ALMA QUERIDA
lma querida! Batida pelo vendaval, sacudida pelas incertezas sob chuva de calhaus, sobre espículos cruéis.
É noite, e as sombras desenham fantasmas. Tu tremes, choras...
Dói-te o peito, represado de angústias e cambaleiam as tuas pernas fragilizadas.
Tuas mãos, sempre ágeis, descem e se negam a transformar-se em asas para voar.
Alma querida! Fita além da noite e verás, verás o amanhecer longínquo que chegará a ti, pleno de luz, apagando todas as sombras, diminuindo todas as aflições.
Não pares! Ergue a cabeça e avança, alma solitária e triste!
O Sol da eterna crença, avança no teu rumo, aguardando que sigas na Sua direção, no encontro, quando nimbada de luz, alma feliz, bendirás todas as dores, todas as humilhações, que são os tesouros imarcessíveis da vida, coroando-te de estrelas.
Almas queridas! Não canseis de lutar!
Cada um de nós é alma em reajustamento. Experimentamos aqui, outra vez, o seu quadro de testemunho, mas o nosso Modelo, quando aceitou a Cruz, transformou-a em dois braços que afagam e não numa trave hedionda de horror.
Ide! Avante, Almas queridas, bendizendo a noite com vossas preces, que se transformarão em estrelas, com vossas lágrimas que se converterão em pingentes de luar, para que nunca mais haja escuridão.
Deus vos abençoe, almas queridas!
São os votos da servidora humílima e maternal de sempre.
Autor: Joanna de Ângelis
CONTATO COM OS GUIAS ESPIRITUAIS
Afliges-te, porque ainda não lograste o contato psíquico com os teus guias espirituais.
Reflexionas que buscaste a fé religiosa, abraçando a mediunidade, e, não obstante, tens a impressão que navegas sem rumo, padecendo conflitos e experimentando desânimo.
Momentos surgem nos quais receias pela legitimidade do intercâmbio espiritual de que te fazes objeto.
Anseias por informações precisas sobre o teu papel nas tarefas da mediunidade.
Relacionas pessoas que te parecem menos equipadas, e, apesar disso, apresentam-se superprotegidas pelos Espíritos Nobres, assessoradas por Benfeitores Venerandos e Entidades outras, que na Terra deixaram nomes respeitáveis, famosos...
Planejas desistir, acreditando que as tuas são faculdades atormentadas, sem credencial ou recurso capaz de registrar a proteção dos guias espirituais.
Tem, porém, cuidado e medita sem queixa.
A mediunidade é instrumento de serviço em nome do amor de Deus, para apressar o progresso dos homens e facultar o intercâmbio com os Espíritos, deles recebendo a ajuda.
Candidatas-te ao labor socorrista, como recurso saudável para te recuperares moralmente do passado delituoso, mediante cuja contribuição terias, também, as dores lenidas ou alteradas no seu organograma para a evolução.
Honrado pelo trabalho de iluminação de consciência, estás colocado como veículo de bênçãos.
Buscam-te os sofredores, porque são trazidos a ti pelos teus guias espirituais, que confiam na tua ductibilidade, no teu sentimento de amor.
Porque não ouves os teus Benfeitores, não te creias abandonado, sem apoio.
Tem paciência.
Faze silêncio íntimo e entrega-te mais.
Quando desdobrado parcialmente pelo sono, eles te confortam e instruem, fortalecem-te e programam as atividades para as quais renasceste.
Se não o recordas conscientemente, ficam impressos nos teus registros psíquicos, esses salutares conúbios edificantes.
Se aprofundares reflexão, perceberás quantas vezes eles já te falaram, socorreram e apoiaram nos momentos rudes das provações e dos testemunhos.
Eles são discretos e agem sem alarde, não brindando recursos que induzam à vaidade, ao exibicionismo.
Amparam em silêncio, instruem em calma, conduzem com afabilidade.
Quando vejas, na mediunidade, o campeonato das disputas humanas e o calafrio que provoca a presença de seres nobres do passado, aureolando com pompa terrestre a memória, que pretendem manter rutilante, acautela-te e desconfia.
