Todo o entendimento usado para o bem do próximo é uma vitória e uma benção silenciosa que ajuda no fortalecimento da Caminhada pelo Bem Maior."
ABRA SUA MENTE
Fecha teus olhos,abre tua mente e teu coração para a Verdade ...,porque
Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
ONILÉ
Onilé é uma divindade feminina relacionada aos aspectos essenciais da natureza, e originalmente exercia seu patronato sobre tudo o que se relaciona à apropriação da natureza pelo homem, o que inclui a agricultura, a caça, a pesca e a própria fertilidade. Com as transformações da sociedade Yorubá numa sociedade patriarcal ou patrilinear, que implicou a constituição de linhagens e clãs familiares fundados e chefiados por antepassados masculinos, as mulheres perderam o antigo poder que tiveram numa primeira etapa (um mito relata que, numa disputa entre Oyá e Ogum, os homens teriam arrebatado o poder que era antes de domínio das mulheres). Os antepassados divinizados tomaram o lugar das divindades primordiais e houve uma nova divisão de trabalho entre os Orixás. As divindades femininas antigas tiveram então seu culto reorganizado em torno de entidades femininas genéricas, as Iyami Oxorongás, consideradas bruxas maléficas pelo fato de representarem sempre um perigo para o poder masculino. Vários Orixás tiveram divididas entre si as atribuições de zelar pela Terra: o subsolo ficou para Olwuaye e para Ogum, o solo para Orixá Oko e Ogum, a vegetação e a caça para os Odés e Ossanha e assim por diante. A fertilidade das mulheres foi o atributo que restou às divindades femininas, já que é a mulher quem dá a luz, que reproduz e dá continuidade à vida. Constituiriam-se elas então em Orixás dos rios, representando a própria água, que fertiliza a terra e permite a vida: são as Yabás Oxum, Yemanjá, Obá, Oyá, Ewá e também Nanã, que como antiga divindade da terra, representa a lama do fundo do rio, simbolizando a fertilização da terra pela água.
Onilé teve seu culto preservado na África, mas perdendo muitas das antigas atribuições. Hoje ela representa nossa ligação elemental com o planeta em que vivemos, nossa origem primitiva. É a base de sustentação da vida, é o nosso mundo material. Embora sua importância seja crucial do ponto de vista da concepção religiosa de universo, os devotos a ela pouco recorrem, pois seu culto não trata de aspectos particulares do mundo e da vida cotidiana, preferindo cada um dirigir-se aos Orixás que cuidam desses aspectos específicos. Na Nigéria mantém-se viva a ideia de que Onilé é a base de toda a vida, tanto que, quando se faz um juramento, jura-se por Onilé. Nessas ocasiões, é ainda costume pôr na boca alguns grãos de terra, às vezes dissolvida na água que se bebe para selar o juramento, para lembrar que tudo começa com Onilé, a Terra Mãe, tanto na vida como na morte.
Um mito ensina qual é a atribuição principal de Onilé, como ela está associada ao chão que pisamos e sobre o qual vivemos, nosso mundo material
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