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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A PINEAL E O ESOTERISMO

A pineal e o esoterismo


Do ponto de vista esotérico, a glândula pineal funcionaria como um "terceiro olho", isto é, como uma zona - um chacra - localizada acima e entre os olhos, zona esta que seria responsável pelas nossas intuições transcendentes, pela nossa expansão de consciência.

O "terceiro olho" nos animais inferiores era uma realidade e tinha um a razão de ser, mas no Homem é uma concepção mística, esotérica, nada tem de científica. Imagem extraída de José Antonío García Segovíano y Rafael Campos Rodríguez Internet.

O "terceiro olho" nos animais inferiores era uma realidade e tinha um a razão de ser, mas no Homem é uma concepção mística, esotérica, nada tem de científica
Imagem extraída de José Antonío García Segovíano y Rafael Campos Rodríguez Internet.

Interessante notar que, desde milhares de anos, a pineal está presente na escala dos vertebrados, dizem alguns estudiosos. Sobre ela foi dito: "(...) No limite da ciência moderna é considerada fotossensitiva, paralelamente é psicosensível, pois a meditação transcendental realça suas funções. Só uma coincidência? Talvez, porém, assombrosa." (Jose Antonío García Segovíano y Rafael Campos Rodríguez . La Glándula Pineal y sus Efectos en el Sistema inmunológico. Maio/Junho-1997-Internet).

Certamente, há uma assombrosa coincidência ante a admissão, pela remota Antigüidade, da função da pineal como terceiro olho, misticamente concebida pelos esotéricos e a existência, real, de um 3.º olho remanescente, fotossensível, nos animais inferiores; entretanto, a nossa discordância na concepção esotérica é o fato de querer-se materializar um aspecto do Homem que é eminentemente espiritual e, em pleno século XXI, atribuir-se funções espirituais, misticamente, a uma glândula com funções ainda obscuras, mas, certamente, com caráter físico e químico indubitáveis, isto é, nada espirituais...

A pineal e os filósofos


Acreditamos em que a glândula pineal não é a "sede da alma", como muitos confrades advogam, baseando-se em leitura ligeira de PLATÃO; porque, a concepção platônica de imortalidade da alma não tem nenhuma relação com aspectos materiais, ela é eminentemente metafísica, basta que se estude a Doutrinas das Idéias do filósofo grego...

O filósofo RENÉ DESCARTES, este sim, defendeu a tese de que na pineal estaria a sede da alma... Nos últimos dos seus trabalhos publicados durante sua vida, saiu a lume, em novembro de 1649, poucos meses antes de sua morte (cf. IVAN LINS. DESCARTES – Época, vida e Obra. Liv. São José Edit., 2 ed., Rio de Janeiro – GB, 1964, p. 340). Esta última obra foi intitulada Tratado das Paixões da Alma. Aqui e numa carta a MEYSSONIER, médico de Lyon, disse DESCARTES sobre a pineal:

“A razão que me leva a crer seja essa glândula a sede da alma é não encontrar, em todo o cérebro, nenhuma outra parte que não seja dupla [grifos nossos]. Ora, não vendo senão uma única cousa com os dois olhos, não ouvindo senão um mesmo som com os dois ouvidos, e, enfim, não tendo nunca senão um pensamento ao mesmo tempo, é absolutamente necessário que as impressões, que nos chegam através dos olhos, dos ouvidos, etc., se unam em alguma parte do corpo para serem aí consideradas pela alma.”

E o grande filósofo conclui a sua argumentação:

“Ora, não podemos encontrar nenhuma outra nestas condições, em toda a cabeça, senão a glândula pineal, que se acha, além do mais na situação mais adequada para esse fim, isto é, no meio, entre todas as concavidades, sustentada e cercada por pequenas ramificações das carótidas, que trazem os espíritos (a) ao cérebro”.

(a)- Os espíritos, na concepção de DESCARTES, eram as partes mais sutis e voláteis do sangue (cf. op. cit., p. 341).

Enfim, as idéias de RENÉ DESCARTES, apesar de arrojadas para o seu tempo, baseadas anatomicamente, demonstram que o grande sábio errou redondamente, pois sabemos hoje que a glândula pineal não é a única que não é dupla, pois também a HIPÓFISE também é ímpar,única, no centro do cérebro... A propósito, disse JULES SOURY sobre DESCARTES neste particular:

“Tal sábio pode ter errado, tanto quanto Aristóteles, no atinente à sede da alma. Fez, contudo mais, a propósito da teoria das sensações, das paixões e da inteligência, do que os mais exatos anatomistas e os fisiologistas de qualquer tempo.” (cf. op. cit., p. 340).

Portanto, prezados confrades, a tese dos filósofos citados quanto à localização da sede da alma não têm nenhuma sustentação na realidade anatômica nem fisiológica, erraram os filósofos neste particular...

A pineal e a concepção espírita


A alma - Espírito encarnado - não tem localização precisa em nenhum órgão de nosso corpo [a propósito, sugerimos que se leia, com atenção, as respostas das questões 140 e 141 de O Livro dos Espíritos (OLE)] e, especificamente, a questão 146 de OLE é bem esclarecedora, na qual KARDEC pergunta:

A alma tem, no corpo, uma sede determinada e circunscrita ?

E a resposta da Espiritualidade Superior não nos deixa dúvidas:

Não. Mas ela se situa mais particularmente na cabeça, entre os grandes gênios e todos aqueles que usam bastante o pensamento e no coração dos que sentem bastante, dedicando todas as suas ações à Humanidade.”(grifos nossos).

