"PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO"
"Um
dia, um pobre homem descia da cidade de Jerusalém para uma outra
cidade, Jericó, a trinta e três quilômetros daquela capital, no vale do
Rio Jordão.A estrada era cheia de curvas. Nela havia mui-tos penhascos, em cujas grutas era comum se refugiarem os salteadores de estradas, que naquele tem-po eram muitos e perigosos.
O pobre viajante foi assaltado pelos ladrões. Os salteadores usaram de muita maldade, pois, além de roubarem tudo o que o pobre homem trazia, ainda o espancaram com muita violência, deixando-o quase morto no caminho.
Logo depois do criminoso assalto, passou por aquele mesmo lugar um sacerdote do Templo de Salomão. Esse sacerdote vinha de Jerusalém, onde possivelmente terminara seus serviços religiosos, e se dirigia também para Jericô. Viu o pobre viajante caido na estrada, ferido, meio morto. Não se deteve, porém, para socorrê-lo. Não teve compaixão do pobre ferido, abandonado no chão da estrada. Apesar dos seus conhecimentos da Lei de Deus, era um homem de coração muito frio. Por isso, continuou sua viagem, descendo a montanha, indiferente aos sofri-mentos do infeliz...
Instantes depois, passa também pelo mesmo lu-gar um levita. Os levitas eram auxiliares do culto religioso do Templo. Esse levita não procedeu melhor do que o sacerdote. Também conhecia a Lei de Deus, mas, na sua alma não havia bondade e ele fez o mesmo que o padre, seu chefe. Viu o ferido e passou de largo.
Uma terceira pessoa passa pelo mesmo lugar. Era um samaritano, que igualmente vinha de Jeru-salém. Viu também o infeliz ferido da estrada, mas, não procedeu com: o sacerdote e o levita. O bom samaritano desceu do seu animal, aproximou-se do pobre judeu e se encheu de grande compaixão, quan-do o contemplou de perto, com as vestes rasgadas e sangrentas e o corpo ferido pelas pancadas que recebera.
Imediatamente, o bondoso samaritano retirou
do seu saco de viagem duas pequenas vasilhas. Uma era de vinho, com ele
desinfetou as feridas do pobre homem; outra, de azeite, com que lhe
aliviou as do-res. Atou-lhe os ferimentos e levantou o desconhecido,
colocando-o no seu animal. Em seguida, conduziu-o para uma estalagem
próxima e cuidou dele como carinhoso enfermeiro, durante toda a noite.
Na manhã seguinte, tendo de continuar sua viagem, chamou o dono do pequeno hotel, entregou-lhe dois denários e recomendou-lhe que cuidasse bem do pobre ferido:
— Tem cuidado com o pobre homem. Se gastares alguma coisa além deste dinheiro que te deixo, eu te pagarei tudo quando voltar."
Na manhã seguinte, tendo de continuar sua viagem, chamou o dono do pequeno hotel, entregou-lhe dois denários e recomendou-lhe que cuidasse bem do pobre ferido:
— Tem cuidado com o pobre homem. Se gastares alguma coisa além deste dinheiro que te deixo, eu te pagarei tudo quando voltar."
"PARÁBOLA DO MAU RICO"
"5.
Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava
magnificamente todos os dias. - Havia também um pobre, chamado Lázaro,
deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, - que muito estimaria
poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas
,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.
- Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. - Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio - e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.
Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.
Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, -onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. - Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. - Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. - Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. (S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)"
- Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. - Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio - e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.
Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.
Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, -onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. - Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. - Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. - Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. (S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)"
"PARÁBOLA DOS TALENTOS"
"6.
O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu
país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens. - Depois de dar
cinco talentos a um, dois a outro e um a outro, a cada um segundo a sua
capacidade, partiu imediatamente. - Então, o que recebeu cinco talentos
foi-se, negociou com aquele dinheiro e ganhou cinco outros. - O que
recebera dois ganhou, do mesmo modo, outros tantos. Mas o que recebera
um cavou um buraco na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo. -
Passado longo tempo, o amo daqueles servidores voltou e os chamou a
contas. - Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros
cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além
desses, mais cinco que ganhei. -Respondeu- lhe o amo: Servidor bom e
fiel; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras;
compartilha da alegria do teu senhor. - O que recebera dois talentos
apresentou-se a seu turno e lhe disse: Senhor, entregaste-me dois
talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei. - O amo lhe
respondeu: Bom e fiel servidor; pois que foste fiel em pouca coisa,
confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor. -
Veio em seguida o que recebeu apenas um talento e disse: Senhor, sei que
és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada
puseste; - por isso, como te temia, escondi o teu talento na terra; aqui
o tens: restituo o que te pertence. - O homem, porém, lhe respondeu:
Servidor mau e preguiçoso; se sabias que ceifo onde não semeei e que
colho onde nada pus, - devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos
banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me
pertence. -Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que
tem dez talentos; -porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses
ficarão cumulados de bens; quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á
mesmo o que pareça ter; e seja esse servidor inútil lançado nas trevas
exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes."
...
"PARÁBOLA DA FIGUEIRA QUE SECOU"
"8.
Quando saiam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira,
para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém,
aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então, disse
Jesus à figueira: Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus
discípulos ouviram. - No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram
que secara até á raiz. - Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus,
disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. - Jesus,
tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. - Digo-vos, em verdade,
que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar,
mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que
tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece. (S.
MARCOS, cap. Xl, vv. 12 a 14 e 20 a 23.)"
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