Importante não é o nome que firma ou enuncia uma mensagem, mas, sim, o seu conteúdo de qualidade e penetração benéfica.
Desse modo, trabalha no anonimato e, consciente das responsabilidades que te dizem respeito, deixa que os teus guias espirituais zelosamente te guardem e conduzam, não te expondo no palco da insensatez, onde brilha por um dia e se apaga de imediato a vaidade humana.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco
A EVOLUÇÃO
Que nenhuma agressão exterior te perturbe, levando-te à irritação, ao desequilíbrio.
Mantém-te sereno em todas as realizações. A tua paz é moeda arduamente conquistada, que não deves atirar fora por motivos irrelevantes.
Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, jamais se perdem e sempre seguem com a pessoa.
Tua serenidade, tua gema preciosa.
Diante de quem te enganou, traindo a tua confiança o teu ideal, ou envolvendo-te em malquerença mantém-te sereno. O enganador é quem deve estar inquieto e não a sua vítima.
Nunca te permitas demonstrar que foste atingido pelo petardo da maldade alheia. No teu círculo familiar ou social sempre defrontarás com pessoas perturbadas, confusas e agressivas.
Não te desgastes com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam. Constituem teste à tua paciência e serenidade.
Assim, exercita-te com essas situações para, mais seguro, enfrentares os grandes testemunhos e provações do processo evolutivo. Sempre, porém, com serenidade.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco
CONSCIÊNCIA E MEDIUNIDADE
No complexo mecanismo da consciência humana, a paranormalidade desabrocha, alargando os horizontes da percepção em torno das realidades profundas do ser e da vida.
Explodindo com relativa violência em determinados indivíduos, graças a cuja manifestação surgem perturbações de vária ordem, noutros aparece sutilmente, favorecendo a penetração em mais amplas faixas vibratórias, aquelas de onde se procede antes do corpo e para cujo círculo se retorna depois do desgaste carnal.
Irradiando-se como apercebimento da própria alma em torno do mundo que a rodeia, capta e transmite impressões que propõem mais equilíbrio aos quadros da vida.
Além das manifestações peculiares aos seus atributos, enseja o intercâmbio mediúnico com qualquer receio e ouvirás palavras alentadoras, verás pessoas queridas acercando-se de ti.
Não és uma realidade estática, terminada.
No processo da tua evolução, a mediunidade é campo novo de ação a joeirar, aguardando o arado da tua atenção.
Sem constituir-se um privilégio, é conquista que se te apresenta fascinante, para que mais cresças e melhor desempenhes as tuas tarefas no mundo.
Por ela terás acesso a paisagens felizes, a intercâmbios plenificadores, a momentos de reflexão profunda. Talvez, em algumas ocasiões, te conduza aos sítios do sofrimento e às pessoas angustiadas que também fazem parte do contexto da evolução.
Sintonizarás com a dor, no entanto, para que despertem os teus valores socorristas e ajudes, compreendendo melhor as leis de causa e efeito, que regem no universo.
Nos outros, os momentos de elevação, adquirirás sabedoria e iluminação para o crescimento eterno, conduzindo contigo aqueles que ainda não lograram caminhar sem apoio.
A mediunidade, para ser dignificada, necessita das luzes da consciência enobrecida.
Quanto maior o discernimento da consciência, tanto mias amplas serão as possibilidades do intercâmbio mediúnico.
Antes de estudar a mediunidade mais profundamente, Allan Kardec perguntou aos Mensageiros da Luz, conforme se lê no item 408, de O Livro do Espíritos:
-E qual a razão de ouvirmos, algumas vezes em nós mesmos, palavras pronunciadas distintamente, e que nenhum nexo têm com o que nos preocupa?
Os Veneráveis elucidaram-no:
-É fato: ouvis até mesmo frases inteiras, principalmente quando os sentidos começam a entorpecer-se. É, quase sempre, fraco eco do que diz um espírito que convosco se quer comunicar.
Conscientizando-te desta rica responsabilidade mediúnica ao teu alcance, faze silêncio interior, estuda a tua faculdade e, meditando, entra em sintonia com o teu guia espiritual a fim de que ele te conduza com segurança, iluminando e fortalecendo a tua consciência.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo franco
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