Conclui-se, doutrinariamente, que a alma não deve ser localizada, anatomicamente, pois neste particular não há nenhuma relação entre cabeça e coração. Além disso, não devemos confundir fluidos vitais (matéria quintessenciada) com Espírito (cf. resp. à questão 146-A de OLE).

Outros confrades querem atribuir à pineal a função de "centro da mediunidade", baseados em informes mediúnicos, não-controlados pelo criterium da concordância universal dos ensinos dos Espíritos. Também esta é uma teoria que, a nosso ver, não tem nenhuma sustentação científica e filosófica... Se a mediunidade baseia-se nos "fluidos" perispirituais, e na sua combinação, por que localizá-la? E, numa glândula?! Materialmente!!

O padre QUEVEDO afirmava haver um local de captação hiperestésica de sons, estímulos visuais, etc. - que independeria de distância; tal local seria o epigástrio, ou seja, aquela região conhecida popularmente como boca do estômago. Dizia o "parapsicólogo", inconseqüentemente:

"(...) A importância do epigástrio deve ser destacada em Parapsicologia. A hiperestesia é especialmente freqüente nesta região do corpo." (QUEVEDO, OSCAR GONZÁLEZ. A Face Oculta da Mente. Ed. Loyola, 6 ed., São Paulo, 1965, p. 59).

A tese do padre QUEVEDO é literalmente indigesta e a dos confrades, relacionando mediunidade com glândula pineal, acima referida, muito se assemelha à do padre, difere somente na localização... Em nosso modo de entender, ambas são errôneas e sem nenhuma constatação científica...

As teses do Dr. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA, de São Paulo, por exemplo, não resistem a uma análise com o mínimo de rigor científico... Muito citado no movimento espírita como “cientista” e “pesquisador da pineal”, suas afirmações, as mais banais, são CONTRADITÓRIAS e, por vezes, PSEUDOCIENTÍFICAS... Assim, ora ele diz que a pineal “não se calcifica” (cf. resposta numa entrevista a PAULA CALLONI DE SOUZA , do IPPB (Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas), na Internet, quando perguntado: “É verdade que a pineal se calcifica com a meia-idade? E essa calcificação prejudica a mediunidade?”

Não, a pineal não se calcifica – afirmou o Dr. SÉRGIO FELIPE -; ela forma cristais de apatita, e isso independe da idade. Estes cristais têm a ver com o perfil da função da glândula. Uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada. Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de seqüestrar o campo eletromagnético.(...)”. E ora o Dr. SÉGIO FELIPE afirma o contrário, isto é, que a pineal “se calcifica”, como aconteceu em sua entrevista na Cidade do Porto, Portugal, publicada no JORNAL DE ESPIRITISMO (órgão da Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal – ADEP, ano I , n º 2, Janeiro / Fevereiro de 2004, pág. 11, quando perguntado se “A glândula pineal altera-se com a idade”? Eis a resposta do contraditório pesquisador:

“De facto, ocorre a biomineralização da glândula pineal, ela calcifica-se. (...)”.

Tal contradição é inconcebível num homem que se diz “pesquisador”!! Mas, não é só isso, seus argumentos são pseudocientíficos; por exemplo: ele afirma que teria encontrado “cristais de apatita” na pineal em suas “pesquisas científicas”, como se tivesse descoberto a pólvora!... Ora, a APATITA é, por definição, “fosfato de CÁLCIO NATURAL, hexagonal, contendo flúor e cloro, que se encontra nas rochas eruptivas ou metamórficas e no TECIDO ÓSSEO”, basta que se consulte um bom dicionário ou uma boa Enciclopédia... Ou seja, a APATITA é componente NATURAL de QUALQUER tecido ÓSSEO, ou seja, é um sinal de CALCIFICAÇÃO. Portanto, a PINEAL CALCIFICA-SE, SIM, e isto é um indício relevante de que a glândula está em INVOLUÇÃO... Basta que se radiografe o crânio de uma pessoa para que lá encontremos a PINEAL, calcificada; ou seja, a componente APATITA na pineal é conhecida há muitos anos, não é resultado de pesquisa recente e muito menos do pesquisador Dr. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA... Não há nada de místico nos cristais de apatita, como as elucubrações contraditórias e pseudocientíficas do Dr. SÉERGIO FELIPE faz pressupor aos desavisados...

Concluindo, é nossa opinião, a glândula pineal é um órgão em involução, em extinção no Homem; pois na evolução física deste, ela vem perdendo, progressivamente, as funções que exerciam e exercem nos animais inferiores. É um órgão de pouco peso no Homem, tanto anatômica quanto fisiologicamente e isso nos parece mais ou menos claro, pois a sexualidade e reprodução do Homem atual não precisam ser controladas por um órgão; o Homem possuindo o livre-arbítrio, não necessita de cio e pode, perfeitamente, controlar a reprodução.

A Providência Divina é sábia e um órgão em extinção em vez de, aparentemente, contrariar a perfeição divina, vem confirmar que tudo se liga e se encadeia, harmoniosamente, na Natureza...

As indagações da Sra. ELIANA FERRER foram sucintas e simples, mas a nossa resposta tinha de envolver aspectos científicos complexos, numa visão pluridimensional do Homem; parece-nos que deveríamos sempre avaliar os fenômenos humanos, sob esta visão do todo.

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