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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

OS LIMITES DO HOMEM NO MUNDO



Vivei com os homens do vosso tempo, como devem viver os homens: sacrificai-vos às necessidades, e até mesmo às frivolidades de cada dia, mas fazei-o com um sentimento de pureza que as possa sacrificar. (O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo XVII, Item 10 – Um Espírito Protetor.)

Num olhar distraído, somos capturados pelos apelos de um mundo que é matéria, sucesso, poder e dinheiro. No entanto, se prestarmos atenção, sentiremos que, perante isso, tudo é pouco expressivo, pois tingido pela marca da impermanência. Ciente desse atributo transitório, caso haja o uso da reflexão, seria explicado muito das enfermidades e das dificuldades de viver dentro de limites do dever cristão.

Depois que compreendemos o roteiro dos postulados espíritas, logo percebemos que existe a fé à procura da inteligência e também a inteligência em busca da fé. “Deus está além da razão, mas não contra ela”, dizia Pascal. Portanto, nesse itinerário, espírita e cristão, deve haver o empenho de direcionar a vida, no mundo, para o aprimoramento das dimensões racional e moral do ser humano, que, necessariamente, depende da aplicação essencial do amor e da caridade.

Santo Agostinho dizia que na Igreja de seu tempo muitas pessoas portavam o selo “cristão” quando seu agir não se ajustava, de maneira alguma, às virtudes encarnadas pelo próprio Cristo. Penso, no eco agostiniano, que aderir aos exemplos de Jesus não é uma questão de “etiqueta”, mas de cuidado e atitude. Trata-se, pois, de avançar na jornada para fazer o que for essencial para a realização da reforma íntima e da prática do bem, embora isso solicite sacrifício e disciplina, pois todo aquele que aspire a comungar com as lições do Mestre toma para si o dever de melhorar-se e servir à sociedade, sem desatender seus talentos e habilidades.

De outro aspecto, refletir os limites do homem no mundo também sugere uma sadia relação com os bens que a condição mundana permite. O que torna essa dinâmica salutar, claramente, é o reconhecimento sincero que tudo que nos é dado pertence ao Pai, o Senhor de nossas dádivas e nossas bênçãos. Isso facilita nosso viver e nos faz responsáveis pelos nossos pensamentos e sentimentos, que têm ressonância direta em nossa prática cotidiana. “Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”, alertava São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios. Que toda ação seja manifestação do Pai em nós e, por isso, de acordo com uma vida com propósito.

Ainda no mundo, o ser humano necessita aprender a estar com o Cristo. E é este aprendizado que demarca seu espaço de ação. Passar do inútil repertório para uma vida ativa no bem, na qual o velho homem dê lugar ao novo e, dessa maneira, passe ele mesmo da vida suportada para a vida escolhida: no sono ou na vigília, devemos nos preencher da tarefa de nos tornar capazes de instrução (conhecimento) e de moralidade (ação no bem e na caridade), as duas asas necessárias para o vôo fecundo em direção à Casa do Pai, que nos espera.

Sem dúvida, o indivíduo que pretenda guiar-se pelos princípios cristãos precisa aprimorar o exercício da atenção, pois, ainda que mergulhado nas relações mundanas, ocupado com o viver e conviver, impregnado pela ação ou repouso, não deve se desviar de Jesus, o Bem-Amado. Além disso, seremos julgados na base do amor, segundo as obras realizadas durante o nosso percurso na Terra.
fonte-o consolador - artigo de Eugênia Pickina

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