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domingo, 28 de outubro de 2012

CHOQUE ANÍMICO







0 que é choque anímico e como funciona terapeuticamente nas reuniões mediúnicas?

Podemos dizer que toda contribuição energética do médium em transe a favor do Espírito comunicante é choque anímico. Manoel Philomeno de Miranda, Espírito, em três de suas obras especializadas em desobsessão explica com detalhes o fenômeno. Deixemos que ele responda:NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA (Capítulos: 25 e 26):

Imantado (o Espírito) a um médium educado psiquicamente, se sentia parcialmente tolhido, com os movimentos limitados, e porque utilizando os recursos da mediunidade, recebia, por sua vez, as vibrações do encarnado que, de alguma forma exercia influência sobre ele.

Compreendendo (o dirigente da reunião depois de dialogar com o Espírito) que mais nada poderia ser feito naquela conjuntura e inspirado por Dr. Bezerra, passou a aplicar passes no médium enquanto o Mentor desprendia Ricardo (o Espírito) após o que comenta:

— "A etapa inicial do nosso trabalho coroa-se de bênçãos... Desejávamos produzir um choque anímico em nosso irmão para colhermos resultados futuros..."

A partir daquele momento, o Espírito passou a experimentar sensações agradáveis, a que se desacostumara. O mergulho nos fluidos salutares do médium propiciou-lhe uma rápida desintoxicação, modificando-lhe, por um momento embora, a densa psicosfera em que se situava

 O choque anímico decorrente da psicofonia controlada, debilitou-o, fazendo-o adormecer por largo período. Não era, todavia, um sono repousante, senão o desencadear das reminiscências desagradáveis impressas no inconsciente profundo, que ele vitalizava com o descontrole das paixões inferiores exacerbadas. Sonhava, naquele momento, com os acontecimentos passados, ressuscitados os clichês mentais arquivados. Aquele estado, no entanto, fora previsto pelo Mentor, ao conduzi-lo à psicofonia, de modo a produzir-lhe uma catarse inconsciente com vistas à futura liberação psicoterápica que estava programada.

LOUCURA E OBSESSÃO (Capítulo 11):Da mesma forma que, na terapia do eletrochoque, aplicada a pacientes mentais, os Espíritos que se lhes imantam recebem a carga de eletricidade, deslocando-se com certa violência de seus hospedeiros, aqui aplicamos o choque anímico, através da incorporação (psicofonia atormentada) e colhemos resultados equivalentes. Do mesmo modo que o médium, pelo perispírito, absorve as energias dos comunicantes espirituais que, no caso de estarem em sofrimento, perturbação ou desespero, de imediato experimentam melhora... por diminuir-lhe a carga vibratória prejudicial, a recíproca é verdadeira... Trazido o Espírito rebelde ou malfazejo ao fenômeno da incorporação, o perispírito do médium transmite-lhe alta carga fluídica animal que bem comandada aturde-o, fá-lo quebrar algemas e mudar a maneira de pensar...
Consideramos o médium como um ímã e os Espíritos, em determinada faixa vibratória, na condição de limalha de ferro, que lhe sofre a atração, e após se fixarem, permanecem por algum tempo com a imantação de que foram objeto. Do mesmo modo os sofredores, atraídos pela irradiação do médium, absorvem-lhe a energia fluídica, com possibilidade de demorar-se por ela impregnados. Sob essa ação, a teimosia rebelde, a ostensiva maldade e o contínuo ódio diminuem, permitindo que o receio se lhes instale no sentimento, tornando-os maleáveis às orientações e mais acessíveis à condução para o bem.

Qual ocorre na Terra, com determinada súcia de poltrões e delinquentes, a ação da polícia inspira-lhes mais respeito do que a honorabilidade de uma personalidade de consideração. O tratamento (desfazimento de ideoplastia-exuantropia) foi demorado por causa da imposição da monoideia deformante e instilação exterior do ódio. Além do que lhe jazia em gérmen... A desimantação teria que receber uma técnica de choque, através de vibrações dissolventes que atuassem no paciente (Espírito) de dentro para fora, pelo despertar da consciência, e de fora para dentro, desregulando a "construção física" (se refere ao perispírito) da aparência que lhe foi colocada... Agora ele dormirá para o necessário equilíbrio do perispírito.

Quando a Diretora informou que ele (o Espírito que blasonava incorporado ao médium) iria sofrer já o efeito da prisão na qual se achava (o organismo do médium) e cujo corpo não podia manipular, o Espírito, que descarregava suas energias de violência no médium, que as eliminava mediante sudorese viscosa abundante e fluidos escuros em quantidade, começou a sentir-se debilitado. Neste momento, a ação do perispírito do encarnado sobre ele fez-se muito forte e começou a encharcá-lo do "fluido animal" que lhe constitui o envoltório...


 Essa energia, de constituição mais densa, produzia no comunicante sensações que o angustiavam, como se lhe gerassem asfixia contínua. As forças que lhe eram aplicadas pela Benfeitora e a psicosfera geral incidiam sobre ele de forma desagradável, demonstrando-lhe o limite da própria vontade e a debilidade de meios para prosseguir no alucinado projeto do mal a que se afervorava...

