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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

OSSAIN

 Foto: Ossâim:

Orixá masculino de origem nagô (Iorubá) que, como Oxóssi habita a floresta. É bastante cultuado no Brasil, recebendo diversos nomes como Ossânin, Ossonhe, Ossãe e Ossanha , uma das formas mais populares. Por causa do som feminino é frequentemente confundido como figura feminina. É um orixá cujos filhos são raros, bem menos numerosos do que Ogum, Xangô ou Oxum. 
É orixá da cor verde, do contato mais íntimo com a natureza. As áreas consagradas a Ossâim não são os jardins cultuados de maneira tradicional, mas sim os recantos, onde só os sacerdotes podem entrar, nos quais as plantas crescem de maneira selvagem, quase sem controle. Orixá de grande significação, pois todos os rituais importantes utilizam o "sangue-escuro" que vem dos vegetais, seja em forma de amassis, infusões ou para uso de bebida ritualística. É comum dentro da Umbanda existir um certo preconceito com dois Orixás que muitas vezes são esquecidos, mais existem em Umbanda e se faz necessário o culto: Ossâim e Oxumarê. O primeiro está presente em todos os rituais através das folhas e o segundo presente em quase todos os rituais por ser o Orixá das cores e dos aromas. Por não terem sido muito divulgados, pensa-se serem orixás de Candomblé, grande erro. Dois orixás de grande valia dentro do culto de Umbanda. Segundo lendas, Ossâim era o dono de todas as folhas e era necessário que os Orixás dependessem dele para obter certas folhas e certos sumos. 
Como os orixás raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião se fez e Iansã com seus ventos espalhou as folhas de Ossâim, fazendo com que cada Orixá pegasse a sua de acordo com sua esfera de atribuições. Mas muitas ervas e plantas ainda continuam sob o domínio de Ossâim, e mesmo as que hoje estão sob domínio dos outros orixás, ainda necessitam de certas rezas e preceitos que só Ossâim conhece. Nesse contexto o poder de Ossâim foi dividido, mas permanece paradoxalmente com ele, realçando outra característica do Panteão Africano: a dependência dos Orixás. Apesar de cada Orixá reinar sobre uma área específica do conhecimento e da atividade humana, acaba influindo genericamente sobre os domínios dos outros Orixás. Por isso um filho de Iansã deve manter boas relações espirituais com Ossâim para poder realizar os trabalhos e obrigações devidos à própria Iansã ou a Exu, como também deve invocar Oxum quando tiver problemas sexuais ou relativos a paternidade ou maternidade. Se cada ser humano é individualizado pela soma das características e presenças energéticas de seus próprios orixás - o primeiro (eledá) e o segundo (ajuntó) orixá, também troca energias com as outras fontes de Axé que regularizam e ditam as normas de seu relacionamento com outras áreas do conhecimento. É a convivência dos diferentes, mas complementares, que viabiliza a mitologia dos orixás e a existência do ser humano em sociedade. Não é orixá das lutas, do fogo, dos grandes amores e das guerras incontroláveis. É orixá da técnica, do uso das folhas que são empregadas quando necessárias, usadas de forma condutora da busca do equilíbrio energético, do contato do homem com a sua divindade, que nada mais é do que a sua essência. Não faz parte das lendas de Ossâim um número de relações familiares e sexuais de destaque, pois geralmente é apresentado como um ser solitário, vagando nebulosamente pela floresta e não habitando lar específico. Em algumas histórias é apresentado como uma figura de uma perna só. Em outras é chamado de Aroni, um anãozinho que como o saci pererê da mitologia, traz sempre na boca um cachimbo. Para alguns pesquisadores, a diferença existente entre Ossâim e Omolu-Obaluaiê, seria de que um traz a doença e o outro traria a cura. Mas tal definição não é adequada já que Omulu-Obaluaiê também traz a cura. Classificar Ossâim como Orixá da medicina seria uma visão parcial de sua real potencialidade mítica. Ossâim seria aquele a quem se pede a ajuda para libertação de diferentes problemas, seja a doença, sejam os encantamentos. Omulu-Obaluaiê é a quem se pede a cura, depois que ele mesmo muitas vezes envia a doença. Outra diferença seria que Ossâim é mais invocado nas doenças e problemas individuais enquanto Omulu-Obaluaiê é o que castiga socialmente, dizimando colheitas ou populações inteiras. Ossâim seria também o curandeiro do ponto de vista da magia e dos encantamentos, enquanto Omulu-Obaluaiê seria o curandeiro do ponto de vista das rezas e da manifestação de espíritos curadores que trabalhariam a seu mando. Como tantos outros magos, vive sozinho, em estreita e diária ligação com as plantas, com os pássaros com quem parece se comunicar, é misterioso e solitário ermitão. 
Os filhos de Ossâim são aqueles que não permitem que suas simpatias e antipatias subjetivas e individuais intervenham em suas decisões ou influenciem as suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos. Ossâim é reservado, pouco intervindo em questões que não lhe digam respeito. Não é introvertido, mas não se faz notar pela atividade social. Os filhos de Ossâim são individualistas no sentido de não se preocuparem com o que acontece fora da sua esfera. São pessoas muito ligadas a religiosidade e pelos aspectos ritualísticos. A ordem, os costumes, as tradições e os gestos marcados e repetitivos o fascinam. São pessoas meticulosas, nunca se deixando levar pela pressa ou pela ansiedade, pois é caprichoso. Por isso as profissões dos filhos de Ossâim são aquelas que não requeiram pressa. São pessoas que não gostam de trabalhar em conjunto, há não ser quando somente o conjunto pode gerar o resultado esperado. Pela necessidade de isolamento e independência, os filhos de Ossâim podem abraçar profissões artesanais, que exijam o trabalho lento e meticuloso, como um ritual que quando não feito de maneira correta e meticulosa pode botar tudo a perder. Em termos físicos, são pessoas elegantes e esguias, mesmo quando tem como ajuntó Yemanjá ou Oxum. Não aparentam grande força física, mas detém uma grande energia reservada para uso quando necessário. Uma particularidade física muito comum são os cabelos lisos e compridos. São capazes de amar, mas não o tempo todo. O silêncio, porém, não pode ser entendido como sinônimo de falta de carinho: é apenas seu gosto pela ausência de sons, pois, quando há algum problema, ele dificilmente esconde seu ponto de vista.

