamos
que as maiores dificuldades sejam intestinas em nosso Movimento, mas
compreendemos que as criaturas se demoram em diferentes patamares de
consciências, possuindo a ótica própria para observação dos fatos e
interpretação da mensagem. Já que não nos é lícito impor a proposta
espírita libertadora, não nos preocupemos com as imposições que nos
chegam.
Todos
estamos informados dos fins dos tempos e o egrégio Codificador da
Doutrina asseverou-nos que o mundo de provas e de expiações cederia
lugar ao mundo de regeneração.
Através
dos tempos se tem informado que essa modificação se dará por meio de
fenómenos sísmicos dolorosos; através de lutas cruentas, em guerras
intermináveis; mediante os conflitos humanos. No entanto, se observarmos
a História, encontraremos todos esses acontecimentos assinalando
períodos de transição.
A
grande luta deste momento se travará no país da consciência de cada
discípulo de Jesus. As convulsões serão de natureza interna. A batalha
mais difícil será a da superação das más inclinações, administrando-as e
direcionando-as para o Bem.
Por
mais difíceis se nos apresentem as acusações, e por mais terrível seja a
morbidez direcionada para impossibilitar-nos o avanço, mantenhamos a
serenidade.
Que receio nos podem proporcionar aqueles que apenas falam contra nós?!
Atuando
no bem e sabendo confiar no tempo, levaremos a mensagem de libertação
da Doutrina Espírita às diferentes Nações da Terra, pulcra, conforme
no-la legaram os Espíritos por intermédio de Allan Kardec e dos seus
discípulos mais dedicados.
O
movimento expande-se; nada pode deter a marcha da Doutrina Espírita,
nem mesmo aqueles que, dizendo-se adeptos da palavra do Codificador,
erguem-se para zurzir-nos com as expressões destrutivas, utilizando-se
das armas da impiedade disfarçada de dedicação à Causa.
O
servidor da verdade permanece-lhe fiel, não divulgando o mal, mas
apresentando o bem; mesmo do erro tirando a melhor parte, aquela que
serve de lição para não se voltar ao engano ou não se estabelecerem
novos compromissos negativos.
Confiai, filhos dedicados!
Vossos passos na Terra devem deixar sinais que possam servir de roteiro para os que vierem depois.
O
nosso compromisso é com Jesus, o Amor, e com Allan Kardec, a razão,
para que a religião cósmica da verdade domine os corações humanos,
restaurando no planeta a era da legítima fraternidade.
O Espiritismo vem desempenhando o papel para o qual foi codificado.
Não
nos detenhamos na análise dos impedimentos, dos erros, mas examinemos a
extensão dos benefícios que hoje conduzem milhões de vidas que se
norteiam para o Bem.
Não guardemos qualquer ressentimento, nem nos deixemos entristecer ou entibiar, quando as forças parecerem diminuídas.
Não nos permitamos desanimar, porquanto o nosso é um trabalho pioneiro, a nossa é uma tarefa caracterizada pelo estoicismo.
Nossa
jornada deve estar assinalada pelo amor, e é natural que ainda não haja
lugar para ele entre muitos Espíritos que se encontram em níveis de
evolução diferentes.
Avancemos unidos. O ideal de unificação vem do mundo espiritual para a Terra.
Se
não formos capazes de discutir as nossas dificuldades idealistas em
clima de paz, de fraternidade, de respeito mútuo, de dignificação dos
indivíduos e das instituições, que mensagem podemos oferecer ao mundo e
às criaturas estúrdias deste momento?!
Tem-se a medida do valor moral do homem pelas resistências que vive nas lutas que trava.
Os ideais tomam-se grandiosos pelo que provocam nos inimigos gratuitos do progresso.
A
Doutrina Espírita, repitamos, é Jesus, meus filhos, em nova linguagem
perfeitamente compatível com os arroubos da Ciência e os fatos
demonstrados pela experimentação de laboratório, assim com pelas
conquistas tecnológicas. Mas, a criatura humana, que é o laboratório da
própria evolução, no seu encontro com Jesus através da fé racional,
clara e nobre, é o campo onde o bem se instalará em definitivo, como
célula do organismo social.
E dessa criatura transformada teremos a sociedade melhor que o Espiritismo deve construir.
Fiquem, no passado, todos os problemas-desafios.
Fiquem,
no silêncio das nossas palavras e no verbo das nossas ações
edificantes, os nossos propósitos de servir, confiando que a casa
construída na rocha sobreviverá aos fatores externos que, aparentemente,
a ameaçam, e o ideal sobrepairará conduzindo todos ao imenso fanal da
plenitude.
Senhor de nossas vidas, prossegue conduzindo-nos!
Ovelhas
tresmalhadas que somos do Teu rebanho, apieda-Te da nossa tibieza de
caráter, da nossa fragilidade moral e conduze-nos com Tua paciência de
Pastor multimilenário, que nos guarda pelas trilhas da evolução.
Despede-nos,
Excelente Filho de Deus, enriquecidos de paz e de entusiasmo, na
certeza de que nunca nos deixará a sós, mesmo quando, por qualquer
circunstância, nos resolvamos afastar de Ti; concede-nos então uma outra
oportunidade, permanecendo conosco por todo o tempo.
Que assim seja!
Muita paz, meus filhos.
Que o Senhor permaneça conosco, são os votos do servidor humílimo e fraternal de sempre.
Bezerra
Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco
(Extraída do livro Bezerra Ontem e Hoje
Mensagem recebida por Shyrlene Soares Campos
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