TRILHAS DA LIBERTAÇÃO (Capítulo: A Luta Prossegue); Na comunicação física (o corpo do médium como veículo) o perispírito do médium encarnado absorve parte dessa energia cristalizada, diminuindo-a no Espírito, e ele, por sua vez, receberá um choque do fluido animal do instrumento, que tem a finalidade de abalar as camadas sucessivas das ideias absorvidas e nele condensadas.

Quando um Espírito de baixo teor mental se comunica, mesmo que não seja convenientemente atendido, o referido choque do fluido animal produz-lhe alteração vibratória melhorando-lhe a condição psíquica e predispondo-o a próximo despertamento. No caso daqueles que tiveram desencarnação violenta — suicidas, assassinados, acidentados, em guerras — por serem portadores de altas doses de energia vital, descarregam parte delas no médium, que as absorve com pesadas cargas de mal estar, de indisposição e até mesmo de pequenos distúrbios para logo eliminá-las, beneficiando o comunicante que se sente melhor... Eis porque a mediunidade dignificada é sempre veículo de amor e caridade, porta de renovação e escada de ascensão para o seu possuidor.

A incorporação, em face da imantação magnética de ambos perispíritos, impede o paciente (Espírito) de fugirão esclarecimento, nele produzindo uma forma de controle que não pode evitar com facilidade

 93. À luz do que vimos sobre o choque anímico e sabendo-se que este fenômeno representa a contribuição terapêutica do médium de transe, quais os parâmetros de qualidade que podem ser estabelecidos para avaliar a sua eficiência?

Primeiro: a constatação de alívio dos sofrimentos dos Espíritos que sofrem dores (físicas ou morais) e outros que se apresentam depauperados, abatidos. A incorporação para esses funciona à semelhança de um tônico, uma transfusão de sangue como se o médium, no transe, ao receber o Espírito, estivesse a lhe aplicar um passe restaurador de forças.

Segundo: a contenção do Espírito para o diálogo. Alguns sentem prazer nesse diálogo, pois as energias do médium acordam neles impressões boas a que se tinham desacostumado, expandindo sentidos embotados (visão, audição, tato) e em contato com essas impressões deslumbram-se, renovam-se.

Uma variante desse comportamento são aqueles Espíritos que vêm impregnados da ambiência onde se encontravam (hospitais, lares, cenas de acidentes) e em contato com a energia do médium, que lhes acorda os sentidos, percebem que estão na sala mediúnica e quebram a fixação mental que promovia o sofrimento. Ao contrário, outros desejam se evadir do diálogo incômodo, mal suportando o remédio amargo que lhes vai ajudar. Em ambos os casos a imantação forte que o perispírito do médium exerce sobre o Espírito garante a sua permanência até quando julgado necessário pelos Mentores ou pelo controle consciente do médium.

 Um outro importante padrão de qualidade: sensações físicas desagradáveis no Espírito; asfixia, angústia acompanhada de receios, medo, abrandamento de ímpetos violentos etc. Ocorrências desse tipo são comuns nas comunicações de Espíritos em situação de desrespeito à reunião, revoltados, cínicos e, sobretudo os interessados em prejudicar os equipamentos mediúnicos do sensitivo por retaliação ao fato de estarem sendo trazidos compulsoriamente à comunicação.

As energias densas do perispírito do médium, já quase na faixa da matéria, são acionadas sob o comando sugestivo do Mentor Espiritual ou do doutrinador até encharcar o perispírito do comunicante e abater-lhe o impulso agressivo. Alguns Espíritos "acovardam-se", gemem, imploram clemência, porém outros, já na faixa quase da loucura, suportam, até o fim de suas reservas, o choque anímico, saindo da comunicação quase que em estado de desvario, dominados por monoideias, como foram programados para reagir, hipnotizados por Espíritos mais endurecidos do que eles.

Por fim: o retorno do Espírito para um novo diálogo em situação de maior lucidez. Como o choque anímico tem um efeito retardado à semelhança de alguns medicamentos cujos benefícios só aparecem no organismo depois, somente numa sessão posterior o doutrinador pode constatar-lhe os resultados. Algumas vezes, o Espírito sai do contato magnético do médium com a única intenção de voltar ao seu hospedeiro, sua vítima, o que, algumas vezes consegue. Em outros casos o resultado é diferente: como um balão esvaziado, tomba exânime, dorme e sonha; faz uma catarse do inconsciente, ao cabo da qual passa a assumir um comportamento íntimo controvertido e paradoxal: revolta-se contra a interferência, mas, ao mesmo tempo, reflexões novas trazendo argumentos e ideias que lhe alcançaram antes associam-se à constatação do poder de Deus e das forças do Bem, muito superiores às suas e às de seus áulicos.
 Nesse conflito é trazido para uma nova incorporação mediúnica, um novo choque fluídico ao qual tende
a se apresentar mais lúcido, conciliador...


Concluídos estes comentários sobre choque anímico podemos dizer ainda que esta terapia, essencialmente do médium, é a base e o pano de fundo sobre os quais todas as demais, de iniciativa do doutrinador, se estabelecerão. É por essa razão que afirma André Luiz, Espírito, que o médium é o primeiro socorrista (não o primeiro doutrinador como afirmam equivocadamente alguns).

....

Ps: exuantropia - seria o mesmo que um espírito se metamorfosear em um Exu.
 Conceito encontrado no livro Loucura e Obsessão, cap. 12, pp. 145 e 146.

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