Orixá masculino de origem nagô (Iorubá) que, como Oxóssi habita a floresta. É bastante cultuado no Brasil, recebendo diversos nomes como Ossânin, Ossonhe, Ossãe e Ossanha , uma das formas mais populares. Por causa do som feminino é frequentemente confundido como figura feminina. É um orixá cujos filhos são raros, bem menos numerosos do que Ogum, Xangô ou Oxum.
É orixá da cor verde, do contato mais íntimo com a natureza. As áreas consagradas a Ossâim não são os jardins cultuados de maneira tradicional, mas sim os recantos, onde só os sacerdotes podem entrar, nos quais as plantas crescem de maneira selvagem, quase sem controle. Orixá de grande significação, pois todos os rituais importantes utilizam o "sangue-escuro" que vem dos vegetais, seja em forma de amassis, infusões ou para uso de bebida ritualística. É comum dentro da Umbanda existir um certo preconceito com dois Orixás que muitas vezes são esquecidos, mais existem em Umbanda e se faz necessário o culto: Ossâim e Oxumarê. O primeiro está presente em todos os rituais através das folhas e o segundo presente em quase todos os rituais por ser o Orixá das cores e dos aromas. Por não terem sido muito divulgados, pensa-se serem orixás de Candomblé, grande erro. Dois orixás de grande valia dentro do culto de Umbanda. Segundo lendas, Ossâim era o dono de todas as folhas e era necessário que os Orixás dependessem dele para obter certas folhas e certos sumos.
Como os orixás raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião se fez e Iansã com seus ventos espalhou as folhas de Ossâim, fazendo com que cada Orixá pegasse a sua de acordo com sua esfera de atribuições. Mas muitas ervas e plantas ainda continuam sob o domínio de Ossâim, e mesmo as que hoje estão sob domínio dos outros orixás, ainda necessitam de certas rezas e preceitos que só Ossâim conhece.

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